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EDUCAÇÃO LITERÁRIA E LEITURA: A MEDIAÇÃO COMO PRINCÍPIO DE FORMAÇÃO DE NOVOS LEITORES

Por:   •  18/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.539 Palavras (19 Páginas)  •  181 Visualizações

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CAPÍTULO I: A LEITURA

EDUCAÇÃO LITERÁRIA E LEITURA: A MEDIAÇÃO COMO PRINCÍPIO DE FORMAÇÃO DE NOVOS LEITORES

A escola é um ambiente privilegiado para garantir e propiciar o contato com os livros, sendo assim a formação básica deve propiciar ao educando a ampliação da capacidade de conhecer; de forma a dominar a leitura, a escrita e a realização de cálculos, além de compreender o ambiente natural e social; o sistema político, os valores que alicerçam a sociedade e o fortalecimento dos vínculos da família, especialmente os laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Levando em conta tal cenário educacional e os índices de leitura no Brasil apresentados na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, mostram que os brasileiros leem somente quatro livros por ano, partindo deste fato, somente metade da população é considerada leitora, diante da realidade objetivamos um trabalho docente que incentive o prazer em ouvir, recontar e ler histórias com foco principal no desenvolvimento do leitor.

Tendo em vista a problemática apresentada e verificando que para a maioria dos alunos a escola é o lugar de mais contato com um ambiente de leitura, proporcionar momentos de mediação de leitura e o contato contínuo com o acervo disponível na escola, a fim de provocar o interesse pela literatura, zelando para que essa prática seja uma constante em suas vidas e posteriormente contribua com desenvolvimento intelectual.

Dessa forma, pela oralidade, escrita e leitura, espera-se propiciar ao educando a sua formação como leitor, orador e escritor, crítico, que possa interagir socialmente para efetivação de mudanças sociais e, também para que, em sua vida, torne-se um cidadão reflexivo, com práticas de aperfeiçoamentos estudantis e reivindicador de seus direitos, solidário, com consciência de que sempre pode aprender mais e contribuir, por meio de sua aprendizagem, com os demais colegas e com as outras pessoas ao seu redor.

Considerando a leitura como elemento essencial na formação das crianças, sabe-se que livros por si só, não necessariamente formam leitores, é preciso estimular o seu uso e o prazer pela leitura. Dentro desse propósito geral, a educação literária visa à necessidade de se proporcionar aos alunos e professores a convivência contínua com a leitura e os livros, com o intuito de formar leitores.

Pereira (2009) ressalta que

[..] o mais importante é a leitura acrescentar novas visões de mundo, novas experiências e informações à bagagem do leitor. O objetivo da leitura na escola é fazer com que os alunos compreendam um texto escrito e possam optar, de forma consciente, por um ou outro texto, em função de seus próprios interesses.

Para Silva (2013) o ato de ler é um instrumento de luta para combater a alienação e a ignorância, auxiliando o indivíduo a identificar os aspectos que servem para massificar e forçar uma sociedade a permanecer na ignorância. Portanto, “ler é um direito de todos os cidadãos; direito que decorre das próprias formas pelas quais os homens se comunicam nas sociedades letradas” (SILVA. p.54, 2013). A leitura também é concebida como prática sociocultural, portanto não é uma prática exclusivamente escolar. Basicamente,

Ler é apreciar, inferir, antecipar, concluir, concordar, discordar, perceber as diferentes possibilidades de uma mesma leitura, é estabelecer relações entre diferentes experiências – inclusive de leitura. Por tudo isso, ler é, antes de tudo, um direito[...]. (PEREIRA, 2009, p. 7)

        

A leitura não é apenas o ato de olhar as palavras em uma página, requer a compreensão de ideias e sintetização de informações, sendo assim, quanto maiores as oportunidades de leitura, maiores serão, também, as possibilidades de se formar leitores autônomos e frequentes. Ler é um processo de criação de significados a partir de determinado texto. A leitura só se torna exequível pela permuta entre os componentes textuais e os conhecimentos do próprio leitor.

Segundo Collomer (2007, p.30), “formar os alunos como cidadãos da cultura escrita é um dos principais objetivos educativos da escola”, sendo assim, a formação do professor – mediador precisa ter em vista que a finalidade da leitura na escola não é somente a codificação e a escrita, o currículo escolar deve proporcionar um novo olhar sobre a Literatura, sobre como deve ser colocada de forma prazerosa, dinâmica, criativa, sem uma finalidade totalmente didática, mas com um sentimento de entusiasmo que um livro é capaz de nos proporcionar.

        Diante dos desafios educacionais no mundo atual e dessas concepções de leitura, conclui-se que conhecê-las, compreendê-las e refletir sobre elas torna-se essencial aos professores. Pois somente assim, estarão habilitados para assumir uma opinião, mediar e intervir conscientemente nas práticas de leitura.

Ao pensar na mediação da leitura, pensamos logo em estratégias que façam com que essa função seja realmente ativa na educação brasileira, cabendo ao professor, em especial, esse papel tão importante na sala de aula. Sendo a leitura, a forma principal para que se possa atingir o interesse pela leitura literária, ainda na infância, como por exemplo, o hábito de ouvir e contar histórias.

Resumidamente, o papel do mediador é manifestar um amor pela leitura por toda a vida, porque ler faz de todos nós mais reflexivos, mais bem informados e mais produtivos como membros da sociedade civil.

Mas mediar não é o mesmo que facilitar. Podemos considerar que mediar a leitura significa intervir para aproximar. Os mediadores de leitura instigam, provocam, estimulam o aluno no processo de apropriação do texto; procuram incentivar o estabelecimento de relações entre as ideias que se apresentam e as experiências do leitor/aluno e buscam alternativas para que a leitura possa ganhar novas dimensões.( PEREIRA,p.23, 2009).

Com relação à mediação nas ações de estímulo à leitura deve ser compreendida não como método auxiliar e pedagógico de atuação, mas como uma estratégia de formação de leitores, de modificação de cidadãos em cidadãos leitores. Desse ponto de vista, em vez de o mediador atuar como um intercessor ou como um intérprete junto a pessoas que têm dificuldades de leitura, ele atua como um formador de leitores. A mediação de leitura é um processo no qual a relação entre mediador de leitura e leitores – é intercedida por um livro ou por um texto determinado que os façam dialogar entre si.

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