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O LÚDICO E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  29/5/2017  •  Artigo  •  4.044 Palavras (17 Páginas)  •  305 Visualizações

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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU

PSICOPEDAGOGIA CLINICA E INSTITUCIONAL

ARTIGO

O LÚDICO E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

VIRGÍNIA MARIANA DE MESQUITA

BOM DESPACHO – MG

JUNHO/2017

RESUMO

O trabalho a ser apresentado é uma revisão bibliográfica em que foram selecionados livros, artigos e autores relevantes para as disciplinas do curso de Pedagogia e que foram de grande auxilio para minha formação acadêmica.

              O presente artigo terá o objetivo de apresentar e analisar as possíveis contribuições de jogos e brincadeiras no desenvolvimento infantil. O relato desta pesquisa bibliográfica visa algumas reflexões nas quais os elementos jogos e brincadeiras produzem auxílio ao processo de aprendizagem da Educação Infantil.

Palavras – chaves: objetivo, contribuição, desenvolvimento.

ABSTRACT

The work to be presented is a literature review in which they were selected books, relevant articles and authors to the disciplines of the Faculty of Education and were of great assistance to my education.

               This article will aim to present and analyze the possible contributions of games and play in child development. The account of this literature seeks some thoughts on which games and play elements produce aid childhood education learning process.

Key - words: purpose, contribution, development.

O PAPEL DA LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO: BRINCADEIRA E MOVIMENTO

              Há muito tempo se discute a utilização de jogos e brincadeiras na educação infantil e a sua importância para o desenvolvimento integral das crianças. Desde a antiguidade, já se via a importância da inserção do lúdico na educação humana e se trabalhava de forma lúdica com as crianças através da utilização de alimentos como forma para ensinar. O uso desses materiais na Idade Antiga influenciou, historicamente, educadores das diferentes áreas, que muitos séculos depois, começaram a fazer uso do jogo didático para auxiliar no

ensino das crianças. Segundo Kishimoto (1990, p.1),

Pode-se situar na antiga Roma e na Grécia o nascimento das primeiras reflexões em torno da importância do brinquedo na educação. PLATÃO, em Les Lois (1948), comenta a importância de se aprender brincando, em oposição à utilização da violência e da opressão. Da mesma forma, ARISTOTELES sugere, para a educação

de crianças pequenas, o uso de jogos que imitem atividades sérias, de ocupações adultas, como forma de preparo para a vida futura. Mas, nessa época, ainda não se discutia o emprego do jogo como recurso para o ensino da leitura e do cálculo.(KISHIMOTO, 1990, p.1)

              Posteriormente, segundo a mesma autora, escritores como HORÁCIO e QUINTILIANO assinalam em seus escritos a presença de pequenas guloseimas em forma de letras, elaboradas pelas doceiras de Rolha, destinadas ao aprendizado das letras, ou seja, à alfabetização das crianças. A prática de aliar o jogo aos primeiros estudos justifica que as escolas responsáveis pelas instruções elementares tenham recebido, nessa época, o nome de ludus, nome dos locais destinados a espetáculos e à prática de exercícios de fortalecimento do corpo e do espírito, muito comuns na antiguidade. (Kishimoto, 1990, p.2)

              A partir dessas referências, podemos afirmar que, se, por um lado, desde os primórdios do desenvolvimento da humanidade, as crianças participam de brincadeiras, por outro, nem sempre o brincar foi “levado a sério”;

ou seja, a brincadeira foi, durante muitos séculos, vista por muitos, como ócio ou atividade sem importância (Wajskop, 2001, p. 19).

              No entanto, é apenas com o pensamento romântico do século XVIII que a valorização da brincadeira ganha espaço na educação das crianças pequenas. A partir daí, surge um novo olhar sobre a criança, que sempre brincou, mas suas brincadeiras não eram pensadas de modo educacional, ou seja, não eram utilizadas sistematicamente, com fins direcionados para o aprendizado escolar.

              Após o século XVIII surge a preocupação com o bem estar geral da criança e seu desenvolvimento, criando um vínculo entre a brincadeira e a educação, tendo em vista as necessidades educacionais de controle e orientação, impostas pelo contexto social do período (Wajskop, 2001, p. 20).

              Enquanto isso, na Europa, crescia a produção de brinquedos educativos que serviam para ensinar a criança com deficiência mental e, posteriormente, foram utilizados para o ensino das crianças vistas como “normais”. Pestalozzi, educador suíço que viveu na última metade do século XVIII e início do século XIX, se preocupou com uma educação baseada na manipulação do concreto e na premissa da sensibilidade. Segundo esse educador, a impressão sensorial é fundamental para o desenvolvimento infantil e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos. Ao trabalhar como mestre-escola, Pestallozzi aplicou suas ideias educacionais criando objetos e brinquedos para um trabalho sensorial com crianças que apresentavam algum tipo de deficiência física ou mental.

              Em seguida, alguns educadores como Froebel, Montessori  e    Decroly desenvolveram propostas pedagógicas que tiveram grande contribuição para a educação da criança. Os séculos XIX e XX foram marcados pelas enormes contribuições desses educadores que, através da elaboração de métodos próprios e particulares, inseriram os brinquedos nos processos educativos fazendo com que se tornassem objetos e situações lúdicas de uso sistemático no ensino das crianças.

              Segundo Wajskop (2001, p. 22), Froebel, Montessori e Decroly contribuíram e muito para a superação de uma concepção tradicionalista de ensino, inaugurando um período histórico onde as crianças começaram a ser respeitadas e compreendidas enquanto seres ativos.

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