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Memorial acadêmico

Por:   •  21/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.923 Palavras (12 Páginas)  •  357 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / CEDERJ / UAB

 Centro de Educação e Humanidades

 FACULDADE DE EDUCAÇÃO

 Curso de Licenciatura em Pedagogia, modalidade a distância.

 Coordenador: profº Dirceu Castilho.

 Tutoras presenciais: Geanny Leal e Isabella Araújo.

 Tutora à distância: Daniele Kazan e Andrea Queila Gomury

 Aluno (a):Luciano dos Santos Cardoso

 Polo: Itguaí  data: 08/05/2016

 Email do aluno (a):lucianocardosoeletrotecnico@gmail.com

CARDOSO, Luciano dos Santos. Minhas memorias acadêmicas. 2016. 7f. Memorial apresentado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro como pré-requisito do processo de avaliação na disciplina Seminário V, do curso de licenciatura em Pedagogia – EAD, da Faculdade de Educação da UERJ. Rio de Janeiro, 2016.

E com imenso prazer que eu, Luciano dos Santos Cardoso, nascido aos 11 de abril de 1976, na cidade do Rio de Janeiro-RJ. Em virtude da proposta desse memorial acadêmico, poderei relatar diferentes momentos da minha trajetória estudantil e profissional até o presente momento, cursando o 5º Período de licenciatura em Pedagogia na Modalidade de ensino à distância, Por intermédio do consórcio CEDERJ, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Experiências essas que exerceram papel fundamental na decisão de cursar uma faculdade. Aproveito também para falar sobre minhas expectativas para o futuro como profissional da educação.

Ao participar da oficina do seminário V, no dia 09 de abril de 2016,tendo como mediadora a tutora Geanny Leal que na ocasião me fez perceber a importa da reflexão sobre a nossa linha do tempo acadêmica para entendermos o que no passado influenciou as nossas escolhas e até que ponto essas escolhas determinaram a nossa opção pela formação em profissionais da educação. Afinal,

A estruturação da memória elaborada pelo olhar presente repõe o passado sob nova ótica: em lugar de simplesmente recuperar o sentido de que era portador no momento em que foi vivido, inscreve nos fatos, escolhas e decisões algo que, a rigor, não pertence a eles, mas ao intérprete que os organiza.

                                                                           Lidia Maria Rodrigo

Nessa perspectiva, a proposta do seminário V, nos instiga a buscar, pelas recordações, o que de importante ficou retido em nossa memória e registrar o patrimônio de nossas experiências em forma de escrita fazendo jus à citação “A História é feita com o tempo, com a experiência do homem, com suas histórias, com suas memórias”, texto de PRADO e SOLIGO sugerido para estudo dessa disciplina.

Comecei a ser alfabetizado entre seis e sete anos de idade na igreja que eu frequentava no “cultinho” para crianças, porém fui matriculado na primeira série aos sete anos  no Colégio Nacional, onde cursei todas as séries iniciais da primeira à antiga quarte série, hoje no caso representa o quinto ano, e apesar das tentativas fui sem saber ler e escrever direito. O Colégio Nacional era um colégio particular, mas eu pude estudar durante todo esse tempo através de uma bolsa que cobria quase toda mensalidade, desde que fossem pagas rigorosamente em dia, não houvesse faltas injustificadas e que eu mantivesse a média estipulada. A respeito das questões históricas politicas da época de memória não me lembro de muito, somente lendo os artigos que falam dos acontecimentos daquele período, porém tenho a nítida lembrança de que as coisas eram mais difíceis naqueles tempos, entretanto a violência era bem menor. O método da escola era tradicionalista e usamos muito a cartilha, tabuadas e cadernos de caligrafia. Estudávamos as vogais uma por uma e eram introduzidas palavras curtas que iniciavam com a respectiva letra, depois estudávamos as sílabas (famílias silábicas) e só depois destes processos é que começamos a conhecer os números. Apesar do ensino mecanicista também me lembro dos passeios ao museu do trem, museu aeroespacial, museu da quinta da boa vista e das peças de teatros que contribuíram muito para o meu aprendizado e o enriquecimento das minhas memórias e que contribuíram muito para minha educação.

Apesar de nos anos 80 já terem sidos divulgados os estudos de Emília Ferreiro e seu livro Psicogênese da Língua Escrita, as escolas brasileiras ainda não entendiam muito bem como trabalhar com o construtivismo, até mesmo confundindo-o com um método, embora não estarmos mais vivendo em uma ditadura, ainda era muito evidente os resquícios desse regime principalmente na educação como constata o professor Dirceu Castilho.

Às relações de poder que a ordem instituída impunha e que se encontravam explicitadas no currículo oficial; nos planejamentos anuais; nos livros didáticos; nos conteúdos disciplinares obrigatórios; na hierarquia burocrático-administrativa; na disciplinarização dos corpos; nas provas bimestrais; na distribuição espacial e controle dos/as alunos/as nos diferentes espaçostempos da Escola.

                                                                                     Dirceu Castilho Pacheco

 O Nacional não era muito longe da minha casa, dava para ir a pé, lembro-me que brincávamos intensamente no pátio de cantigas de rodas, de bonecos, pique, elásticos, bola de gude, escravos de Jó, subíamos no pé de abiu que era um sucesso entre a criançada. Assim desenvolvíamos a noção de espaço, equilíbrio, direção e convivíamos com pares iguais e diferentes (alunos de mesma faixa etária e professoras), apesar da escola ter a maior parte do seu método voltada para o método tradicionalista a,s professoras incentivavam também os alunos a desenvolver a criatividade, pois ao longo do ano era desenvolvidas inúmeras tarefas extra curriculares, como as festas de épocas ,peças de teatro, campeonatos esportivos e acadêmicos que faziam toda diferença no ato de ensinar.

 Na 4ª série tive três professoras, diferentemente de outras escolas que o professor nesta série era polivalente, eu tive uma para Comunicação e Expressão, outra para, Estudos Sociais e Ciências e outra para Matemática. No meu primeiro período de pedagogia pelo CEDERJ estudei a disciplina Psicologia da Educação, onde me foram apresentados alguns teóricos e suas concepções teóricas e agora percebo que uma das professoras que tive 4ª séria utilizava a prática da zona de desenvolvimento proximal de Vigotsky, pois passava exercícios para serem feitos em dupla ou grupos maiores e isto me ajudou muito. A matéria de matemática tinha muitos cálculos que eu ainda não havia aprendido nas séries anteriores, em Comunicação e Expressão ou língua portuguesa também havia vários conteúdos, porém matérias como estudos sociais, ciências e geografia eram feito as leituras dos chamados pontos pelas professoras que após isto davam uma breve explicação e passavam questionários cujas respostas estavam explícitas no texto e não era preciso haver o entendimento do texto, pois era só copiar ou completar as frases. No período anterior as provas, eram feitos os questionários de revisão, onde a professora passava um grande número de perguntas que deveriam ser todas decoradas e ela escolheria mais ou menos a metade para aplicar na prova.

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