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AS TENDENCIAS PEDAGÓGICAS PROGRESSISTAS

Por:   •  30/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.452 Palavras (10 Páginas)  •  2.418 Visualizações

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INTRODUÇÃO.

Falar em pedagogia libertadora, faz a gente pensar nas práticas pedagógicas ao longo do tempo. Temos na história e na filosofia da educação a seguinte divisão das tendências pedagógicas em liberais e progressistas, as tendências liberais se dividem em duas teorias: As não-criticas, e nesta estão classificadas as tendências Tradicionais, Escola Nova e a Tecnicista; e a teorias crítico-reprodutivista que são Sistema de Ensino Enquanto Violência Simbólica, AIE (Aparelho Ideológico do Estado) e a escola dualista; já as tendências progressistas são as: Libertadora, Libertária e a Histórico-Crítica.

Paulo Freire está enquadrado nas tendências pedagógicas Libertadoras, chamamos de tendências libertadoras a aquelas que pensam o homem livre, liberto basicamente de sua opressão, da posição de oprimido, ou seja, vê a educação como uma ferramenta de igualdade social. A pedagogia libertadora pensa na educação como uma forma de libertar o homem e torná-lo autônomo, ou seja, consciente de si no mundo.

Este trabalho foi produzido entre os dias 13 e 17 de janeiro de 2015, através de pesquisas bibliográficas, afim de expor de forma clara e concisa a pedagogia libertadora de Paulo Freire.


TENDENCIAS PEDAGOGICAS PROGRESSISTAS

O vocábulo “PROGRESSISTA” é usado para designar o conjunto de tendências que, segundo LIBÂNEO (1982), partem de uma análise crítica das realidades culturais e sociais, dão sustento de forma implícita os objetivos sociopolíticos da educação. Logo a pedagogia não tem como institucionalizar-se dentro de uma sociedade puramente capitalista, daí o fato dela ser usada como instrumento de luta dos educadores junto com outras práticas sociais.

A pedagogia progressista tem-se revelado em três tendências, a saber: a pedagogia de Paulo Freire, conhecida como libertadora; a tendência que uni os defensores da autogestão pedagógica, libertária; e a tendência histórico-crítica que, diferente das outras duas, da ênfase dos conteúdos no sua confrontação com as realidades sociais.

As pedagogias libertária e libertadora compartilham a ideia do anti-autoritarismo, a autogestão pedagógica e a valorização das relações educativas. Logo em função disso valorizam os processos de aprendizagem em grupos em vez dos conteúdos de ensino, e em consequência destas ideias, a prática educativa só tem sentido dentro de uma prática social junto à comunidade, motivo no qual dão preferência a educação popular, não formal.

A tendência histórico-crítica propõe uma justaposição das pedagogias renovada e tradicional, dando ênfase à ação pedagógica enquanto dentro de uma prática social. A escola funciona uma mediação entre o social e o indivíduo, agindo como um vínculo dinâmico entre os conteúdos transmitidos e a aprendizagem ativa do educando concreto (inserido num contexto social), desse vínculo dinâmico resulta no conhecimento reelaborado criticamente.

TENDENCIA PEDAGÓGICA LIBERTADORA DE PAULO FREIRE

A pedagogia libertadora, também denominada pedagogia da libertação, faz parte dos postulados centrais de Paulo Freire, a qual é conhecida e pesquisada em diversas universidades ao redor do mundo. Esta pedagogia propõe uma educação crítica a serviço da transformação social. O termo está também associado à filosofia da libertação, de Enrique Dussel. O processo pedagógico passa pelo ser humano, que é agente da própria libertação. A Pedagogia Libertadora utiliza "temas geradores", ou seja, os alunos são alfabetizados com as palavras que usam no dia-a-dia, sempre associando o processo de alfabetização com a vida.

RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO PARA A PEDAGOGIA LIBERTADORA.

No método Paulo Freire de ensino a relação entre o educador e o educando é dada de forma horizontal, ou seja nem o educador e nem o aluno são mais importantes no processo de educação, mas ambos possuem a mesma importância, ou seja estão no mesmo nível, pois ambos são sujeitos do ato de conhecimento.

E essa relação é a base de diálogo, e não em um monologo do professor, logo que a vista dessa pedagogia o educando é construtor do conhecimento junto ao seu professor que passa de detentor do conhecimento à ponte entre o educando e o saber. E esse relacionamento é baseado em um discurso sobre, e não em um discurso de ou um discurso para.

E é pressuposto dessa pedagogia que todo e qualquer tipo de relação de autoridade, que neste caso de relação passa a ser vertical, pois impossibilita o trabalho de conscientização do educando, o trabalho de aproximação das consciências. Pois se o aluno está livre para falar em frente ao professor, também o estar em relação aos outros alunos, podendo fazer recusa para responder uma pergunta, por exemplo. No entanto essa liberdade de decisão tem um sentido bem claro de que quando um aluno se recusa a participar é porque este não sente integrado.

Trata-se de uma “não-diretividade”, não dirigida pelo professor, no sentido em que este deve estar ausente, mas que este deve estar atento para asseguras que exista um espaço humano dentro do grupo, lugar este onde os membros, o próprio educando, possa se exprimir usando suas próprias palavras, sua própria linguagem do cotidiano, e que este não fique neutro no meio da discursão. Discursões estas que devem estar contextualizadas com as realidades que cercam os alunos, sendo o ensino feito de forma problematizadora afim de dar ao educando uma ferramenta abstrata, o conhecimento, para que ele, o aluno, tenha a capacidade de modificar o concreto, a sua realidade.

Paulo Freire em seu livro a Pedagogia do Oprimido (1987)diz que o professor não pode tratar o educando como um mero depositário, na concepção de educação bancária, como um indivíduo que é incapaz de produzir conhecimento desconsiderando que o aluno é um ser em formação continua, capaz de tanto produzir quanto se apropriar de tal conhecimento.

“Somente na educação tem sentido a vida humana. O pensar do educador somente ganha sentido na autenticidade dos educandos, mediados, ambos, pela realidade, portanto, na intercomunicação. Por isto o pensar daquele não pode ser um pensar para estes e nem a estes imposto”. Paulo Freire

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