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Como a Linguagem Modela o Pensamento

Por:   •  5/9/2020  •  Resenha  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  587 Visualizações

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Como a Linguagem Modela o Pensamento

Diferentes idiomas afetam de maneira distintas a percepção do mundo.

O texto apresenta em seu escopo a percepção da cientista cognitiva lera Boroditsky compartilha exemplos, através dos idiomas e que isso representa 7 mil idiomas falados em todo o mundo, e todos eles têm diferentes sons, vocabulários e estruturas. Mas eles modelam a maneira como nós pensamos? A pesquisa foi elaborada em uma comunidade aborígena da Austrália, que usa pontos cardeais em vez das palavras "esquerda" e "direita", às diversas palavras para "azul" em russo, que sugere que a resposta seja um sonoro sim. "A beleza da diversidade linguística revela para nós a engenhosidade e a flexibilidade da mente humana", diz Lera. "A mente humana não inventou um universo cognitivo, mas 7 mil".A noção de que diferentes idiomas possam transmitir diferentes habilidades cognitivas remonta a séculos. Desde 1930, essa associação foi indicada pelos linguistas americanos Edward Sapir e Benjamin Lee Whorf, que estudaram como as línguas variam, e propuseram maneiras pelas quais os falantes de idiomas distintos podem pensar de forma diferente. Todos eles são diferentes entre si das mais diversas formas. Alguns idiomas têm sons e vocabulários diferentes, e também estruturas diferentes, o que é muito importante. Esses argumentos vão e voltam há milhares de anos. Mas até recentemente não havia dados para nos ajudar a decidir. E que através da pesquisa em seu laboratório e em outros ao redor do mundo, deu-se início as pesquisas e agora tem dados científicos reais para embasar essa questão, começa com um exemplo de uma comunidade aborígene da Austrália com a qual trabalhou. Esse é o povo Kuuk Thaayorre, que vive em Pormpuraaw, na margem do extremo oeste de Cabo York. O legal sobre os Kuuk Thaayorre é que eles não usam palavras como "esquerda" e "direita". Em vez disso, tudo é expresso em pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Quando digo tudo, quero dizer realmente tudo. Diríamos algo como: "Ah, tem uma formiga na sua perna ao sudoeste". Ou: "Mexa a sua xícara um pouquinho para o norte-nordeste". Na verdade, o modo como você diz "Olá" em Kuuk Thaayorre é: "Para onde você vai?" A resposta deveria ser: "Norte-Nordeste, no lado de lá. Imaginem que, conforme caminhamos por aí durante o dia, à cada pessoa que cumprimentamos, temos que dizer para onde estamos indo.Há diferenças muito grandes em como as pessoas consideram o tempo a partir de idades diferentes. Cita como exemplo o pedido para um falante de inglês organizar o tempo, ele faria desta forma: da esquerda para a direita. Isso tem a ver com o sentido da escrita. Falantes de hebraico ou árabe fariam isso do sentido oposto: da direita para a esquerda.compara o Kuuk Thaayorre, o grupo aborígene.Eles não usam palavras como "direita" e "esquerda". Quando as pessoas estão sentadas de frente para o sul, elas organizam o tempo da esquerda para a direita. Quando estão sentadas de frente para o norte, elas organizam o tempo da direita para a esquerda. Quando estão de frente para o leste, o tempo vem em direção ao corpo. Qual é o padrão? Leste para oeste, não é mesmo? Para elas, o tempo não fica preso ao corpo de forma alguma, fica preso à paisagem. Para mim, se estou de frente pra cá, o tempo vai por aqui; se estou de frente pra cá, o tempo vai por aqui; eu de frente pra cá, o tempo vai por aqui. É muito egocêntrico de minha parte ter o sentido do tempo me perseguindo toda vez que viro meu corpo. Para os Kuuk Thaayorre, o tempo está preso à paisagem. É um modo radicalmente diferente de pensar sobre o tempo.Esta é uma outra habilidade humana muito inteligente. Discorre de uma pequena habilidade que aprendemos a usar quando crianças. Aprender uma lista de números e como aplicá-la: uma pequena habilidade linguística. Há idiomas que não fazem isso, porque alguns deles não têm palavras definidas para números. São idiomas que não têm uma palavra como "sete", ou uma palavra como "oito". De fato, as pessoas que falam esses idiomas não contam e têm problemas em seguir quantidades exatas, mas os povos que não têm essa habilidade linguística e não conseguem fazer isso.Os idiomas também diferem no modo como dividem o espectro de cores, o mundo visual. Alguns idiomas têm muitas palavras para cores; outros têm apenas duas: "claro" e "escuro". Há idiomas que diferem em onde colocam os limites entre as cores. Em inglês, por exemplo, há uma palavra para azul que abrange todas as cores que podemos ver na tela, mas, em russo, não há uma palavra única. Em vez disso, falantes de russo diferenciam o azul claro, "goluboy", do azul escuro, "siniy". Os russos têm uma vida de experiência distinguindo essas duas cores no idioma. Quando testamos a capacidade das pessoas de distinguir essas cores, descobrimos que os falantes de russo são mais rápidos nesse limite linguístico. São mais

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