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O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Por:   •  4/8/2016  •  Artigo  •  6.236 Palavras (25 Páginas)  •  468 Visualizações

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O PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

BORIN, Shayanne

RESUMO: Busca-se com este artigo mostrar o desenvolvimento da educação especial durante a passagem dos séculos, verificando a questão do ensino e da aprendizagem até a atualidade com a inclusão. O que se quer é abordar questões inerentes à Educação Especial, ao professor envolvido nessa modalidade de ensino, ao aluno portador de necessidades especiais. Pretende-se mostrar que a sala de aula é um ambiente marcado por discussões, debates, construção e desconstrução de conceitos, ruptura de paradigmas e tantas outras ideias que contribuem negativamente para as superações diárias dos portadores de necessidades especiais Diante dessa perspectiva, destaca-se a necessidade do fazer pedagógico, no sentido de valorizar e integrar o portador de necessidade é muito válido. Importante é pensar na inclusão como um processo muito abrangente, que vai além do portador da necessidade, mas engloba alunos, educadores, gestores, funcionários, pais e membros da comunidade. Ainda, faz-se uma abordagem sobre a questão da LIBRAS (Libras Brasileira de Sinais) e sua contribuição ao surdo como primeira língua, já que isso é uma questão cultural prevista em lei, e um direito como cidadão. Considera-se que um tema pode (e deve) ser abordado sob várias perspectivas, que se complementam entre si. A esse processo chama-se interdisciplinaridade, que também foi contemplada nos estudos aqui dispostos.

PALAVRAS-CHAVE: Educação especial, LIBRAS, inclusão, ensino e aprendizagem.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho irá tratar da questão do ensino e da aprendizagem na educação especial.

Para tanto inicialmente será feito um relato da história da educação especial, ou seja, dos primórdios aos dias atuais verificando como a mesma foi se modificando através dos tempos.

Posteriormente será tratada a educação especial e a aprendizagem num contexto inclusivo conforme as legislações tratam atualmente.

Isso porque, vive-se um momento histórico marcado por grandes transformações, lutas e conquistas no campo da educação no que diz respeito à inclusão de portadores de necessidades especiais. São transformações que objetivam garantir acesso ao conhecimento historicamente produzido às pessoas, nas diversas especificidades da deficiência. É fato que o ser humano "educa-se" em muitos ambientes em seu cotidiano: no mercado, na igreja, no local onde vive. Porém de todos esses a escola ainda caracteriza-se como o mais marcante e proporcionador de debates, reflexões no campo teórico e prático.

É na escola que os debates e reflexões geram práticas mais elaboradas e efetivas sobre as reais necessidades dos envolvidos no trabalho com a educação especial. As transformações, de uma forma geral, não acontecem rapidamente, pois estão ligadas à muitos fatores. Dentre eles destacam-se -se a mudança de na forma de pensar a educação, a quebra de paradigmas e realização de diagnósticos, estudos e etc.

Considerando o campo do fazer pedagógico mais especificamente na educação especial, é necessário que a inclusão seja proporcionada por meio de um olhar mais crítico e individual sobre todos os sujeitos nele envolvidos. É comum a presença de inúmeras barreiras e dificuldades a serem superadas em sala de aula. Todas podem ser combatidas e até mesmo erradicadas. Uma delas constitui-se no preconceito existente nos ambientes escolares.

Pensar uma educação efetiva e transformadora é olhar para as "diferenças e minorias" como os negros, gordos, magros, altos, baixos, portadores de necessidades especiais, a diversidade de gênero e tantos outros, sabendo reconhecer nelas o seu verdadeiro potencial e parcela de contribuição.

Toda mudança de visão, postura e discurso implica em trabalhar com todos os segmentos da sociedade em geral. Para tal, toda e qualquer atitude de divulgação, esclarecimento é de grande valor. De acordo com Mary Garcia Castro:

Há que se estimular os professores [e professoras] para estarem alertas, para o exercício de uma educação por cidadanias e diversidade em cada contato, na sala de aula ou fora dela, em uma brigada vigilante anti-racista, anti-sexista, [antihomofóbica] e de respeito aos direitos das crianças e jovens, tanto em ser, como em vir a ser; (...) (CASTRO, 2005).

Na questão da educação como fator de formação do cidadão há que se considerar ainda que, principalmente nas pessoas com deficiências, sua contribuição vai muito do saber científico. Ela perpassa o ser das pessoas, constituindo-se assim, numa questão direitos humanos, segundo Sánchez (2005). Na educação de seus filhos, os pais, já os devem formá-los (educá-los) para serem pessoas livres de qualquer tipo de preconceito, racismo, etc. A percepção do individuo como alguém participativo na sociedade, deve partir de uma educação que antecede o ambiente escolar, isto é, inicia-se no seio familiar de cada sujeito.

Diante dessa perspectiva, a visão de que os portadores de necessidades especiais precisam ser "integrados" aos diversos contextos da sociedade, já não é mais contentadora, fica aquém da real necessidade atual. Todas as pessoas, independentes de serem portadores de necessidades especiais ou não, desejam sentirem-se úteis, como agentes de transformação, sujeitos ativos e participativos capazes de contribuir, transformar de forma positiva o ambiente e a sociedade à qual pertencem.

Questionando justamente a primeira visão de integração comentam Heyarty e Pocklington,1981, que os portadores de necessidades especiais desejam agir, praticar, emitir opiniões, serem críticos, enfim, desenvolverem na sua totalidade todas as suas habilidades e aptidões, características de cada um. Para que isso aconteça de uma forma eficaz, são necessárias ações que mobilizem as pessoas gerando uma interação total entre os envolvidos na sociedade, buscando a abertura de novas oportunidades e situações favoráveis ao desempenho da cidadania à todos, de uma forma em geral.

Nessa perspectiva Falvey (2005), comenta que a inclusão não é só para os alunos com deficiência, mas para todos: sejam alunos, educadores, pais e/ou membros da comunidade. Assim

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