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O Que é Bullying?

Por:   •  9/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  292 Visualizações

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O que é Bullying?

É o comportamento agressivo que ocorre quando um ou mais alunos elegem uma vitima para “bode expiatório” do grupo e contra ela exercem repetitivamente atitudes agressivas, contra as quais a vítima não consegue se defender Felizardo (2007) e Santos (2007) definem Bullying como “toda forma de agressão, física ou verbal, exercida de maneira contínua, sem motivo aparente, causando conseqüências que vão do âmbito emocional até na aprendizagem”. A incidência desse fenômeno tem sido um problema cada vez mais presente dentro das escolas (COLOVINI & COSTA, 2006), sejam públicas ou privadas podendo trazer conseqüências negativas para o aluno, demonstrando, com isso, que intervenções no sentido de coibi-lo devem ser efetivas.

Para que o Bullying ocorra são necessários três elementos: o agressor, o agredido e um ou mais expectadores.

O Bullying sempre existiu nas escolas, embora só tenha sido iniciado seu estudo cientifico na década de 1970 na Europa.

O tema chegou ao Brasil no fim dos anos 1990 e início de 2000.

Essa agressão pode ser identificada em qualquer faixa etária e nível de escolaridade, mas a maior incidência está entre os alunos do 6º ao 8º ano do ensino fundamental.

O Bullying é praticado mais por meninos e as modalidades mais usadas são os maus tratos físicos e verbais.

Já as meninas praticam o Bullying nas modalidades moral e psicológico, como difamar, excluir, humilhar, entre outros.

Diversos estudos têm sugerido que o bullying pode ser a forma mais comum de violência na escola, podendo ser um precursor das mais graves formas de violência escolar. Ao contrário de muitas outras formas de violência juvenil, o bullying é frequentemente definido como uma forma de poder diferencial entre a vítima e o agressor.

Para Olweus, 1983 “(...) o comportamento agressivo entre os estudantes é um problema universal, tradicionalmente admitido como natural e frequentemente ignorado ou não valorizado pelos adultos.”

Observável que o autor desconsidera as razões reivindicadoras de mudanças do comportamento escolar que normatizam os comportamentos. Esta homogeneização impede o exercício das diferenças e no nosso entender, o bullying, precisa ser compreendido como um comportamento diferenciado. Nesta perspectiva deslocamos a condenação sumária para pontos de

estreitamento antagônico entre disciplinaridade escolar e a inclusão de pessoas que apresentam déficits, sejam eles cognitivos, culturais, sociais, econômicos, físicos. Nossa prospecção temática entende que essa suposta “violência” é comumente confundida nas escolas como brincadeiras próprias da idade, levando à banalização da agressão, tida como normal, não considerando suas consequências.

Para o autor (Schilling , 2004), “... a escola é uma instituição fundamental na história da “ofensiva civilizadora da modernidade, sendo também o lugar da superação das desigualdades sociais da construção da democracia e dos direitos humanos.” “...lugar da reprodução das desigualdades sociais, das desigualdades de gênero e raça, da produção da pobreza e da exclusão, e tem assim, sua cota de violências socioeconômicas.

Já para Michaud, 1989, p.13, propõe uma interessante definição para violência: “...há violência quando numa situação de interação, um ou vários atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou várias pessoas, seja em sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses, ou em suas participações simbólicas e culturais.”

Podemos afirmar a partir deste raciocínio, que não existem violências propriamente ditas, mas sim contextos violentos.

A violência adormecida, o bullying, caracteriza-se por agressores e agredidos, estes os que mais sofrem consequências, e esse acordar (ou não) repentino pode deixar sequelas para a vida adulta. Existem os alvos, os autores e as testemunhas sendo que estas geralmente não denunciam os autores nem defendem os alvos, ficando muitas vezes do lado do autor, ou neutros.

Como cita o autor Constantini,

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