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O ENSINO DE MATEMÁTICA NUMA ABORDAGEM COLABORATIVA

Por:   •  3/2/2018  •  Artigo  •  3.074 Palavras (13 Páginas)  •  175 Visualizações

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O ENSINO DE MATEMÁTICA NUMA ABORDAGEM COLABORATIVA

Gisele Santos de Oliveira Agra

gisele.agra@hotmail.com

Joseane Pereira Nascimento

joseane_jpn@hotmail.com

        

Maria Rosangela dos Santos

rosa_santos007@hotmail.com

RESUMO

O presente artigo relata a experiência de três graduandas do curso de Matemática Licenciatura no trabalho com pedagogos de uma escola onde está sendo desenvolvida uma pesquisa com turmas dos anos iniciais, fruto do Projeto Observatório da Educação (OBEDUC), projeto em rede vinculado a três Instituições de Ensino, (UFAL), (UEPB) e (UFMS).  O grupo de Alagoas está definido pela proposta de investigar a transição dos alunos do 5º para o 6º ano e o diálogo entre o pedagogo e o licenciando em Matemática, ou seja, o elo entre a Pedagogia e a Matemática. A pesquisa objetiva contribuir tanto na formação inicial das estudantes quanto na prática pedagógica dos docentes, e que essa parceria possa se refletir nas salas de aulas de maneira positiva. Busca-se transformar a escola num espaço reflexivo onde a troca de ideias e opiniões seja frequente, a partir do trabalho colaborativo, com o intuito de melhorar os índices de aprendizagem.

Palavras Chave: Pesquisa Colaborativa, formação inicial e continuada, Matemática.

1 INTRODUÇÃO

Com base em avaliações oficiais do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é perceptível que o ensino da Matemática precisa urgentemente ser repensado, pois os alunos tem apresentado resultados insatisfatórios, que acarretam possíveis traumas e rejeição a disciplina. A participação no projeto intitulado Trabalho colaborativo com professores que ensinam Matemática na educação básica em escolas públicas das regiões Nordeste e Centro-Oeste aprovado em 2012 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) - Observatório da Educação, que reúne a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) tem nos proporcionado o contato direto com o ambiente escolar e consequentemente nos possibilitado um olhar diferenciado em relação a este processo.

O projeto desenvolvido pelo núcleo UFAL Universidade e Escola Básica, Espaços Colaborativos: Formação Inicial e Continuada de Professores que Ensinam Matemática no 5º e no 6º ano do Ensino Fundamental, objetiva possibilitar um diálogo maior entre pedagogos e professores graduados em Matemática. Iniciamos em 2013 com estudos acerca da pesquisa colaborativa e, na atual etapa, 2014, entramos nas duas escolas do ensino fundamental I e II, campo desta pesquisa. As escolas pertencem a Rede Pública Estadual de Ensino, estão localizadas no mesmo bairro da periferia maceioense, distantes uma da outra por apenas 500 metros. Uma das escolas, denominada de Escola A, oferta os anos iniciais do Ensino Fundamental, a segunda escola, denominada de Escola B, oferta o segundo ciclo do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio. Sendo assim, a pesquisa é desenvolvida a partir do trabalho colaborativo em parceria com toda comunidade escolar das escolas envolvidas por meio da realização de oficinas matemáticas.

2 DESENVOLVIMENTO

Tudo começou quando a pesquisadora Mercedes Carvalho aproximou-se do Instituto de Matemática, assumindo a disciplina Estágio Supervisionado I. Nesta disciplina tivemos a oportunidade de desenvolver o estágio nos anos iniciais do ensino fundamental. Esse movimento gerou algumas discussões, devido a experiência ser nova e diferente das anteriores. Pudemos observar de perto o segmento de ensino em que nós, futuros professores de Matemática, não recebemos orientação em nosso curso e por sua vez os docentes que ministram as aulas de Matemática nos anos iniciais não têm formação em Matemática. Passamos, então, a discutir as problemáticas das práticas pedagógicas e a maneira como a Matemática é trabalhada com os alunos nos anos iniciais, buscando entender as razões pelo qual a disciplina tem um alto índice de rejeição e o porquê de ser considerada difícil.

Nesse período, inclusive, nos foi propiciada à oportunidade de estar em nos familiarizando com o ambiente em que atuaremos futuramente, e perceber que, os problemas do ensino e da aprendizagem da Matemática possuem raiz na base. A partir desta experiência ficamos interessadas em estudar este segmento de ensino. No ano seguinte, fomos convidadas pela Professora Mercedes Carvalho a participar do projeto Observatório da Educação (OBEDUC) que em Alagoas trabalha, também, com a escola dos anos iniciais a partir da temática Universidade e Escola Básica, Espaços Colaborativos: Formação Inicial e Continuada de Professores que Ensinam Matemática no 5º e no 6º ano do Ensino Fundamental. Aceitamos de imediato, devido o OBEDUC apresentar exatamente uma proposta que estávamos buscando, ou seja, uma aproximação maior entre academia e escola, visto que até o momento eram mundos distintos na nossa percepção.

Entendo que a formação de professores, como de qualquer outro profissional se dá pela conjugação entre a teoria e a reflexão crítica sobre as suas práticas, pois quando o professor reflete sobre a sua prática pensa sobre a sua história pessoal e profissional. (CARVALHO, 2011, p.14).

O Projeto OBEDUC, na nossa formação, surgiu em um momento em que estávamos motivadas a potencializar nossos estudos e pesquisas em educação, visando compreender os processos em Educação Matemática e, principalmente, a Matemática ensinada nos anos iniciais, em especial no 5º ano, isto porque, apesar de sabermos que dificilmente iremos trabalhar com este segmento, lecionaremos nas turmas do 6º ano, significando assim que, seremos as primeiras professoras de Matemática dos egressos do 5º ano do ensino fundamental. Em virtude disso, torna-se necessária a busca por metodologias que sejam capazes de reparar as deficiências do ensino e aprendizagem.

  Em consequência disso, nós, enquanto estudantes de licenciatura em Matemática, sentimos necessidade de aprimorar nossos conhecimentos com relação à didática e à postura que poderemos adotar quando chegar o momento de lecionar. Porquanto, participar do OBEDUC nos possibilitou a oportunidade de fazer uma imersão no cotidiano escolar e conhecer como o ensino da Matemática acontece desde o 1º ano do fundamental I podendo assim entender o motivo das dificuldades que a maioria dos alunos traz para o fundamental II e muitas vezes para o ensino médio.

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