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A Analise do Comportamento

Por:   •  27/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  687 Palavras (3 Páginas)  •  35 Visualizações

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USO E VANTAGENS DA TÉCNICA DE ECONOMIA DE FICHAS NA PSICOLOGIA

Sandra Nunes

Centro Universitário do Rio São Francisco (UniRios)

Contato: sandranunesdossantosgomes@gmail.com

Thalita Bezerra

Centro Universitário do Rio São Francisco (UniRios)

Contato: talithaerel@gmail.com

Paulo Afonso-BA 2023

A economia de fichas é uma ferramenta conhecida no tratamento/avaliação comportamental em Psicologia. Apesar de não ser uma técnica muito popular (especialmente no tratamento comportamental de adultos) a economia de fichas é relativamente antiga: foi desenvolvida principalmente por Montrose Wolf, um psicólogo norte-americano, na década de 1960. Montrose Wolf foi um pioneiro na aplicação dos princípios do condicionamento operante, desenvolvidos por B.F. Skinner, para modificar comportamentos humanos, especialmente em crianças com distúrbios de comportamento (SOUZA, 2019).

Ele é frequentemente creditado como o criador dessa técnica, que tem sido amplamente utilizada em contextos educacionais, terapêuticos e clínicos para promover comportamentos desejados e reduzir comportamentos indesejados em indivíduos de todas as idades. A técnica de economia de fichas se baseia nos princípios do reforço positivo e negativo para moldar o comportamento e é uma ferramenta valiosa para terapeutas, educadores e profissionais de saúde mental que trabalham com modificações de comportamento e desenvolvimento de habilidades sociais (BORGES, 2004).

A técnica é bastante influenciada pelo pensamento de Skinner (1937). Todos os elementos encontrados na Psicologia comportamental de Skinner são aplicados, isolada ou cumulativamente, sendo os principais elementos, o reforço positivo, a recompensa ou incentivo ao comportamento desejado; o reforço negativo, isto é, a crítica/punição como forma de sinalizar que dado comportamento é indesejado; a extinção ou a cessação que deverá ser observada no caso da aplicação da técnica nos pacientes-alvo (LAMPREIA, 1992).

Além destes, que são os básicos, podemos também encontrar o desempenho da técnica, por meio da aplicação de outros princípios, tais como os critérios de ganhos e perdas, que estabelecem os princípios que norteiam os prós e contras do comportamento desejado ou a se extinguir; as recompensas significativas, ou seja, formatadas de modo a serem importantes para os indivíduos, não sendo eficazes as que não se correspondem com suas expectativas; o monitoramento e registro, que permite avançar sobre os resultados desejados e a flexibilidade, dado que a modificação de comportamentos tem que ser algo mediado pelo interesse do indivíduo, não pela imposição do terapeuta (SOUZA, 2019).

A técnica da economia de fichas não pressupõe uma caminhada linear, ao contrário, é perceptível no seu desenvolvimento e nas metodologias empregadas a importância de se avaliar

constantemente os resultados, pautando estes em capacidades reais de serem modificadas (LAMPREIA, 1992).

Pureza et al., (2014) em seu estudo sobre o comportamento e as intervenções em crianças, menciona como a aplicação da técnica de economia de fichas pode ser interessante, especialmente para crianças a partir dos 6 anos de idade. Os autores apontam tal idade como a que permite uma maior flexibilidade dos elementos que precisam ser trabalhados (a vida social está mais clara nesta idade que em menos tempo de vida) ao passo em que outros aspectos, como por exemplo, a capacidade de abstração necessária se encontra em desenvolvimento – e o sistema de recompensas também possui já importante domínio na vida do indivíduo.

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