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Resenha: Textos Medievais

Por:   •  25/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  762 Palavras (4 Páginas)  •  93 Visualizações

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Texto sobre a “Origem e memória das universidades medievais”

Ao contrário do que se costuma pensar sobre a era medieval, esta não foi apenas uma idade das trevas. A Idade Média deixou legados fundamentais para a humanidade até os dias de hoje, dentre os quais, a universidade. Essa instituição, que tem sua origem no século XIII, possui como essência a universalidade e o conhecimento a partir das ciências. Tal pressuposto mostra como, desde antes de movimentos como o Humanismo e o Renascimento, os pensadores e autoridades da época não se limitavam a apenas aos ensinamentos dogmáticos da Igreja Católica.

Em primeiro lugar, um grande valor que pode ser atribuído às universidades, sobretudo à época de seu surgimento na Idade Média, por volta do século XIII, diz respeito aos estudos que se iniciaram naqueles locais. O empirismo aristotélico, estudo que traçou o caminho teórico de pesquisas científicas até a modernidade, teve seu berço nas primeiras universidades com pensadores como Roger Bacon (1215-1294), Guilherme de Ockham (1285/90-1349), Jean de Salisbury (1120-1180), Tomás de Aquino (1225-1274) e Alberto Magno (1193-1280). Esses autores romperam com o pensamento de autoridade na época, que era a doutrina eclesiástica promovida pela Igreja Católica. A partir, então, de estudos desenvolvidos nas universidades, que se apoiavam, dentre outras correntes teóricas, na filosofia, por exemplo, a comunidade escolástica podia se dedicar à investigação dos fenômenos da natureza e da natureza das coisas a partir da apuração empírica e da análise científica.

A partir disso, entendemos que como as universidades eram – e são – importantes para compreendermos o pensamento e a sociedade de uma época. É evidente que a sua criação visa responder as questões que se colocavam entre os homens da época, como a objeção à autoridade absoluta da Igreja e à ideia de haver uma predileção divina para o conhecimento do sagrado – deixando este apenas para aqueles que deveriam formar o clérigo. Com a criação dos espaços universitários, então, traçaram-se outros caminhos para se entender o sagrado, concedendo esses estudos a todos aqueles que queriam aprender e ensinar, que fossem dotados de intelecto, ou seja, reforçando o caráter universal dessas instituições.

Portanto, se ainda hoje elas sobrevivem, é porque ainda fazem sentido. Ainda há valores na sociedade atual que garantem a sua permanência, como a valorização ao estudo científico, à busca, aprofundamento e valorização pelo conhecimento e da cultura em diversas áreas do saber e a ideia de coletividade e universalização do ensino. Entretanto, é possível se ter um olhar crítico também em relação a como são mantidas essas universidades hoje, a partir da ideia de privilégios e o ensino ainda ancorado nos moldes medievais, como observou o historiador Alexis de Tocqueville no século XIX.

Para além dessas questões, é importante também entender sua origem. Àquela época, papas e príncipes disputavam o poder em relação a essas instituições. Isso porque eles as encaravam como importantes pontos de apoio político e cultural, por isso, mediavam leis e bulas

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