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As Contribuições da neurociência nas primeiras séries

Por:   •  20/5/2018  •  Artigo  •  3.511 Palavras (15 Páginas)  •  126 Visualizações

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Eliliane Godim e Janaína Ribeiro

AS CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DAS PRIMEIRAS SÉRIES

Resumo: A educação é um dos nossos processos mais ricos e humanizadores. Graças a ela desenvolvemos competências, habilidades, aprendemos a interagir com meio, nos relacionar com os demais, desenvolver melhorias e alcançar o progresso. Um dos meios privilegiados para a educação é a escolarização, e nos primeiros anos de vida ela é essencial, sendo as transformações e formações que acontecem no cérebro, um processo essencial para a aprendizagem. O bom aproveitamento dessas transformações na educação dos anos iniciais é um grande avanço para a modernização social. Utilizando a neurociência, que é o estudo do cérebro e do sistema nervoso, na educação, constrói-se a base para que a criança se torne um cidadão apto a enfrentar as dificuldades e desenvolver habilidades, garantindo assim seu sucesso no futuro. O cérebro é a parte mais importante do nosso corpo, sem ele nada funcionaria. Ele é o órgão que permite nossa adaptação ao meio, dá-nos a capacidade de memorizar, comparar, escolher... enfim, aprender. A maioria de nossas ações nem passam pelo nosso conhecimento, acontecem de forma harmoniosa e escondida. No campo da neurociência, pesquisas específicas sobre a educação têm sido desenvolvidas, a chamada neuroeducação, cujo objetivo é identificar os mecanismos de aprendizagem, o que pode facilitar ou dificultar o processo de aprendizagem, bem como avaliar o desempenho e o impacto das diversas abordagens educacionais e assim facilitar a tarefa de ensinar de professores e educadores. A neurociência tem muito a contribuir com a educação, porque, se professores e educadores em geral compreenderem como o cérebro funciona, como se dá a aprendizagem, quais partes são envolvidas, que mecanismos podem ser utilizados para enriquecer esse processo, poderão traçar estratégias mais eficientes e auxiliar os que apresentam dificuldades de aprender.

Palavras-chave: Educação. Neurociência. Cérebro. Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A educação é um dos nossos processos mais ricos e humanizadores. Ela é fundamental para a construção da cidadania, pois a sociedade precisa de cidadãos que conheçam seus direitos e valores, que vivam em harmonia, contribuindo para o crescimento do país. Graças a ela desenvolvemos competências, habilidades, aprendemos a interagir com meio, nos relacionar com os demais, desenvolver melhorias e alcançar o progresso. A educação é a base para a construção de uma sociedade livre e fraterna e para o desenvolvimento das profissões em geral.

Um dos meios privilegiados para a educação é a escolarização, e nos primeiros anos de vida ela é essencial, sendo as transformações e formações que acontecem no cérebro, um processo essencial para a aprendizagem. O bom aproveitamento dessas transformações na educação dos anos iniciais é um grande avanço para a modernização social. Utilizando a neurociência, que é o estudo do cérebro e do sistema nervoso, na educação, constrói-se a base para que a criança se torne um cidadão apto a enfrentar as dificuldades e desenvolver habilidades, garantindo assim seu sucesso no futuro.

A educação é nosso manancial de saúde, riqueza e felicidade. Aprender nos permite transcender os limites físicos da evolução biológica. E isso graças ao cérebro, nosso mais importante órgão.

A educação desempenha um papel primordial ao longo de toda a vida e capacita pessoas de qualquer idade a enfrentar desafios econômicos, doenças e envelhecimento. O novo campo da neurociência educacional investiga alguns dos processos básicos presentes na alfabetização, além do mecanismo de aprender a aprender, controle cognitivo, flexibilidade, motivação e experiências sociais e emocionais. (FRITH, 2011, p. 8)

Segundo o Ministério da Educação (MEC), toda criança deve estar alfabetizada até a terceira série do Ensino Fundamental, com aproximadamente 8 anos. Tendo em vista esse critério, que serve como base nacional, utilizamos como referência, ao falar de “primeiras séries”, as crianças da educação infantil até a terceira série do Ensino Fundamental.

A revista NeuroEducação, inaugurada em 2012, traz temas pertinentes à neurociência. Ela reúne diversos artigos de autores, estudiosos e cientistas que, atualmente, pesquisam sobre o assunto. As principais pesquisas e seus resultados podem ser encontrados em seus fascículos. Os artigos além de trazer uma base teórica rica sobre a neurociência e suas descobertas, oferecem dicas práticas para a sala de aula.

Outra fonte é o livro de Ramon M. Consenza e Leonor B. Guerra, Neurociência e Educação. Como o cérebro aprende. Nele os autores apresentam como cérebro é responsável pela aprendizagem e como saber o seu funcionamento colabora na elaboração de estratégias que favoreçam seu desenvolvimento.

Nicola Call e Sally Featherstone, em Cérebro e educação infantil. Como aplicar os conhecimentos da ciência cognitiva no ensino de crianças até 5 anos, trazem uma importante reflexão para compreender as contribuições da neurociência na educação infantil, nele as autoras apresentam diversas propostas práticas para aplicar os resultados das pesquisas atuais em ciência cognitiva e aprendizagem de crianças até os 5 anos de idade.

O cérebro é a parte mais importante do nosso corpo, sem ele nada funcionaria. Ele é o órgão que permite nossa adaptação ao meio, dá-nos a capacidade de memorizar, comparar, escolher... enfim, aprender. A maioria de nossas ações nem passam pelo nosso conhecimento, acontecem de forma harmoniosa e escondida.

Horstman destaca que, “como é graças ao cérebro que podemos aprender, conhecer os mecanismos envolvidos no aprendizado torna-se cada vez mais uma necessidade para pais, professores e alunos”. (HORSTMAN, 2010, p. 6). A neurociência é o estudo empírico do cérebro e do sistema nervoso.

Para Leslie Hart (apud POMPEU, 2012, p. 22), “ensinar sem levar em conta o funcionamento do cérebro seria como tentar desenhar uma luva sem considerar a existência da mão”.

No campo da neurociência, pesquisas específicas sobre a educação têm sido desenvolvidas, a chamada neuroeducação, cujo objetivo é identificar os mecanismos de aprendizagem, o que pode facilitar ou dificultar o processo de aprendizagem, bem como avaliar o desempenho e o impacto das diversas abordagens educacionais e assim facilitar a tarefa de ensinar de professores e educadores. Suas descobertas

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