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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  19/6/2016  •  Artigo  •  5.915 Palavras (24 Páginas)  •  424 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

        Este artigo é fruto de uma pesquisa de campo realizada na Educação Infantil Escolinha Menino Jesus. Neste estudo observamos a prática docente dos educadores no processo de alfabetização e letramento dos alunos da Escolinha Menino Jesus.

        Os questionamentos norteadores deste estudo são: Qual é o maior desafio do professor de educação infantil no processo de alfabetização e letramento? Quais as atividades de leitura e escrita adotada pelo o professor de educação infantil? Quais  as dificuldades encontradas neste processo de ensino aprendizagem?

        O objetivo principal do estudo foi analisar as dificuldadesenfrentadas pelos professores no processo de alfabetização e letramento de alunos das séries iniciais da educação infantil.

        Tivemos como objetivos secundários os seguintes: descrever o que o educador faz para alcançar seus objetivos na pratica de ensino de alfabetização e letramento; identificar as práticas de leituras adotadas pelo educador no processo de ensino aprendizagem na educação infantil; reconhecer as dificuldades encontradas pelo professor no processo de ensino aprendizagem.

        A escolha deste tema deve-se em virtude da necessidade de se trabalhar no âmbito escolar a prática de alfabetização letrada nas salas de aula.

        Este momento mostra ser importante para a área educacional na medida em que seus resultados podem contribuir para transformar as práticas profissionais na construção de pensamento construtivo no processo ensino aprendizado nas escolas do nosso país.

2  ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO CONTEXTO ESCOLA

2.1 Breve histórico

Historicamente, o conceito de alfabetização se expandiu ao ensino aprendizagem, que quer dizer, do sistema alfabético de escrita, o que significa na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gramáticos, transformando-os em “sons”, e, na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos (Brasil, 2007).

Nas últimas décadas, descobrimos que, mesmo nos países ricos, que representam índice de analfabetismo zero, muitos indivíduos, ao concluírem a educação básica, são ainda incapazes de usar a leitura e a escrita para finalidades corriqueiras, o conceito de analfabetismo funciona, segundo o qual pessoas podem saber ler e escrever palavras e frases, embora isso não lhe assegure o exercício de práticas de leitura e escrita, de modo a alcançar propósitos numa sociedade em que aquelas práticas se fazem essências para os exercícios da cidadania.

A partir dos anos 1980. O conceito de alfabetização foi ampliado com as contribuições dos estudos sobre a psicogênese da aquisição da língua escrita, particularmente com os trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky. De acordo com esses estudos, o termo passou a designar o processo não apenas de ensinar e aprender as habilidades de codificação e decodificação, mas também o domínio dos conhecimentos que permitem o uso dessas habilidades nas práticas de leitura e escrita.  É diante dessas novas exigências que surge uma nova adjetivação para o termo- alfabetização funcional-criada com a finalidade de incorporar as habilidades de leitura e da escrita em situações sociais e, posteriormente, a palavra letramento (BRASIL, 2007).

        Foi na segunda metade dos anos 1980 que a palavra letramento surge na tradução das palavras da língua inglesaliteracy. Sua tradução se faz na busca de domínio da tecnologia do ler e do escrever e ler são necessários. Assim, entende-se alfabetização como o processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilita ao aluno ler e escrever com autonomia. E, letramento é entendido comoo processo de inserção e participação na cultura escrita (BRASIL,2007).

        Na visão de Soares (2007,p.16):

Alfabetização e letramento são,pois, processos distintos, de naturezas essencialmente diferentes; entretanto, são interdependentes e mesmo indissociáveis.  A alfabetização- a aquisição da tecnologia da escrita- não precede nem é pré-requisito para o letramento, isto é, para a participação em participação social de escrita, tanto assim que analfabetos podem ter nível de letramento: não tendo adquirido a tecnologia da escrita, utilizam-se de quem a tem para fazer uso da leitura e da escrita: além disso, na concepção psicogenética de alfabetização que vigora atualmente, a anterior, com textos construídos artificialmente para a aquisição letramento, isto é, de leitura e escrita e produção de textos reais, de práticas sociais de leitura e escrita.

A aprendizagem da língua materna quer escrita, quer oral, é um processo permanente, nunca interrompido. Entretanto, é preciso diferenciar um processo de aquisição da língua (oral e escrita) de um processo de desenvolvimento da língua (oral e escrita); este último é que, sem duvida, nunca é interrompido. Nãoparece apropriado, nem etimológica nem pedagogicamente, que o termo alfabetização designe tanto o processo de aquisição da língua escrita quanto o de seu desenvolvimento.

Na visão de Soares (2001, p.15).

O termo alfabetização não ultrapassa o significado de “levar á aquisição do alfabeto”, ou seja, ensinar o código da língua escrita, ensinar as habilidades de ler e escrever; pedagogicamente, atribuir um significado muito amplo ao processo de alfabetização seria negar-lhe a especificidade, com reflexos indesejáveis na caracterização de sua natureza, na configuração das habilidades básicas de leitura e escrita na definição da competência em alfabetizar, alfabetização em seu sentido próprio especifica processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita.

Outro aspecto importante quando se fala em leitura e escritana educação infantil e no que diz respeita as questões sociais, pois é considerada de extrema importância a questão da convivência familiar no desenvolvimento da criança.

Como diz Soares (1999, p.21).

‘’As crianças das camadas populares não são incentivadas a leitura e não são incentivadas a expressar-se verbalmente; os estímulos verbais são precários e desorganizados; a mãe não conversa com a criança nem lê para ela; o estilo de comunicação não propicia a reflexão e a abstração; a linguagem da mãe (assim como a dos demais adultos com que a criança tem contato em seu contexto) é deficiente, constituindo-se, por isso, em um modelo inadequado’’.

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