Brinquedoteca

PASSO 5

Podemos perceber que João é uma criança, cautelosa, não é aventureiro, gosta de estar sozinho, e é bastante observador, carinhoso e carismático. João brinca apenas com algumas crianças, pois é tímido. Suas habilidades motoras estão em pleno desenvolvimento, ele já consegue, subir e descer os degraus sozinho (alterna os pés), anda de bicicleta, dá cambalhotas, pula para frente e para trás, corta com tesoura dentre outras habilidades que estão se desenvolvendo.

Já Melissa, é uma garota desinibida, extrovertida, simpática, é animada e gosta e fazer novas amizades, realiza suas tarefas sem dificuldades e se concentra em tudo que lhe é proposto. Sempre muito curiosa, Melissa adora explorar as habilidades motora, pinta, pula, sobe e desce, tudo adequado para sua idade.

PASSO 6

De acordo com a observação diária, podemos constatar que as crianças da brinquedoteca apesar das dificuldades que estavam passando no momento, eram muito felizes, mesmo com a doença que cada uma estava tratando as crianças não perdiam seu brilho e sua alegria. De acordo com Santos (2013, p. 14), o principal objetivo de uma brinquedoteca é a valorização da atividade lúdica. Para crianças que passam dias no hospital é extremamente sufocante ficar num quarto, isso por vezes, as deixam nervosas, inquietas e a brinquedoteca tem como papel, levá-las novamente ao mundo infantil, recriando o mundo em que vivem ou talvez, construindo junto com ela mundo de imaginação, por vezes melhor que a sua realidade.

Fortuna (2004) salienta que:

Brincar no hospital não deve servir para distanciá-la da realidade, distraindo-a, tal como uma manobra diversionista, mas deve auxiliá-la a vivê-la: desenvolvendo seu raciocínio, sua capacidade de expressão, melhorando seu ânimo, a criança reúne forças e instrumentos intelectuais para compreender a realidade em que vive (FORTUNA, 2004, p.8)

CONCLUSÃO

As discussões atuais giram em torno dos motivos pelos quais é importante brincar no hospital, para alguns é importante preservar o direito da criança de brincar, para outros para amenizar o seu sofrimento e ajudá-la a enfrentar a sua doença e seu tratamento hospitalar e ainda sobre como brincar no hospital, e também sobre os tipos de brinquedos que devem fazer parte do acervo do hospital. Essas discussões mostram que é necessário refletir sobre qual é o papel do brincar para o desenvolvimento da criança e sua relação com a situação de internamento e a partir daí estabelecer a forma de atuação neste contexto. Este trabalho teve o objetivo de apresentar algumas reflexões sobre a atuação em uma brinquedoteca hospitalar.