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EXPERIENCIAS LUDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  25/10/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.361 Palavras (6 Páginas)  •  162 Visualizações

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PROJETO: EXPERIÊNCIAS LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

CONTEXTUALIZAÇÃO/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As crianças de 03 a 06 anos, que segundo Piaget, estão na fase da segunda infância, começam nesse período a entrar em contato com o novo, iniciam o processo de desenvolvimento social, momento esse em que há o desapego da criança com seus pais, e passam a ter um círculo social com os colegas de sala e educadores.

Ao entrar na pré-escola, a criança dá um passo importante, pois nesse ambiente é possível ampliar o desenvolvimento físico, cognitivo e social da mesma. O inicio na pré-escola é marcado como o momento de entrar em uma “escola de verdade”, momento em que se iniciam as etapas para alfabetização e mudanças de séries.

Uma boa pré-escola é capaz de oferecer atividades que estimulam o desenvolvimento em todos os domínios, como físico, social, emocional e cognitivo, através da interação com professores, colegas e materiais selecionados. Através dessa estimulação a criança constrói a confiança e autoestima.

Segundo Papalia (2006), uma boa pré-escola ajuda as crianças a aprender a se relacionar com os outros e a desenvolver a cooperação, negociação, conciliação e autocontrole. Uma das contribuições mais importante da pré-escola é fazer com que elas sintam que a escola é divertida, que aprender é prazeroso e que elas são competentes.

De acordo com a mesma autora, as crianças que possuem larga experiência pré-escolar tendem a ser menos ansiosas e adaptar-se com mais facilidade do que aquelas que passam pouco ou nenhum tempo na escola.

O período de inclusão da criança na pré-escola muitas vezes é marcado por uma grande dificuldade de desapego. As crianças tem uma resistência a permanecerem na pré-escola sem a companhia dos pais. Essa dificuldade se dá pelo fato de que até aquele momento, as pessoas que as crianças tinham contato diário eram os pais, e são consideradas por elas as pessoas mais importantes, com quem querem estar sempre perto.

Essa fase é comum ser presenciada, mas é preciso que ocorra o desapego para que o processo de socialização ocorra. De acordo com Papalia (2006), embora as pessoas mais importantes na vida das crianças sejam os adultos que cuidam delas, os relacionamentos com os irmãos e com os amigos tornam-se mais importantes na segunda infância. Praticamente toda atividade característica e a questão de personalidade dessa idade, desde o desenvolvimento de gênero ao comportamento pró-social ou agressivo, envolvem outras crianças.

A adaptação da criança é algo muito sistêmico, onde envolve família, educadores e a própria. A entrada da criança na instituição é sim, o momento mais crítico desta fase, pois tudo é diferente do universo dela, é o momento da separação e o medo do desconhecido.

Portanto, quanto mais tranquilidade e informação as crianças tiverem, mais rápida será a adaptação. Para isso, é preciso que os envolvidos (professores, administração escolar, etc.) tenham uma gradual organização, compreensão e estudo de procedimentos para a facilitação deste procedimento.

Quando a criança já possui algum conhecido que irá estudar na mesma escola, se torna mais fácil esse momento de inserção. Outro fator que contribui é o relacionamento que o professor terá com essas crianças.

“As crianças que começam a pré-escola com colegas que conhecem e de quem gostam, ou que têm uma "base segura" de amizades no bairro, geralmente se saem melhor.” (Ladd, 1996 apud Papalia, 2006).

Ao educador da educação infantil, cabe a importante função de ser o mediador que contribui para a construção do conhecimento e que cria condições para que as crianças exerçam a sua cidadania.

Sendo assim, é necessário que o educador de educação infantil, agindo como mediador desse processo compreenda o que Vygotsky apud Peres (2002) chamou de “desenvolvimento real” e de “nível de desenvolvimento proximal”, ou seja, aquelas capacidades já desenvolvidas e aquelas que estão por se desenvolver.

“O relacionamento com o professor da pré-escola influencia muito o êxito de uma criança. As crianças que se relacionam bem com seus professores tendem a ter um bom desempenho acadêmico e envolver-se bastante nas atividades em sala de aula.” (Birch e Ladd, 1997 apud Papalia, 2006).

O relacionamento da família X criança influencia muito também em sua aprendizagem. É preciso que os pais ou cuidadores estejam preparados para a separação do filho por um período do dia e que o incentivem a considerar a escola uma instituição de educação precisa.

Segundo Tedesco apud PERES (2004, p.89) “[...] a família seja responsável por que o aluno chegue à escola em condições de educabilidade, tanto materiais como psicológicas”.

Os relacionamentos com outras crianças oferecem um modo de medir o crescente entendimento das crianças sobre sua capacidade de enfrentar desafios e de alcançar suas metas. “Ao competir com outras crianças, ao se comparar com elas, podem aferir sua competência física, social, cognitiva e linguística e adquirir uma ideia mais realista de si mesma.” (Bandura, 1994 apud Papalia, 2006).

Durante o período pré-escolar as crianças passam a criar as primeiras amizades, e através delas e de interações com parceiros mais casuais, as crianças aprendem a se relacionar com os outros.

Na pré-escola o aprendizado se dá de maneira mais lúdica, para uma melhor estimulação da criança para o aprendizado. As brincadeiras são de grande importância nesse contexto, pois brincando as crianças estimulam os sentidos, aprendem a usar os músculos, coordenam a visão com o movimento, adquirem domínio sobre seus corpos e novas habilidades.

Mildred B. Parten (1932) apud Papalia (2006) constatou que, à medida que as crianças ganham idade, suas brincadeiras tendem a se tornar mais interativas

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