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Resenha Crítica do Texto de Saviani

Por:   •  31/3/2019  •  Resenha  •  2.383 Palavras (10 Páginas)  •  356 Visualizações

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Resenha Crítica do Texto de Saviani

O autor Demerval Saviani em seu artigo publicado em 2007 na Revista Brasileira de Educação, intitulado de: Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos, descreve em cinco eixos momentâneos os Fundamentos históricos da relação entre o trabalho e a educação; A emergência da separação entre trabalho e educação baseados na história; Questionamento dessa separação e seu possível restabelecimento; O esboço do sistema de ensino como base na educação para o trabalho e Finalmente conclui, descrevendo sobre a controvérsia entre os termos: politecnicismo e tecnologia.

Nos fundamentos históricos da relação entre a educação e o trabalho, o autor apresenta o Homem como sendo portador dos atributos de escolarização e trabalho sendo os mesmos essenciais ou acidentais em decorrência da racionalidade e inteligência. Essas características, também descritas por Bergson, determinam o homem como criador de seus próprios objetos artificiais, de ferramentas que também podem criam ferramentas, confirmando a característica de racionalidade intrínseca aos mesmos. Fica claro que a essência humana e produzida pelos homens, que tendem a adaptar a natureza que o cerca a si, e não como animais que se adaptam a mesma. O homem não nasce homem, ele forma-se. O aprendizado era formado pela ação da prática no desenvolvimento das necessidades, esse aprendizado exitoso era repassado para as gerações seguintes.

Para o segundo momento textual, a emergência da separação entre a educação e o trabalho, o autor descreve praticamente baseado em seus outros trabalhos e também de Manacorda, sobre a história da educação relacionada com a sociedade, onde no início proporcionaram a divisão entre duas classes sociais: os não proprietários e os proprietários de terras e posses. Essa divisão proporcionou o enraizamento de que ao homem só é possível viver com o trabalho, porém a classe dos proprietários vive do trabalho da classe não proprietária (escravos). À classe proprietária era destinada a educação baseada na arte da palavra, na intelectualidade, caraterísticas lúdicas e militares para justificar a etimologia da palavra escola (lugar do ócio, tempo livre), ou seja, somente aqueles que teriam o tempo livre para dedicação a educação assim o fariam. Para a classe não proprietária é destinada a educação para os processos existentes no trabalho. A escola se origina nesse momento com objetivos políticos e militares pelo domínio da oratória e fenômenos naturais e sociais, ficando os trabalhos manuais e laborais sem a intervenção escolar.

No momento onde o autor relata os questionamentos sobre essa separação e tenta restabelecer esse vínculo, ele descreve sucintamente a inserção da Revolução Industrial que insere a máquina como substituta do trabalho manual, porém cria a oportunidade da adequação das qualificações intelectuais de forma geral objetivando as manutenções, operacionalizações, ajustes e adaptações ao novo mercado. Com isso os cursos profissionais ganham espaço e forçaram o ensino a seguir dois eixos: formação geral e formação profissional. Aos cursos de formação profissional foram enfatizados os aspectos de formação voltada a produção e tarefas específicas, mesmo assim ainda houve uma divisão do público nessas escolas sendo notória as profissões manuais e as profissões intelectuais, o que nas escolas houve as divisões internas pela origem social.

Para a organização do sistema de ensino baseado nos princípios da educação para o trabalho o autor baseia-se em Gramsci e retrata o Brasil, especificamente. Gramsci relatado por Saviani concebe a educação unitária e que é apresentada brasileiramente como educação básica agregados o nivelamento fundamental e médio, com conhecimentos na linguagem escrita e matemática, associadas às ciências da natureza e social. No ensino fundamental é plenamente visto a relação entre a educação e o trabalho que tem como base a leitura, escrita, argumentos contábeis e científicos como princípios de compreensão ao ambiente humanístico de inserção. Com isso ao ensino médio é objetivado o resgate entre a prática do trabalho e o conhecimento sendo as premissas da ciência e espiritualidade convertidas no envolvimento produtivo. Surgem as indagações do politecnicismo e tecnologia que afetam ponderadamente o ensino superior, voltado às resoluções dos problemas humanos atuais, como a continuidade do ensino técnico para ocupação profissional ou especialização universitária.

Após breve clareamento histórico advindo pela observação de Manacorda ao trabalho de Marx, Saviani conclui suas percepções a educação politécnica abordando não somente a etimologia das palavras politecnia e tecnologia, descrevendo politecnicismo como múltiplas ocupações com capacidade omnilateral e tecnologia como o estuda da técnica. Enfim edita a máxima pelas concepções citadas e estudadas que as mesmas se completam e se enriquecem mutuamente.

Discente: Ricardo B. Scalabrini

 Descrição da obra: deve-se identificar nome e autor (ou diretor e roteirista, no caso de um filme, por exemplo). Em seguida, faz-se uma breve apresentação da história.

– Introdução ao trabalho: para orientar o leitor, recomenda-se explicar como será a divisão das seções e quais aspectos serão avaliados (estrutura narrativa, composição dos personagens, contexto histórico etc.).

– Análise da obra: aqui, vem o trabalho crítico em si. É comum que a análise aconteça em diálogo com outros autores trabalhados em aula. Nesse ponto, o texto se assemelha a um artigo científico. Utiliza-se linguagem simples e concisa, com menções à bibliografia, de acordo com as normas da ABNT.

– Recomendação: após a apreciação, cabe dizer a que público o material se destina, ou se será útil para alguém. Idade, profissão e valores culturais do sujeito podem ser variáveis a se considerar.

Em A Sinhá e o Escravo, de Assis de Brandão, conhecemos a história de Dora. A filha de um senhor de engenho se apaixona por Samuel, escravo da fazenda.

Trata-se de um romance epistolar. O livro é narrado por cartas escritas pela protagonista. Pelas datas (entre 1875 e 1879), nota-se que o processo de abolição da escravatura já estava em curso, no Brasil. À época, já existia a Lei do Ventre Livre, que postulava que os filhos das negras não nasceriam escravos.

Talvez isso explique a afeição de Dora aos trabalhadores da senzala. Em tempos mais remotos, provavelmente uma “sinhazinha” não se misturaria a uma classe considerada inferior. Com o progresso da sociedade, porém, os mais jovens perceberam que qualquer pessoa, no fim das contas, é apenas humana.

Essa descoberta e o conflito entre os valores familiares e os sentimentos íntimos são descritos pela personagem. Apesar de ser um romance situado no século XIX, a obra foi escrita nos anos 2000, voltada a um público adolescente. As frases curtas e simples ajudam a entender melhor o contexto, sem floreios de linguagem.

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