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DESIGULDADE E PANDEMIA: A IMPORTANCIA DO OLHAR SOCIOLÓGICO

Por:   •  15/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.091 Palavras (13 Páginas)  •  64 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

DESENVOLVIMENTO        4

CONSIDERAÇÕES FINAIS        11

REFERÊNCIAS        12

INTRODUÇÃO

Em nossa sociedade podemos constatar a diferença que existe entre os indivíduos, pois temos elevado número de pessoas que vivem em absoluta miséria e outros poucos são muito ricos.

À essa diferença chamamos de desigualdade, que assume feições distintas porque é constituída de um conjunto de elementos econômicos, políticos e culturais próprios.

O avanço do capitalismo no século XVIII, deu origem as relações entre o capital e o trabalho (patrão x empregado), justificada pelo liberalismo, que se baseia na defesa da propriedade privada, comércio liberal e igualdade perante a lei.

Contrapondo as ideias do liberalismo, Karl Marx tece críticas a esse sistema, uma vez que nele só eram expressos os interesses de uma pequena parte da sociedade e não da maioria, pois, segundo ele, a sociedade é um conjunto de atividades dos homens, ou ações humanas, e essas ações é que tornam a sociedade possível, ajudam a organização social, e mostram como o homem se relaciona uns com os outros.

Assim Marx considera as desigualdades sociais como produto de um conjunto de relações que se pautam na propriedade, e que é fruto das relações sociais, econômicas, políticas e culturais. O poder de dominação é que dá origem a essas desigualdades.

Portanto, as desigualdades dão origem a um sistema social onde uma classe produz e a outra domina: as classes operárias e burguesas.

São as classes sociais que evidenciam e naturalizam as desigualdades da sociedade capitalista. Mas o crescente estado de miséria da população brasileira causado pela crise econômica atual e pela pandemia do corona vírus, mostra nítida as disparidades sociais (que se acentuaram), com a extrema concentração de renda nas mãos de poucos, os salários baixos, o desemprego, a fome que bate à porta e assola milhões de brasileiros, a marginalidade, a violência, etc.

A desigualdade social se tornou mais proeminente na pandemia do COVID-19, que evidenciou o abismo social, a falta de estrutura política e de assistência aos mais vulneráveis.

  DESENVOLVIMENTO

O Brasil é o 7° país mais desigual do mundo, e a desigualdade vem sendo acentuada, uma vez que apenas 1% da população detém 48% de toda a riqueza nacional e 50% da população possui cerca de 3% da riqueza total do país. Desse total de riquezas, 68% são compostas por patrimônio não financeiro (terras, imóveis e outros bens).

Tanto a riqueza material quanto a riqueza imaterial, são produzidas socialmente, mas são seletivamente distribuídas, usadas e apropriadas segundo as classes, grupos e lugares.

Essa é a contradição fundamental do capitalismo: a divisão dos riscos entre todos e a concentração das recompensas e riqueza entre alguns.

Às desigualdades de renda e riqueza somam-se as de gênero, étnica, racial, educacional, entre outras.

Como se disse, são produtos do sistema capitalista neoliberal e agora globalizado, perverso, centrado no dinheiro, na mais valia e na informação, que gera pobreza estrutural/social generalizada, fruto do crescimento da competitividade e da seleção do mercado.

Essas desigualdades sociais não são acidentais, e temos visto crescer através do projeto político posto em prática pelo Governo Federal, que privilegia os grandes empresários e a agroindústria em detrimento da população trabalhadora, aplicando o modelo da necropolítica que nega a ciência, obriga trabalhadores a saírem de suas casas, não formula políticas públicas para proteção de quem mais precisa.

Assim, a disparidade social é produzida por um conjunto de relações e atos que abrangem as esferas da vida social, na economia por relações que levam a exploração do trabalho e a concentração da riqueza nas mãos de poucos, e na política, onde a maioria da população é excluída das decisões governamentais, que não leva em conta seus reais problemas: alimentação, moradia, educação, saúde, segurança, etc.

Não bastasse todos esses problemas vivenciados pela população brasileira, a pandemia do COVID-19 exigiu que fossem tomadas medidas de isolamento social (no início), embora não tivesse sido decretado lockdowm. Assim, a maioria do comércio fechou as portas, e as escolas cancelaram as aulas presenciais.

Mas o isolamento social foi privilégio de poucos, uma vez que, para a grande maioria da população, ficar em casa não era alternativa, pois o sustento da família estava em risco (basta lembrar que a primeira morte por COVID-19 foi uma mulher preta, empregada doméstica que não pôde ficar em isolamento porque seus patrões não permitiram). Era então, necessário se acotovelar em ônibus, trens e metrôs, o que reforça o eugenismo dos alicerces do governo que afirmam que “pessoas vão morrer, mas a economia não pode parar”.

As escolas fecharam suas portas devido ao risco de transmissão e contaminação. As aulas passaram a ser remotas.

Os educandos ficaram em suas casas, muitas vezes sozinhos para estudar, enquanto seus pais saíam para o trabalho e enfrentavam os riscos de adquirir a doença.

O ensino passou a ser feito por meio do uso de tecnologia da internet e computadores, celulares e tablets, o que poderia sugerir que as tecnologias digitais poderiam dar continuidade integral e com a mesma qualidade às aulas presenciais, o que não ocorreu.

Com aulas remotas, pandemia escancara desigualdade no acesso à educação de qualidade.

Segundo uma pesquisa feita em 2018 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, 93% dos domicílios declararam possuir telefone celular, 27% computador portátil, 19% computador de mesa e apenas 14% possuíam tablet.  Em relação à presença de internet nas residências, 67% possuíam algum tipo de acesso, sendo que 62% por banda larga fixa, 39% por cabo ou fibra ótica e 27% por conexão móvel 3G ou 4G. Já em relação aos motivos apontados para a inexistência de conexão, 61% apontam o fator financeiro e 45% relatam inabilidade para uso da internet, evidenciando uma desigualdade muito grande de recursos, de condição para estudar, de tempo, dedicação, que acabam por afetar a educação.

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