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PROJETO TCC A EDUCAÇÃO DOS SURDOS

Por:   •  20/9/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.440 Palavras (6 Páginas)  •  227 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE UBERABA – UNIUBE

JÚLIA MARTINS BÁRBARA RODRIGUES

A EDUCAÇÃO DOS SURDOS

GOVERNADOR VALADARES

2019[pic 1]

JÚLIA MARTINS BÁRBARA RODRIGUES

A EDUCAÇÃO DOS SURDOS

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC apresentado à UNIUBE – Universidade de Uberaba, no Curso de Pedagogia, sob orientação da professora Lucia Helena Nunes Junqueira.

GOVERNADOR VALADARES

2019[pic 2]

  1. Justificativa e delimitação do problema de pesquisa

Aprendendo e conhecendo a Língua Brasileira de Sinais

  1. Objetivos

Conhecer a história da educação dos surdos;

Inserir a disciplina de LIBRAS nas escolas, desde a Educação Infantil, para que haja uma inclusão social e comunicação produtiva;

Divulgar a língua de sinais, capacitar professores e servidores públicos.

  1. Fundamentação Teórica

Na citação de um artigo produzido pela autora Nascimento (20/09/2006), um professor surdo da França, Berthier escreveu:

  “Inicia a história na antigüidade, relatando as conhecidas atrocidades realizadas contra os surdos pelos espartanos, que condenavam a criança a sofrer a mesma morte reservada ao retardado ou ao deformado: "A infortunada criança era prontamente asfixiada ou tinha sua garganta cortada ou era lançada de um precipício para dentro das ondas. Era uma traição poupar uma criatura de quem a nação nada poderia esperar" (BERTHIER, 1984, p.165).

  1. Metodologia
  2. Cronograma

Desde a antiguidade a linguagem falada era considerada a única forma de linguagem possível, os surdos eram vistos como incapazes e discriminados.

Os Romanos achavam que os surdos eram pessoas enfeitiçadas ou castigadas, eram abandonados ou jogados no Rio Tiger - eram salvos os que conseguiam sobreviver ou os que os pais escondiam – e eram feitos de escravos. Ao longo da história, continuaram a sofrer preconceito, excluíam os surdos da sociedade e eles não tinham o direito de receber herança, de casar e que após a morte eles não iriam para o Reino de Deus.

Para os Gregos o pensamento se dava mediante a fala, eles viam os surdos como animais, sem a audição não adquiriam conhecimento. Eram considerados inválidos e incomodavam a sociedade, por isso condenados a morte. Os sobreviventes eram feitos de escravos ou abandonados.

Os surdos eram considerados criaturas privilegiadas na Pérsia e no Egito, acreditavam que eles eram enviados dos deuses e que comunicavam com eles em segredo. Os surdos tinham vida inativa e não eram educados, eram respeitados e protegidos.

Para Heródoto, os surdos eram seres castigados pelos deuses. Para Aristóteles, os surdos não possuíam pensamento e dizia que a audição é que contribuía para a inteligência e o conhecimento, achava um absurdo a intenção de ensinar o surdo a falar e que eram insensatos e incapazes de razão.

Na Idade Média, os surdos não tinham um tratamento digno e eram jogados em uma imensa fogueira, eram sujeitos estranhos e objeto de curiosidade da sociedade. Eram proibidos de receberem comunhão, pois eram incapazes de confessar seus pecados, só era permitido casar duas pessoas surdas quem recebia favor do Papa.

Em 1500, o médico Girolamo Cardano reconhecia a habilidade do surdo para a razão e dizia que a surdez e mudez não impedia o desenvolvimento da aprendizagem e que era um crime não serem instruídos.

A primeira escola para surdos foi estabelecida por Pedro Ponce de Leon (1510-1584), na Espanha, em um monastério de Valladolid,ele ensinava surdos filhos de nobres preocupados com a exclusão dos filhos na sociedade, inicialmente com dois irmãos surdos, Francisco e Pedro. Pedro se tornou padre com a permissão do Papa e Francisco conquistou o direito de receber a herança como marquês de Berlanger. Como metodologia era usada a datilologia (usando ambas as mãos e alguns sinais simples), escrita e oralização. Os surdos que conseguiam falar, nessa época, tinham direito à herança.

O primeiro alfabeto manual, em 1613, chamado Refugium Infirmorum, foi escrito por Fray de Melchor Yebra em Madrid. O primeiro livro sobre a educação dos surdos foi escrito por Juan Pablo Bonet em Madrid, em 1620, expunha o método oral, mas ele defendia o ensino precoce do alfabeto manual aos surdos. John Bulwer acreditava que a língua de sinais era universal e em 1644 publicou o livro Chirologia e Natural Language of the Hand, preconizava a leitura labial, língua de sinais e a utilização do alfabeto manual e em 1648 publicou Philocopus afirmando que a língua de sinais é capaz de expressar os mesmos conceitos que a língua oral.

O primeiro professor de surdos na França foi Jacob Rodrigues Pereire, em 1741, através de fala e exercícios auditivos oralizou a sua irmã. Em 1778 Samuel Heinicke fundou a primeira escola de oralismo puro, com 9 alunos surdos.    

O abade Charles Michel de L´Epée (1712-1789) foi uma pessoa muito influente na educação dos surdos, através de duas irmãs gêmeas que se comunicavam por gestos e os surdos carentes e humildes que viviam nas ruas de Paris aprendeu o meio de comunicação e estudou a língua de sinais. Começou a instruir surdos em sua própria casa usando as combinações de gramática e língua de sinais. Todo o trabalho dependia da ajuda da sociedade e dos recursos financeiros das famílias dos surdos. L´Epée fundou o Instituto para Jovens Surdos e Mudos de Paris, a primeira escola pública para surdos, treinou muitos professores e publicou “A verdadeira maneira de instruir os surdos-mudos” com regras e o alfabeto manual que foi inventado por Pablo Bonnet e essa obra foi completada pelo abade Roch-Ambroise Sicard. L´Epée fundou 21 escolas para surdos na França e na Europa.

O reverendo Thomas Hopkins Gallaudet, em 1814, nos Estados Unidos, observando umas crianças brincando, percebeu que uma menina era rejeitada das brincadeiras por ser surda. Ficou tocado por não ter uma escola para surdos nos Estados Unidos para que ela frequentasse, tentou ensinar pessoalmente junto com o pai da menina. Gallaudet foi para Europa e Inglaterra buscar métodos para ensinar os surdos, mas a metodologia era secreta e então foi para a França, onde ficou impressionado com a metodologia usada pelo abade Sicard e voltou levando o professor surdo Laurent Clerc. Gallaudet e Clerc fundaram a primeira escola de surdos dos Estados Unidos, em Hartford.

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