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Diversidade Cultural em Pedagogia

Por:   •  26/2/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.969 Palavras (8 Páginas)  •  359 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Muitos dos que estudam o comportamento humano nas escolas, enquanto educadores e alunos percebem a vasta gama de personalidades representadas por essas pessoas. Sabe-se que a personalidade de uma pessoa é definida, dentre outros aspectos, pelo contexto cultural em que ela está inserida, e sabe-se também que mesmo dentro de um mesmo espaço, neste caso a escola, apresentam-se diversos contextos culturais distintos.

Estando ciente disso, com a presente PA objetivo mostrar como se dá esse processo de formação de personalidade variada de acordo com o meio em que o sujeito está inserido, e como essas diferenças são trabalhadas no ambiente escolar.

Isto torna a pesquisa válida, pois através dela se esclarecerão questões tidas como complexas dentro da escola, tais como preconceitos e exclusão social, já que assim teremos um conteúdo norteador no que tange às diferenças presentes dentro da escola.

Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram feitas as leituras de cunho obrigatório com seus devidos fichamentos de leitura para uma consulta mais apurada, além de leituras complementares em livros e sites pedagógicos, citados nas referências, e observação de práticas através de conversas com profissionais da pedagogia atuantes em sistemas de ensino.

As disciplinas estudadas em aula cujos conteúdos orientam este trabalho são Educação e Diversidade, Educação de Jovens e Adultos e Pesquisa e Prática

2. EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E PESQUISA: PROCESSO DE CONSTRUÇÃO SOCIAL DOS SUJEITOS E A COMPREENSÃO DA MULTICULTURALIDADE NA ESCOLA

A sociedade, no modo em que a conhecemos hoje, do ponto de vista cultural é antiga, pois a maioria da influencia cultural recebida pelas pessoas vem desde a época da colonização. A exemplo disso, temos o que chamamos de exclusão social, atualmente mostrada como a separação em classes daqueles que possuem poder econômico e dos que são desprovidos do mesmo. Da mesma forma, por vezes são vistos casos de exclusão por raça. Além destes, poderiam ser citados diversos outros, e o que eles tem em comum é a prova de que existem diversos nichos culturais em uma mesma sociedade, o que chamamos de multiculturalismo.

Esta percepção das diferenças acentua-se no ambiente acadêmico, pois desde cedo observa-se na escola a presença de alunos de diferentes etnias, condições econômicas, religiões, entre outros. O que ainda existe, então, e que deve ser suprida é a “necessidade de coexistência harmônica entre diferentes culturas num mesmo território, por considerá-lo como um dos prováveis caminhos para a garantia dos direitos e do respeito ao outro e a suas diferenças” (MICHALISZYN, 2008, p. 103).

De forma geral, o ambiente escolar deveria ser, desde as séries iniciais, além de espaço de aprendizagem de conteúdos, também de aprendizagem de convívio com o outro, de modo a respeitar as diferenças. Percebe-se que a forma de educar herdada de séculos atras “fez disso um modelo de ensino que perpetuava as distinções de classe, raça, gênero, etnia e, mas ainda, qualificava essas distinções como condições naturais da sociedade” (FREITAS, 2011, p. 84), muitas vezes advindas da própria escola, quando se via que famílias com mais condições financeiras tinham mais acesso à educação do que as demais.

Hoje é papel principalmente dos profissionais da educação iniciar um processo de transformação que vise igualar ou, no mínimo, harmonizar essas condições no âmbito escolar. Para isso, a formação profissional deve contemplar não somente métodos de ensino clássicos, o que manteria alguns aspectos negativos existentes, mas métodos que abranjam o multiculturalismo, a coexistência de aspectos culturais individuais a serem respeitados.

2.1 EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

O desafio de se edificar uma educação sólida e de diferenças está presente desde que se começou a pensar em multiculturalismo, visto que até então apenas transmitir conhecimento ao aluno era quase que a única função do docente. A partir de então, as práticas profissionais voltadas à atenuação das diferenças culturais entre alunos estão sendo cada vez mais colocadas como requisito da formação profissional dos educadores, como forma de garantir que estes estejam aptos a trabalhar com uma cultura escolar progressista, de acordo com Freitas (2011, p. 61), “comprometida com o respeito e a dignidade dos diferentes segmentos sociais que a compõem”.

Como forma de representar este requisito, desde a formação profissional dos educadores são colocados como conteúdos do curso disciplinas ligados à diversidade cultural. Já no ambiente escolar, é de se esperar que este novo modelo de formação venha a ser aplicado, e para tanto, os professores buscam formas de integrar diferentes culturas em atividades educativas.

A própria abertura da escola pública à pessoas de diferentes contextos culturais favorece o convívio educacional com o outro, com suas habilidades e limitações, enfim, com suas diferenças. A parte a ser trabalhada, inicialmente, é a aceitação dessas diferenças, pois muitos dos casos de exclusão social iniciam-se na escola, por não haver essa aceitação e “nesse contexto, devemos tomar cuidado com nossos julgamentos apressados, principalmente quando consideramos demais as aparências e deixamos de lado o respeito pelo outro” (FREITAS, 2011, p. 75).

Isto se faz com o intermédio dos professores, que devem mostrar a seus alunos a vasta gama de nichos sociais com os quais eles tem contato, dentro e fora da escola. Essa interculturalidade mostra-se, então, não somente como o reconhecimento das diferenças, mas como a possibilidade de interação entre elas, de aprender com o outro.

Delors (1996), ao dizer que “a educação é veículo transportador de cultura e valores que têm por objetivo estabelecer vínculos sociais assumindo-se como um verdadeiro espaço de sociabilização que faz da diversidade fator positivo”, nos ajuda a compreender a relação entre o sistema educacional e o multiculturalismo.

Desta forma, se vê o espaço da escola, como anteriormente dito, não somente como possibilitador de convívio com as diferenças, mas facilitador de interação entre estas, de forma a criar, além de respeito às culturas, uma cultura de respeito.

2.2 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

No contexto de inclusão social em que o multiculturalismo se apresenta, uma das diversas políticas que se desenvolvem para melhorar a realidade educacional é a de alfabetização desde níveis iniciais de jovens e adultos que não tiveram este percurso escolar

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