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Neurociência e Piaget

Por:   •  14/4/2015  •  Seminário  •  1.894 Palavras (8 Páginas)  •  819 Visualizações

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Neurociência e Jean Piaget

Apesar da antiguidade as ideias de Piaget contribuem para que estudos posteriores compreendessem o desenvolvimento infantil. Atualmente com a união de algumas ciências originou a neurociência, que buscar compreender o desenvolvimento infantil em seu aspecto físico e interacional.

Partindo das concepções de Piaget sobre o desenvolvimento infantil, a neurociência compreende que a maturação cerebral e a maturação do individuo, depende de ser crescimento físico e do seu desenvolvimento a partir de suas interações

Jean Piaget nasceu em 1986, em Neuchâtel, Suiça. Como teve um aprendizado intelectual precoce, toda formação acadêmica ocorreu muito cedo, aos 15 anos ele já estava decidido a estudar as áreas biológicas.

Entre muitos estudos concluiu que o desenvolvimento humano é um processo que ocorre entre fator biológico e meio ambiente. Piaget desenvolveu um modo de investigação que denominou epistemologia genética, uma teoria focada no desenvolvimento natural da criança, que a criança passa por quatro estágios ou períodos, e em cada um deles é construído novas estruturas cognitivas.

O primeiro período é denominado sensório-motor (do nascimento até os dois anos). A criança pensa basicamente com as suas estruturas sensórias e motoras, ela age de acordo com a movimentação externa no ambiente, as ações ocorrem antes do pensamento, primeiro ela explora o objeto para depois pensar qual a sua utilidade. Quando bebê, em uma determinada fase começa engatinhar; através deste ato motor é que ela irá explorar o meio que a cerca, usando suas estruturas sensórias, tato, paladar, olfato e visão.

Quando engatinha a criança tem as mãos livres para pegar os objetos que está em seu caminho, observado através da sua visão; a criança pode cheirar, sentir a textura e o cheiro.

Uma criança de um ano e meio é colocada no chão de uma sala de estar e começa a engatinhar, para pelo sofá, pela mesa de estar, tenta passar por um pequeno espaço entre a mesa e uma cadeira que estava ali posicionada, e com isto ela irá descobrir o espaço que a cerca, os limites do seu corpo e prazer de uma pequena liberdade.

 Neste período há seis estágios:

No primeiro estágio (0 a 1 mês) a criança não estabelece diferenças entre objeto e humano, ela vive em um mundo sensorial, onde ela só terá as sensações quando algo tocar o seu corpo. O recém-nascido vive em um mundo de impressões visuais, gustativas, sonoras e táteis, ele não tem consciência dele e nem do mundo que está em sua volta. Também neste estágio a criança não procura um objeto desaparecido, para ela só há significado quando o objeto está em sua frente, após isto não lhe trará mais motivação.

Uma criança quando está com a fralda suja ela começa a chorar, um modo de se comunicar e dizer que algo a está incomodando. Através da sensação desconfortável ela emite um som de alerta para que possam solucionar o incomodo que ele está sentindo.

No segundo estágio (1 a 4 meses) nesta fase a criança desenvolve melhor o seu campo visual, quando uma pessoa passa e vai andando em direção a uma parede a criança acompanha os seus movimentos, mas se ela sumir o seu encontro não será de forma proposital.

 Uma cena linda é uma mãe trocando o seu filho. A cada toque suave da mão da mãe a bebê responde com “caras e bocas”. Quando tira a roupa para trocar a fralda normalmente a criança resmunga, enquanto isso a mãe conversa e explica o porque de trocar a fralda, neste momento a criança se acalma e sua face fica suave com um breve sorriso.

Já no terceiro estágio (4 a 8 meses) já tem uma separação entre a criança e o objeto, ela já procura o objeto, porém a procura é com o olhar, ela acredita que olhando para onde o objeto foi perdido ele voltará para ela. Se uma chupeta cai no chão, o campo visual não visualiza o objeto e o movimento de sugar não acontece, a criança sente uma sensação de desconforto e logo olha para o local que caiu a chupeta.

O quarto estágio (8 a 12 meses) pelas provocações de esquemas exploratórios relacionados ao olhar, a virar e a deslocar-se, agora os esquemas não são fundidos, mas sim coordenados. Nesta fase a criança tem uma sequência de ações intencionais, primeiro ela olha uma chupeta, depois ela pega, para após esta ação ela realizar o movimento de sucção. A criança faz assimilações entre o som e o objeto, se ela ouve gato, está palavra não lhe trará nenhum significado, porém se por várias vezes ela ouvir a palavra gato e tiver contato com o objeto gato, sentir o seu pelo, suas garras e suas patas, depois de um tempo, ela fará a associação entre a palavra gato e o objeto gato.

Um ato realizado pela criança muito interessante é quando ela joga os objetos no chão por puro prazer, um carrinho, por exemplo, é jogado no chão várias vezes, e a criança observa que ao jogar o objeto no chão alguém vai pegá-lo e devolvê-lo, e ela vai realizando este ato inúmeras vezes até se cansar.

O quinto estágio (12 a 18 meses), a criança procura ativamente o objeto desaparecido do seu campo de visão, os comportamentos exploratórios casuais dão espaços para os intencionais, a criança descobre que ela tem poder sobre os objetos, se ela levanta uma almofada ela pode estar à procura de alguma coisa.

Brincando pai e filho, uma bolinha é escondida embaixo de um pano, a criança engatinha ou anda até o pano e procura a bolinha que é o objeto escondido.

No sexto estágio (18 meses em diante) se efetiva a ideia de que o objeto continua existindo mesmo que ele esteja fora do campo de visão, acontece uma combinação de ações imaginadas para atingi-lo.

Uma criança chutando uma bola e ela entra atrás do sofá, a criança sabe que a bola continua existindo e que ela foi para trás do sofá, se ela vai procura-la ou não isso depende do seu interesse pelo objeto.

O segundo período Pré-operatório (dos 2 aos 7 anos). A criança utiliza-se os símbolos para se comunicar; símbolos são coisas que guardam semelhança com aquilo que o representa como desenhos, silhuetas entre outras. Ela também desenvolve mecanismos de representações, como, a linguagem, o desenho, o jogo simbólico, a imagem mental e a imitação diferida.

 A linguagem e o jogo simbólico estão presentes neste estágio.

Um exemplo para este estágio são as brincadeiras de casinha, de escolinha em que, a criança utiliza recursos para representar uma situação já vivida ou que ela viverá.

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