TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Alfabetização e Letramento: Aspectos Historicos e Teoricos

Por:   •  10/6/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.661 Palavras (7 Páginas)  •  784 Visualizações

Página 1 de 7

Alfabetização e Letramento: Aspectos Históricos e Teóricos

Projeto de Prática Ciclo 3

1º Etapa: Contextualização do trabalho. Na 1ª etapa, você deverá fazer a leitura dos textos A Alfabetização na Perspectiva Histórico Cultural e a Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. Diante do exposto nestes dois artigos, escreva um texto apresentando as “Contribuições da Alfabetização na Perspectiva Histórico-Cultural” e “As contribuições da psicogênese da Língua Escrita para a alfabetização”.

Vygotsky, com suas descobertas e teorias, contribui para pesquisas sobre a aquisição da linguagem e da escrita, além do conhecimento de um todo. Segundo os teóricos como Vygotsky, o homem é um ser com história, bagagem e cultura, costumes, ser histórico-cultural, com capacidades psicológicas de memorização, atenção... essas capacidades são moldadas de acordo com o desenvolvimento do ser humano, contando com suas experiências pessoais e principalmente sociais. A aprendizagem e o desenvolvimento do ser, necessita de um intermediário no processo de ensino e aprendizagem.

Vygotsky afirma que devemos ensinar ás crianças a língua escrita e não apenas as letras para se escrever algo, para não cair no ensino mecânico de ler e escrever. É possível afirmar que o processo de aquisição de linguagem e escrita da criança se inicia antes de o mesmo entrar na escola. Os rabiscos são considerados de extrema importância, pois são o começo de uma aquisição de linguagem passada no papel. Sendo assim a criança de início apresenta os rabiscos que não se diferenciam, chamada escrita topográfica, posteriormente passa a fazer desenhos com definições, escrita pictográfica e enfim já tem capacidade de usar códigos para escrever o que deseja, escrita simbólica, representa algo e podemos defini-la. Quando a criança utiliza o ato de desenhar para representar algo, ela está fazendo uso do simbolismo de uma primeira ordem, sendo assim o desenvolvimento do simbolismo no desenho é um dos fatores que contribui para a nossa compreensão da pré-história da linguagem de forma escrita de uma criança. Sabemos que a criança inicialmente desenha o que já tem conhecimento, sendo assim o meio cultural em que vive é muito relevante para o desenvolvimento da mesma, as coisas mais significativas de sua vida são representadas em seu desenho, e quanto mais bagagens essa criança tem, mais formas de se expressar ela encontra, e o desenho é prazeroso, favorecendo o desenvolvimento cognitivo desta criança. Para Vygotsky, o rabiscar, desenhar e o brincar, são estágios que preparam a criança para a alfabetização, é o início de tudo, desenhando, brincando, a criança expõe suas criatividades, conhecimentos....

2º Etapa: Discussão Teórica sobre a prática da alfabetização construtivista alguns autores fazem críticas à alfabetização construtivista (DUARTE, 2000, 2001 E 2003; SAVIANI, 1986, 2004, 2005 e 2010; LIBÂNEO, 1986 e 1990). Estes autores ressaltam que para a escolha de um posicionamento pedagógico, o professor precisa conhecer com profundidade a ideologia a ser seguida para que se apoie em argumentos que sustentem seus posicionamentos. Assim, o professor precisa conhecer as concepções pedagógicas que sustentam sua prática alfabetizadora, para que possa argumentar sobre as suas escolhas a respeito de “como ele ensina” e “o que ele ensina”. Sendo assim, você, como futuro professor, precisa fazer escolhas conscientes, e, para isso, precisa conhecer os prós e os contras apresentados na alfabetização construtivista, esta concepção surge com a pesquisa de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, “Psicogênese da Língua Escrita”. Diante disso, nesta 2ª etapa, você deverá construir um texto de no mínimo uma lauda (página), contemplando dois assuntos: - 1º) a respeito dos equívocos e as consequências da má interpretação da “Psicogênese da Língua” para o trabalho de alfabetização em sala de aula. Para realizar, esta etapa, precisará se aprofundar na leitura do texto de Onaide Shwartz Mendonça, intitulado Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização (indicado para esta semana de estudos). - 2º) a respeito da “Alfabetização na Perspectiva Histórico-Cultural” Para realizar, esta etapa, precisará se aprofundar na leitura do texto de Sonia Maria Coelho, intitulado A Alfabetização na Perspectiva Histórico-Cultural (indicado para esta semana de estudos).

É importante o professor diagnosticar o nível de aprendizagem em que o aluno se encontra para tomar inciativas de modo a suprir suas necessidades escolares, portanto, o aluno deve sim, ser construtor, protagonista de sua própria aprendizagem, porém o papel do professor neste processo é de suma importância, pois o mesmo deve ser um mediador e criar situações que permitam aos alunos vivenciar os usos sociais que se faz da leitura e escrita. O método clínico é um dos equívocos cometidos por Emília Ferreiro e Ana Teberosky, pois diagnosticar os níveis de escrita em que os alunos estão, e explorar o pensamento infantil buscando compreendê-lo não basta para a progressão do processo de alfabetização, o método clínico na escola tornou-se uma prática dominante nas ações pedagógicas de professores alfabetizadores, influenciando diretamente no processo educativo. A pesquisa de Ferreiro e Teberosky é esclarecedora, porém informações que poderiam ajudar no trabalho do professor, como também os alunos não tem sido devidamente usadas, pois, em muitas escolas, instituíram a visão de que as crianças cometiam erros “construtivos” devido ao nível que se encontravam ao escrever, e a impressão, de que seriam capazes de superar seus erros por conta própria, desmaterializando a importância do papel do professor no processo de ensino-aprendizagem, sendo assim este foi um grande equívoco da má interpretação da proposta de Ferreiro e Teberosky, que pode ter provocado outros problemas vindouros desta má interpretação, como: o abandono do ensino sistemático das correspondências grafema-fonema, o descaso com a caligrafia e o não ensino de ortografia.

Definir alfabetização e letramento é de suma importância, pois são dois processos diferentes, e é compreendendo ambos que poderá ter sucesso em uma prática pedagógica. Esta definição foi uma confusão inicial no processo de alfabetização. É de suma importância que o educador em sua pratica docente em sala de aula, utilize métodos do construtivismo, porém, a especificidade da alfabetização não pode ser deixada de lado, pois é nela que se encontra elementos que serão a iniciativa para um aluno aprender a base alfabética. A escrita também precisa ser ensinada e praticada. O letramento pode ser definido como o uso de competência de leitura de um aluno que já domina o código para representar algo. Diante desses dois conceitos o que podemos afirmar é que, não precisa primeiramente aprender técnica para depois dar início ao letramento, basta fazer uso de textos que condizem e significam com a realidade do aluno e que vá representar algo ao mesmo, e não textos como os da cartilha, artificiais que não aguçarão o desejo do aluno em escrever e ler.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.4 Kb)   pdf (132.9 Kb)   docx (11.1 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com