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FAMÍLIA E ESCOLA: INSTITUIÇÕES PARCEIRAS NA FORMAÇÃO DO SER HUMANO ÉTICO – CAPAZ DE VIVER EM HARMONIA CONSIGO MESMO, COM O OUTRO E COM O MEIO SOCIAL AO QUAL ESTÁ INSERIDO.

Por:   •  23/5/2015  •  Artigo  •  2.863 Palavras (12 Páginas)  •  357 Visualizações

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RESUMO

O presente trabalho discorre sobre a importância da família e da escola resgatarem e incluírem no dia-a-dia, as regras sociais e os valores necessários à convivência harmoniosa das crianças, jovens e adultos na sociedade. Nesse sentido, fazemos referência à aprendizagem pelo “exemplo”, como ponto de partida para que desde criança, despertemos nossa atenção para: ver, ouvir, imitar, discutir, visando compreender a dinâmica das relações. Cabe, então a nós, pais e educadores, promovermos condições diversificadas de interação social, que viabilizem a incorporação de regras e valores éticos, convencionados socialmente como corretos, para que tenhamos uma vida mais digna, justa e fraterna.

Palavras-chave: família, escola, ética, sociedade.

INTRODUÇÃO

O presente artigo faz uma abordagem com relação à necessidade e importância da parceria autêntica entre família e escola como geradoras de confiança na formação integral do educando. Nesse sentido precisamos instigar o desenvolvimento de todas as suas potencialidades: cognitivas, afetivas, social e moral.

É bem verdade que o sucesso da criança na escola é esperado tanto por seus professores como por seus familiares. Ao levar o filho para a escola, no ato da matrícula e também nos primeiros dias de aula, os familiares deixam claro o desejo de que ele se adapte à escola e tenha sempre bom aproveitamento. As pessoas que atuam nas instituições de ensino evidenciam esse fato todo início de ano letivo. Parece um momento mágico: estar na escola, aprender a ler, escrever e tantas outras aprendizagens faz com que todos: pais, alunos e professores, alimentem boas expectativas em relação ao processo que estar para se iniciar.

Como educadores, sabemos que nem sempre tudo acontece como o previsto. Assim como as expectativas podem ser alcançadas, também a criança ou o adolescente, pode apresentar diversos problemas, desde a adaptação até as dificuldades no aprendizado. Então, para que todo o processo ensino - aprendizagem aconteça de forma satisfatória é imprescindível o acompanhamento dos pais, orientando seus filhos em casa e participando das reuniões promovidas pela escola, pois estas podem constituir – se de oportunidades valiosas para a formação da personalidade do ser humano que vive em constante processo de formação. Nos momentos de encontro entre a escola e as famílias, a educação das crianças precisa ser abordada num clima de aproximação entre essas instituições, e o diálogo é o elemento fundamental.

A responsabilidade da escola na educação das crianças e jovens na atualidade é muito grande, visto que a falta de tempo dos familiares para compartilhar assuntos de interesse comum é tamanha. Pai e\ ou mãe, na maioria dos casos passa a maior parte do dia, envolvidos com o trabalho fora de casa, para prover o sustento da família. Dessa forma, a sociedade delega à escola uma dupla responsabilidade, o que não é interessante e nem ela consegue atender a essa demanda. Seria muita responsabilidade, ensinar valores, normas e padrões sociais que deveriam ser aprendidos na família e apenas conservados e fortalecidos pela escola. O que acontece na verdade, por conta da falta de valores trabalhados pelas famílias é que a escola não está conseguindo dar conta nem dos conteúdos escolares, pois se depara com muitos alunos sem noção do cumprimento de regras e do conhecimento sobre seus deveres para que seus direitos sejam assegurados.

Mostraremos durante o trabalho que apesar dessa realidade, é preciso enfatizar que uma boa relação entre família e escola precisa ser alimentada durante todo o processo em que o filho permanece na escola ( para os pais, claro, essa função vai mais além, em muitos casos é para a vida toda). Os momentos de diálogo e participação nos assuntos em comum devem ter espaços garantidos. A família deve ser o primeiro e principal contexto de socialização dos seres humanos, é um entorno constante na vida das pessoas; mesmo sabendo que ao longo da vida necessitamos da complementariedade de outros contextos, como por exemplo, da escola e do trabalho.

O PAPEL DA FAMÍLIA COMO GERADORA DE ÉTICA

Uma criança, desde o primeiro dia de sua existência, tem predisposição para aprender a partir das vivências no convívio social. No inicio, absolutamente dependente do seu meio sócio - afetivo, vive sob o domínio orgânico e suas vivências limitam - se a sensações físicas de prazer e desprazer, não se diferenciando do meio. Porém, com o passar dos anos, na convivência inicialmente com seus familiares, vai se construindo por reflexão e descoberta e passa a reconhecer-se como separada do todo, um ser em potencial capaz de agir, modificando – se e modificando o meio.

Os adultos que habitam o mundo de uma criança são os responsáveis pelos modelos estáveis que permitirão o estabelecimento de um padrão relacional dessa criança. Vale dizer que não basta que ela receba todo um aparato que atenda as suas necessidades de sobrevivência, de carinho e atenção. A criança necessita, também, de um contexto organizado e dirigido pelos adultos para que ela possa incorporar-se ao seu mundo social, adequada ao código de comportamento, valores, costumes, normas, ritos, papéis e saberes deste mesmo grupo. (Parolin, Isabel, 2003, págs. 12 e 13 )

Uma criança que tem na família: amor, carinho e orientação segura quanto às regras sociais e morais comuns, aprendem desde cedo a respeitar e a valorizar o meio social ao qual está inserida. Sabe o lugar e a importância dos outros, compreende o seu lugar e sua importância na sociedade. Requisitos básicos na construção de um ser humano ético, crítico - reflexivo, enquanto sujeito construtor de sua própria história.

Os pais necessitam ter claro que seus filhos são seus dependentes. Que por mais que sejam muito inteligentes, precisam de orientação e base para seus raciocínios. Que compreender o mundo e seu funcionamento requer um trabalho de associação em que a família tem papel primordial. De nada adianta crianças bem nascidas e sadias, se não têm código ético e moral, se desconhece como seus pais pensam ou agiriam em determinados momentos. (Parolin, Isabel, 2003, pág. 53)

Reafirmamos mais uma vez a grande importância do papel da família na formação de um ser pensante, capaz de construir sua própria história, fortalecida num contexto de valores como: respeito, dignidade, justiça e esperança de um mundo cada vez melhor.

Educar nos princípios morais e éticos exige dizer “não” aos filhos.

Pais que se eximem da tarefa de educar seus filhos na tentativa

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