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Como enfrentar com a indisciplina na escola

Por:   •  18/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.989 Palavras (8 Páginas)  •  375 Visualizações

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Como enfrentar  a indisciplina na escola

Capitulo II AS REGRAS MORAIS E CONCEITOS DE DISCIPLINA.

Os problemas de indisciplina na escola estão associados com problemas de moral. Como os indivíduos não vivem sozinhos, e sim em sociedade, precisam de regras que permitam a convivência, isto é, comportar-se da melhor maneira uns com os outros.

Essas regras não são inatas: devem ser adquiridas em casa, na escola e na sociedade em geral.

A sociedade pode atravessar períodos de crise. Nesses períodos, quando as formas habituais de vida e as regras que delas derivam não mais funcionam. Quando a sociedade esta em crise, a família esta em crise e a família também.

A sociedade ou o individua que perde as regras sente-se desorientado e procura novas forma de existência. As novas regras deverão se definir tanto em casa quanto na escola e na sociedade.

A psicologia pode nos ajudar a entender como se adquirem as regras. Uma das características do conceito de regra é a da “regularidade”, isto é, algo que acontece de uma maneira determinada e que deve ser respeitado em qualquer circunstancia. Outro aspecto determinante de regra é o “respeito” quase tem por ela. Essas regras são adquiridas ao longo do desenvolvimento.

Na criança predomina a fantasia e a mobilidade, não há limites para o desejo, nada freia suas emoções nem suas tendências instintivas. Os rituais são importantes na vida infantil.

Agir moralmente significa se conformar com as regras e moral, que são exteriores a consciência da criança porque elas foram elaboradas sem ela. Mas chegará o moment em que a criança entrara em contato com essas regras.

O autor diz que na vida nem tudo é brincadeira e que por esse motivo é necessário que a criança se prepare para o esforço.

A teoria de Durkheim posiciona-se contar o castigo corporal. Além da disciplina, o outro elemento da moralidade é fazer com que a criança tenha um apego normal com os grupos sociais que a rodeiam.

Piaget critica Durkheim. Para Piaget, o espirito de disciplina é o ponto de partida para toda vida moral. Além da regularidade da conduta, são necessários regras que possuam uma autoridade suficiente.

Todas as experiências de Piaget mostram que as regras que as crianças seguem e respeitam são resultantes das relações sociais. Só que para Piaget, não existe apenas um tipo de autoridade nem apenas um tipo de regra. Durkheim nem se preocupa com essa questão. Para ele, toda a autoridade deriva da sociedade, e o professor é o intermediário entre a sociedade e a criança.

Piaget estudou a concepção que as crianças tem das regras a partir e um jogo: o jogo de bolinhas de gue. Piaget observa as crianças, interroga-as, pede para brincar e brinca com elas. Na observação da crianças em situação de brincadeiras estruturadas por regra, Piaget interessa-se em focalizar o jeito com que as crianças praticam as regras e a representação que elas tem destas. A partir dos dados que obtém, distingue quatro níveis na pratica das regras do jogo: uma criança pode deixar cair as bolinhas varia vezes, depois as põe numa panela para preparar o almoço, depois as esconde etc. esse estagio caracteriza-se pela ausência de regras fixas e obrigatórias. Num segundo momento, entre 3 e 5 anos, as crianças brincam de maneira mais ou menos fixa, inspirando-se em regras que não entendem muito bem. Ao redor dos 7/8 anos, o terceiro momento, as crianças coordenam o jogo mutuamente em função de regras. As 11/12 anos, à criança procura prever todos os casos possíveis, e tenta codificar os casos não previsto pela regra.

Piaget afirma que a moral da cooperação surge espontaneamente entre as crianças e que, no desenvolvimento, a moral da cooperação apresenta-se como mais avançada que a moral da obrigação ou da coação.

Quando se constata resistência da criança em idade escolar ao método autoritário e a esperteza que essas mesmas crianças manifestam para escapar a disciplina, não temos mais remédio, senão considerar defeituoso o método de coação. Por esse motivo, Piaget, ao contrario de Durkheim, pensa que não é o professor que tem que impor q regra a criança.

O problema da disciplina é solidário com aquele da educação funcional. Uma disciplina autônoma é somente concebível numa escola que deixe grande parte da iniciativa e da atividade espontânea para a criança.

Para Piaget, a moral da criança consiste num conjunto de regras e toda a moral deve ser procurada em essência no respeito que o individuo adquire pela s regras.

Piaget indaga profundamente as razoes e justificativas que a criança da para os problemas morais. Por exemplo: uma criança abre a porta da sala de jantar e quebra 15 copos que estavam atrás da porta. Outra criança, aproveitando que sua mãe não esta, sobe no armário da cozinha, pega o doce que sua mãe a tinha proibido de comer e quebra uma xicara.  As crianças mais novas consideram que a criança que quebrou 15 copos deveria ser castigada a outra não pois quebrou apenas uma xicara. Os mais velhos, que enxergam a diferença entre falta de jeito e desobediência, pensam que seria injusto castigar quem quebrou os copos.

Toda a criança sempre tende a buscar a aprovação do adulto e evitar o castigo.

Essas diferentes concepções levam Piaget a apoiar as ideias da Escola Nova, que propõe que as crianças trabalhem em grupos relativamente autônomos., e a denunciar a pedagogia tradicional fundada na submissão ao professor e na acumulação passiva de conhecimentos.

Tradicionalmente, a maneira de erradicar a indisciplina é a repressão, que não traz os resultado esperados. Uma forma atual, adotada por muitas instituições que querem romper com essa postura autoritária, é deixar os alunos livres para decidir tudo e deixa-los fazer o que pensam que é correto sem discutir com o professor nem com seus companheiros. É fácil imaginar que esses métodos favorecem os estados de anomia.

Toda a educação para a cidadania é normativa e necessita da existência de um código normativo, de uma linguagem comum que permita regulamentar as situações cotidianas.

Numa sociedade em crise, a escola deveria analisar de maneira critica os marcos que a guiaram ate agora e não funcionam mais, estimulando a procura de novos sentidos.

A indisciplina implica conflitos. Esses conflitos devem ser solucionados. Levando em conta os pontos de vista diferentes.

Cap III CAUSAS DA INDISCIPLINA

A indisciplina Na escola aumentou na atualidade e não ha apenas uma causa única e principal para isso. A indisciplina esta associada a normas e regras sociais e morais.

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