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Resenha Crítica: Jubiabá

Por:   •  22/10/2018  •  Resenha  •  1.106 Palavras (5 Páginas)  •  234 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO[pic 1]

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

CURSO LICENCIATURA-PEDAGOGIA

DOCENTE: Maria Betânia Santiago.

DISCENTE: Augusto Vinícius Oliveira da Silva

RESENHA CRÍTICA

AMADO, Jorge. Jubiabá. Posfácio de Antônio Dimas -São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

A literatura é um importante meio de educação e difusão de ideias e foi um importante meio para a divulgação e da perpetuação das ideias da pedagogia moderna no século XVII, pois adentrava facilmente no imaginário coletivo, que buscava formar pessoas autônomas  e conscientes de seu papel no mundo social. Segundo Cambi, assim como o teatro, o romance é importante no ato de educar, pois “falam diretamente para o homem burguês, refletindo-o, inquietando-o, portanto educando-o.” (CAMBI, 1999 pg. 312; pg. 491).

A literatura traz ao indivíduo, uma reflexão sobre o mundo ao seu redor e forma como ocorre essa interação e toda sua complexidade. Nela há uma maior visão do próprio eu, e assim, uma releitura de sua própria experiência, assim como uma leitura detalhada de determinada época e lugar.

Uma importante obra literária que traz estas questões é Jubiabá, de Jorge Amado, que foi publicado em 1935.

O livro traz a história do órfão Antônio Balduíno, desde sua infância no Morro do Capa-Negro (p. 17),  onde morava com sua tia Luiza uma mulher simpática, embora às vezes se tornasse amaga e irritada quando uns espíritos tomavam seu corpo que só eram tirados quando Jubiabá aparecia, -é importante enfatizar a presença de elementos culturais africanos nesta parte do livro onde é retratado o Morro do Capa-Negro. Balduíno sonhava em ter o seu próprio “ABC”, e ser marcado como herói nas histórias que fossem contadas para as futuras gerações, ele também gostava da liberdade do morro, sempre brincava e gostava de ver as luzes se acedendo na cidade em todo crepúsculo porém, essa liberdade tem um fim quando após um ataque dos espíritos sua tia é internada num hospício deixando Balduíno com Augusta das Rendas que após certo tempo o leva para a travessa Zumbi dos Palmares onde Balduíno vai morar com um comendador português. (pgs. 15-54)

Sua pré-adolescência na travessa Zumbi dos Palmares é conturbada. Amélia a empregada da família não gosta de Balduíno e o maltrata muito. Seus motivos são os constantes palavrões que o garoto falava além das “traquinagens” que Antônio fazia na escola, é nessa época que Balduíno encontra seu primeiro amor, Lindinalva, a filha do comendador, que embora não demostrasse inicialmente (pois a considerava “santa”), o persegue durante toda sua vida posteriormente, com cada mulher que ele fica. É por causa de Amélia que Balduíno é expulso da casa do comendador, ela o flagra admirando Lindinalva, e inventa uma história de que Balduíno estaria observando as cochas de Lindinalva.

Após isso, o comendador o espanca e o expulsa de sua casa, onde Baldo passa uma adolescência “vagabundando” pelas ruas de Salvador (p. 60), onde se considera o “imperador da cidade”, Balduíno forma sua própria “turma” e pede esmolas a homens e mulheres ricos que passavam pelas ruas de Salvador. Porém depois de certo tempo após doenças e mortes, o grupo de Balduíno se dissolve e ele então o livro ganha um ritmo acerelado onde Balduíno vai para outras cidades, se torna um boxeur, entra para um circo. Isso se dá até a volta dele para sua cidade Natal, onde ele reencontra sua amada, Lindinalva porém a mulher está doente. “Com a morte que se aproxima ela tornou a ser a mesma Lindinalva da travessa Zumbi dos Palmares. Seu rosto está sereno e belo” (p.274).

Posteriormente, o encontra com Lindinalva rende um dos momentos mais emocionantes e belos da obra, onde Lindinalva o pede perdão, e faz um último pedido, sendo este que cuide do seu filho, Gustavo:

“— Quem é? Amélia fica confusa, sem saber se deve dizer. Mas Antônio Balduíno se aproxima com os olhos baixos. Se um dos amigos o visse agora talvez não compreendesse por que ele está chorando. Lindinalva procura sorrir quando o reconhece: — Baldo… Fui ruim com você… — Deixe disso… — Me perdoe. — Não diga isso… Não faça eu chorar… Ela passa a mão na carapinha do negro e morre dizendo: — Ajude Amélia a criar meu filho, Baldo… Olhe por ele.” (p. 276).

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