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Resumo do Texto "Escola reflexiva e nova racionalidade", de Isabel Alarcão

Por:   •  29/10/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.381 Palavras (6 Páginas)  •  3.188 Visualizações

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A autora aborda o tema, tendo como ideia basilar: o motivo de a escola ser hoje

inadequada às demandas da sociedade. Logo após, explica que a solução para essa

questão é simples, visto que diante das transformações sociais decorrentes da

globalização, a escola também precisa acompanhar essas transformações, porque a

sociedade que a cerca sofreu mudanças. Sendo assim, necessita-se uma pedagogia

dinâmica para atender novas exigências.

A mudança de que a escola precisa é uma mudança paradigmática. Porém,

para mudá-la, é preciso mudar o pensamento que se tem sobre a mesma. É preciso

refletir sobre a vida que lá se vive, levando-se em conta que as crianças e jovens passam

grande parte do seu tempo na escola, onde aprendem e desenvolvem-se. É preciso,

também, mudar a própria cultura que se vive na escola, para que possamos concebê-la

como uma organização que continuadamente se pensa a si própria, na sua missão social

e na sua organização, e confronta-se com o desenrolar da sua atividade em um processo

heurístico simultaneamente avaliativo e formativo.

Desta forma, Alarcão desenvolve sua reflexão em cima de dez conceitos, que

são: A centralidade das pessoas na escola e o poder da palavra; Liderança, racionalidade

dialógica e pensamento sistêmico; A escola e seu projeto próprio; A escola entre o local e

o universal; A educação para o exercício da cidadania; Articulação política administrativa, curricular pedagógica; O protagonismo do professor e o desenvolvimento da profissionalidade docente; O desenvolvimento profissional na ação refletida; Da escola em desenvolvimento e aprendizagem à epistemologia da vida da escola; Desenvolvimento ecológico de uma escola em aprendizagem. Escola Reflexiva para a autora é a escola que se pensa e que se avalia em seu projeto educativo, é uma organização aprendente que qualifica não apenas os que nela estudam, mas também os que nela ensinam ou apoiam estes e aqueles. É uma escola que gera conhecimento sobre si própria como escola específica e, desse modo, contribui para o conhecimento sobre a instituição chamada escola. A escola de hoje precisa adequar-se às necessidades da sociedade, estando mais aberta ao diálogo com a comunidade e com outras instituições. A educação deve ser na prática o que é na teoria, ou seja, esta deve ser fonte de desenvolvimento humano, cultural e econômico; onde nesse desenvolvimento, tanto a escola como o professor desempenham papel fundamental. Com os avanços da tecnologia, podemos observar uma crise que envolve os profissionais da educação, que não conseguem solucionar os problemas que resultam na falta de estímulo sentida pelos alunos, fazendo com que os professores expressem cansaço e desânimo, além de os mesmos manifestarem-se perdidos e impotentes, devido à falta de apoio por parte dos dirigentes, das comunidades e dos governos. A escola existe num espaço físico, devendo ser um contexto de trabalho para o aluno que é a aprendizagem e para o professor, a multiplicidade de suas funções, pois não há aprendizagem sem esforço. A escola é também um tempo que não volta, não pode ser desperdiçado. Tempo de desenvolver e utilizar capacidades fundamentais para a aprendizagem ao longo da vida, de memorização, observação, comparação, raciocínio, comunicação, expressão e risco. A escola tem a função de preparar cidadãos para a vivência da cidadania. A escola não tem conseguido acompanhar as profundas mudanças ocorridas na sociedade. Ainda fortemente marcada pela tradicionalidade, dificilmente prepara para viver a complexidade que caracteriza o mundo atual. Influenciada pela tradição ocidental, que privilegia grandemente o pensamento lógico-matemático e a racionalidade, não potencializa o desenvolvimento global do ser pessoa, ou facilmente discrimina e perde os que não se adaptam a esse paradigma. Para mudar a escola é preciso mudar a sua organização e o modo como ela é pensada e gerida. Não apenas nos currículos que são ministrados, mas na organização

disciplinar, pedagógica, organizacional. Nos valores e nas relações humanas que nela vivem. Para mudá-la é preciso envolver as decisões político-administrativo-pedagógicas, os alunos e professores, os auxiliares e os funcionários, os pais e os membros da comunidade. Denomina-se escola inovadora aquela que tem força de se pensar a partir de si própria e de ser reflexiva. As relações das pessoas entre si e de si próprias com o seu trabalho e com a sua escola são a pedra de toque para a vivência de um clima de escola em busca de uma educação melhor a cada dia. Atrás de escolas inovadoras há líderes, no topo, nas estruturas intermediárias e nas bases. A iniciativa é acolhida venha de onde vier, a descentralização do poder e o envolvimento de todos no trabalho são reconhecidos como riqueza. Segundo Senge (1990), liderança, visão, diálogo, pensamento e ação são os 5 pilares de uma organização dinâmica, responsável e humana. Seu projeto próprio é fruto da consciência da especificidade de cada escola na ecologia da sua comunidade interna e externa, assumindo-se hoje que cada escola desenvolva o seu próprio projeto educativo. Um projeto institucional específico implica margens de liberdade concedidas a cada escola sem que se perca a dimensão educativa mais abrangente, definida para a sua área geográfica, o seu país e o mundo. Cada escola tende a integrar-se e a assumir-se no contexto específico em que se insere, isto é, tende a ter uma dimensão local, a aproximar-se da comunidade. Mantem-se, porém, em contato com a aldeia global de que faz parte de socialização que as caracteriza. As novas tecnologias da informação e da comunicação abrem vias de diálogo e oportunidades de

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