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CRÍTICA: FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

Por:   •  17/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  627 Palavras (3 Páginas)  •  133 Visualizações

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CRÍTICA: FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

O processo de formação dos professores brasileiros e a insuficiência escolar vem sido discutida frequentemente por estudiosos da área como meio de atingir a raiz do problema e os modos capazes de saná-lo. A alta demanda de oferta de trabalho no mercado, faz com que os cursos de Pedagogia no país sejam superlotados, mesmo quando a qualidade do ensino é questionável. Segundo o Censo da Educação, atualmente existem 2,2 milhões de professores de educação básica no país, entretanto 494 mil sequer possuem graduação. Assim, faz-se necessário o enfoque e as discussões sobre as falhas presentes no processo formativo deste profissional e nos reflexos que este projetará quando diante da relação educador-educando.

A questão principal que se evidencia na análise das respostas obtidas é a falta de compromisso da instituição de ensino para com o preparo pedagógico-didático, que resulta em profissionais inaptos a resolver os obstáculos em sala, fazendo com que o aprendizado dos alunos seja comprometido. Durante o seu aprendizado, o professor tem pouco ou nenhum contato com a realidade da classe e os possíveis problemas a serem enfrentados. Os mesmos alegam que em sua maioria, a carga do curso é voltada para habilidades teóricas de ensino e avaliativos. A grande queixa dos entrevistados é o lapso deixado em sua formação para lidar com assuntos importantes que frequentemente aparecem na sala, com maior demanda atualmente, como os problemas de aprendizagem e suas causas, sendo tratados de maneira superficial, tirando, assim, a chance desse profissional compreender a complexidade presente no caso e as possibilidades de trabalha-la em sala. O professor deixa a graduação em estado de desamparo, pois não é suprida a necessidade de embasamento prático requerido pelos mesmos para atuar nas aulas, levando-os a recorrer a formações adicionais, quando possível de serem feitas, para preencher as lacunas deixadas pela graduação.

O recém-formado se engendra no sistema educacional despreparado para lidar com adversidades principais, tais como as superlotações da sala, sua atuação multidisciplinar e a heterogeneidade de seus aprendizes. Então, o próprio professor é levado a refletir e avaliar o próprio trabalho que está em curso e percebe as implicações de sua formação na prática pedagógica. A partir de então, este profissional se vê atuando sem o preparo necessário dentro de um sistema construtivista no qual implica a ele a missão de atender e avaliar os alunos de forma mais íntima que as adotadas nos métodos avaliativos tradicionais. Os entrevistados, diante desta questão, revelam que o sistema não é compatível com a realidade, fazendo com que o método de avaliação seja feito de modo tradicional e generalizado, utilizando-se do modo construtivista apenas quando possível, como em casos de alunos que necessitem de avaliação especial.

Em suma, podemos notar no presente trabalho que mesmo com a alta necessidade de mais profissionais, o mercado, por sua vez, torna a profissão desgostosa e desestimulante de ser exercida mesmo ao ofertar muitas opções de trabalho, pois o faz sem utilizar dos atrativos de países como Coreia e Canada, por exemplo, onde ser professor tornou-se desejável por conta dos planos de carreira e alta remuneração. No Brasil, além da falta de ambos, os professores enfrentam baixas condições de trabalho e muita competitividade no meio profissional. Como se não bastasse, há o choque de realidade sofrido ao deparar-se com as particularidades de cada aluno para os quais não foi preparado e, principalmente, para a numerosa existência de problemas e distúrbios de aprendizado, de origens patológicas ou não, para as quais se veem de mãos atadas até o encaminhamento ao profissional de Psicologia. Nas entrevistas, porém, fica nítido que os professores atribuem os problemas enfrentados na escola a algo mais que o déficit sofrido em sua formação, sendo a gestão escolar e os pais dos alunos os principais impeditivos em alguns casos.

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