Transtorno de Deficit de Atençao e Hiperatividade

MILENA BECARO CRIONI

RESUMO

O objetivo deste trabalho é identificar as contribuições da produção acadêmica (dissertações e teses) sobre hiperatividade e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) à prática docente. Para isso, foi realizada uma pesquisa documental, com análise de 13 resumos de dissertações de mestrado e teses de doutorado defendidas em Universidades brasileiras no período de 2006 a 2011. Análises desse tema voltados à prática docente ainda são escassos na produção acadêmica nacional, o que motivou a realização deste trabalho. A educação inclusiva é de extrema importância não só para a conscientização dos alunos, como dos demais segmentos da sociedade para a salvaguarda dos direitos da criança com deficiência na escola e parece necessário aos professores o respaldo teórico sobre o assunto para o constante aperfeiçoamento da prática docente com crianças hiperativas e diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Palavras- Chave: Hiperatividade, TDAH, produção acadêmica, prática docente.

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ABSTRACT The purpose of this paper is to identify the contributions of the academic production (dissertations and theses) on hyperactivity and attention deficit disorder and attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) to teaching practice. To this end, it was performed a desk research, with 13 analysis summaries of dissertations of masters and PhD theses defended in Brazilian universities in the period 2006 to 2011. Analysis of that theme aimed at teaching still scarce in national academic production, what motivated this work. Inclusive education is of extreme importance not only for the pupils ' awareness, as other segments of society for the protection of the rights of children with disabilities in school and seems necessary theoretical backed by teachers on the subject to the constant improvement of the teaching and practice with hyperactive children diagnosed with attention deficit disorder and attention deficit hyperactivity disorder (ADHD). Keywords: Hyperactivity, ADHD, teaching practice, academic production.

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1. INTRODUÇÃO O problema sofrido pelo portador de (TDAH) em seu relacionamento familiar e na escola e no convívio em grupo tem preocupado diversos setores sociais. A criança com TDAH, na escola, exige atenção por parte do professor e é necessário que ele esteja preparado para saber posicionar o aluno no ambiente da sala de aula e é de grande importância a parceria da escola com a família para, juntos, encontrarem soluções que favoreçam essa criança. Desta forma, o diagnóstico a respeito do transtorno supracitado não pode ter equívocos, a fim de que a criança, caso comprovada a existência de um déficit de atenção e hiperatividade, venha a receber o cuidado necessária ao seu desenvolvimento social, na escola e na família. Muito se comenta a respeito da criança hiperativa. As características da hiperatividade são apresentadas em diversas pesquisas sobre o assunto (ABREU, 2007; SIMÃO, 2008; PEREIRA, 2010) e também em revistas na área da Educação. Veja-se esses trechos de textos da Revista Nova Escola, publicados em períodos diferentes e que têm como tema o comportamento do aluno hiperativo: Um aluno hiperativo não pára quieto. Faz muitas perguntas, mas não espera as respostas. Pode ser agressivo com os colegas e é considerado desastrado, pois constantemente se envolve em acidentes. Sua dificuldade em prender a atenção, mesmo que por curtos períodos de tempo, costuma prejudicar o rendimento em classe. Por todos esses motivos, a criança hiperativa é considerada "aluno-problema" — rótulo que abala sua auto-estima e agrava ainda mais suas dificuldades de relacionamento. Se você tem em classe um aluno com essas características, o melhor a fazer é encaminhá-lo para uma avaliação médica. O psicólogo analisará o caso com base em dados colhidos diretamente na escola, por meio da anamnese (história da vida da criança), de seu contato com o estudante e de testes intelectuais, motores, emocionais e pedagógicos. É evidente que o aluno hiperativo precisa de ajuda. Isso não impede que freqüente uma escola "normal", apesar do trabalho que costuma dar aos professores. É preferível, pelo menos enquanto ela não se beneficia do tratamento, que freqüente uma classe com poucos alunos. O tema hiperatividade tem sido discutido também em pesquisas acadêmicas produzidas em universidades brasileiras. O TDAH afeta crianças do sexo masculino e feminino e tem sido estudado por pesquisadores de universidades públicas no Brasil, como a Universidade do Estado de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Na biblioteca

digital da USP foram localizados 10 trabalhos sobre hiperatividade, defendidos em cursos de mestrado e doutorado nas seguintes áreas: Neurociências e

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Comportamento, Pediatria, Neurologia, Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Psiquiatria, Fisiopatologia Experimental e Educação. Estas dissertações e teses foram defendidas entre 2005 e 2011. Constatou-se a ausência de teses de livre docência defendidas sobre o tema na USP. No site do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT),

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