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Resenha epistemologia e teorias da educação

Por:   •  26/10/2019  •  Resenha  •  3.346 Palavras (14 Páginas)  •  299 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

FAED - ICED

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA[pic 1]

DISCIPLINA: HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO

CH: 68 HORAS

DOCENTE: WILSON DA COSTA BARROSO

DISCENTE: GÉSSICA PINHEIRO MELO

TURMA: EP201

FICHAMENTO SOBRE O LIVRO: O QUE É EDUCAÇÃO

AUTOR: CARLOS RODRIGUES BRANDÃO

PÁGINAS: 1 À 49

BELÉM, 17 DE SETEMBRO DE 2019

RODRIGUES BRANDÃO, Carlos. O Que é Educação. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981

EDUCAÇÃO? EDUCAÇÕES : APRENDER COM O ÍNDIO (p. 3 – 5)

“A educação pode existir livre e, entre todos, pode ser uma das maneiras que as pessoas criam para tornar comum, como saber, como idéia, como crença, aquilo que é comunitário como bem, como trabalho ou como vida. Ela pode existir imposta por um sistema centralizado de saber, que usa o saber e o controle sobre o saber como armas que reforçam a desigualdade entre os homens, na divisão dos bens, do trabalho, dos direitos e dos símbolos.” (p. 4)

Inicialmente, Brandão afirma que ninguém escapa da educação, pois está presente no dia a dia de todos e que ela se manifesta de várias formas, por exemplo: em casa, na rua, na igreja.

Para o autor, a forma de educação, onde é transmitida por professores e em escolas não é a única existente, visto que se encontra em todos os tipos de sociedades, fazendo parte da construção, da continuidade e legitimando cada uma delas, ou seja, a sociedade repassa o saber comum a partir dos costumes, crenças, tradições de determinado grupo.

Dessa forma, surgem os conflitos de interesses, a partir do momento em que o poder de determinada comunidade são divididos, gerando, assim, divisões sociais que trazem consequências a divisão do saber.

"[...] A educação participa do processo de proodução de crenças e idéias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjunto, constroém, tipos de sociedades. E esta é a sua força." (p. 4 - 5)

 "[...] A educação existe no imaginário das pessoas e na ideologia  dos grupos sociais e, ali, sempre se espera, de dentro, ou sempre se diz. para fora, que a sua missão é trasnformar sujeitos e mundos em alguma coisa melhor, de acordo com as imagens que se tem de uns e outros: '... e deles faremos homens'. Mas, na prática, a mesma educação que ensina pode deseducar, e pode correr o risco de fazer o contrário do que pensa que faz, ou do que inventa que pode fazer: '... eles eram, portanto, totalmente inúteis'. " (p. 5)

Segundo o autor, a força da educação se aplica na produção de idéias, valores, crenças, especialidades, onde o entendimento e a troca de símbolos são entendidos, assim, se constrói tipos distintos de sociedade. Dessa maneira, o objetivo da educação é transformar as pessoas a serem melhores, baseado na imagem que se tem de outros, ela existe no imaginário da pessoas e na ideologia dos grupos sociais.

QUANDO A ESCOLA É A ALDEIA (p. 6 – 11)

“O homem que transforma, com o trabalho e a consciência, partes da natureza em inversões de sua cultura, aprendeu com o tempo a transformar partes das trocas feitas no interior desta cultura em situações sociais de aprender-ensinar-e-aprender: em educação. Na espécie humana a educação não continua apenas o trabalho da vida. Ela se instala dentro de um domínio propriamente humano de trocas: de símbolos, de intenções, de padrões de cultura e de relações de poder. Mas, a seu modo, ela continua no homem o trabalho da natureza de fazê-lo, de torná-lo mais humano.” (p. 6)

Por suas definições de educação. Ele afirma que  educação aparece sempre que surgem formas sociais de conduzir e o controle do ensinar-e-aprender. Tendo por si, tudo o que se sabe aos poucos se adquire por viver diferentes situações de troca entre pessoas, com o corpo, com a consciência, com o corpo-e-a-consciência.

"[...] Pela presença de 'adultos conhecedores, são situações de aprendizagem. A criança vê, entende, imita e aprende com a sabedoria que existe no próprio gesto de fazer a coisa." (p. 7)

"[...] Todos os que convivem aprendem, aprendem, da sabedoria do grupo social e da força da norma dos costumes da tribo, o saber que torna todos e cada um pessoalmente aptos e socialmente reconhecidos e legitimados para a convivência social [...]" (p. 8 - 9)

Posteriormente, o autor contextualiza como é concebida a educação em sociedade em que ele não é dada atráves do que ele chama de ensino formal, sujeita a pedagogia, onde são criados métodos e executores do saber.

"[...] No interior de todos os contextos sociais coletivos de formação do adulto, o processo de aquisição pessoal de saber-crença-e-hábito de uma cultura, que funciona sobre educandos como uma situação pedagógica total, pode ser chamado (com algum susto) de endoculturação.[...]" (p. 10)

                                 

Assim, o autor traz o conceito de endoculturação – que é o processo permanente de aprendizagem de uma cultura que se inicia com assimilação de valores e experiências.

ENTÃO, SURGE A ESCOLA (p. 12 – 15)

“Uma divisão social do saber e dos agentes e usuários do saber como essa existe mesmo em sociedades muito simples. Em seu primeiro plano de separação – o mais universal – numa idade sempre próxima à da adolescência, meninos e meninas são isolados do resto da tribo. Em alguns casos convivem entre iguais e com adultos por períodos de reclusão e aprendizagem que envolvem situações de ensino forçado e duras provas de iniciação. Todo o trabalho pedagógico da formação destes jovens é conduzido por categorias de educadores escolhidos entre todos para este tipo de ofício, de que os meninos saem jovens-adultos e guerreiros, por exemplo, e as meninas, moças prontas para a posse de um homem, uma casa e alguns filhos.”

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