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A DESCRIMINAÇÃO DE ESTIMULOS

Por:   •  18/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.869 Palavras (8 Páginas)  •  63 Visualizações

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CÍNTIA BOEIRA BATISTA LAFAY

KARLA ANGÉLICA DO ROSÁRIO

RELATÓRIO 10: DISCRIMINAÇÃO de estímulos luminosos

Relatório de pesquisa apresentado à disciplina Análise de Comportamento I do III Período do Curso de Psicologia de Pato Branco – UNIDEP.

Professora: Ms. Isadora Primo

PATO BRANCO

JUNHO/2020

RESUMO

A extinção e a apresentação de estímulos independentes da resposta são dois procedimentos tradicionais de suspensão da contingência entre resposta e consequência. Utilizou-se o Software CyberRat versão 2.0, simulador de experiências laboratoriais da caixa de Skinner com o Rattus Cyberneticus, estando o sujeito em privação de água por 23 horas, com parâmetro convencionado de histórico de aprendizagem de treino ao bebedouro, processo de modelagem, reforçamento contínuo, nível de saciação, extinção, esquema de intervalo fixo, esquema de razão fixa e variável adquirido. O experimento deve ter configuração de extinção onde o comportamento de resposta à barra (RPB) não recebe nenhum reforço. Durante a condução do experimento devem-se anotar os valores acumulados de RPB. O experimento encerra quando o tempo de 34 minutos for alcançado, pois foi o tempo necessário para a extinção após o reforçamento continuo. O objetivo do experimento é de suspender o reforço e extinguir o esquema de reforçamento intermitente ou de estímulo à resposta. Neste experimento também é observado à diferença de extinção do comportamento e comparar com a extinção realizada após o esquema de reforçamento contínuo. Observou-se que o sujeito realizou 445 RPB durante o período de tempo de 34 minutos demonstrando uma taxa de 13,08 Rs/min .

Palavras-chave: caixa de Skinner; dicriminação, RPB.

 

  1. INTRODUÇÃO

Os repertórios comportamentais dos sujeitos são resultados de um longo e contínuo histórico de aprendizagem, nos quais relações ambiente-ambiente e relações comportamento-ambiente vão sendo selecionadas (GALVÃO E BARROS, 2001). O controle de estímulos refere-se às aprendizagens de um organismo, ou seja, às consequências de suas interações com o meio. A variabilidade e a adequação dos comportamentos dos indivíduos determina a eficiência com a qual eles lidam com o ambiente, assim, ao se pretender estudar os fatores envolvidos na aquisição de tais comportamentos, faz-se absolutamente necessário estudar o também o ambiente. Os autores expõe que no primeiro capítulo da obra "Sobre o Behaviorismo”, Skinner sugere “que um maior conhecimento a respeito do controle exercido pelo ambiente sobre os organismos tornaria possível a análise dos efeitos do ‘mundo dentro da pele’ sobre o comportamento, bem como da natureza do autoconhecimento” (p.42).

Conforme explicitado nos estudos anteriores, o controle do comportamento pela passagem do tempo se constitui em um fenômeno largamente estudado na psicologia experimental. Segundo Todorov e Teixeira Sobrinho (2009) existem variados exemplos envolvendo estudos de controle temporal dentro da análise experimental do comportamento, assim como na psicologia experimental como um todo “em que o tempo entre resposta, a duração de cada resposta ou a duração do acesso ao reforçador participam de contingências de reforço” (p. 44), seja como estímulo discriminativo, como definição de resposta ou como parâmetro do estímulo reforçador.

O comportamento operante possui algumas ordenações que o regem, como esquemas de reforço, modelagem e discriminação. A recompensa quando de uma resposta esperada emitida é um reforço, que pode ser positivo ou negativo, o que não é o mesmo que dizer que são bons ou ruins, mas que se inclui ou retira algo (MOREIRA e MEDEIROS, 2007). Segundo Silva et al (2015), experimentalmente o pesquisador pode manipular esses comportamentos através do reforço, reforçando-o cada vez que indivíduo emite uma resposta mais próxima do comportamento desejado. Isso é bastante usado na discriminação operante. A discriminação faz uma análise através de uma contingência tríplice, e observa o estímulo antecedente à resposta, à resposta em si e a consequência desta. Na discriminação operante, uma reposta específica só acontece na presença de um estímulo em específico, e esse estímulo anterior à resposta, é chamado de estímulo discriminativo, sendo aquele que sinaliza uma consequência. Compreende-se por estímulo uma parte ou mudança em uma parte do ambiente e, por reposta, uma mudança no organismo” (MOREIRA e MEDEIROS, 2007).

Conforme Gomide (1993) “uma resposta está sob controle de um estímulo, quando a frequência de ocorrência desta resposta é maior na presença deste estímulo do que na sua ausência” (p.79). Todavia, para colocá-la sob controle de um estímulo, tal resposta precisa ser reforçada somente na presença deste estímulo específico, o qual dessa forma se tomará “um estímulo sinalizador de reforçamento, tradicionalmente chamado de SD (estímulo discriminativo), e a resposta ocorrerá com frequência maior na sua presença do que na sua ausência” (p.79). O estímulo discriminativo positivo, associado à disponibilidade de reforçamento para a resposta é chamado SD, já o estímulo discriminativo negativo, associado à extinção da resposta é chamado S∆ (ésse delta). Ainda, segundo Tomanari (2000):

Estímulos discriminativos exercem função de reforçadores condicionados. Ou seja, dada a oportunidade, e mantendo-se outros fatores constantes, sujeitos expõem-se preferencialmente à situação em que estão presentes estímulos discriminativos das contingências em vigor, alternativamente à situação em que não estão [...]. As funções discriminativas e reforçadoras dos estímulos se correlacionam diretamente. Na medida em que a discriminação é adquirida, o valor reforçador dos estímulos se fortalece.

O termo discriminação é usado para indicar que a probabilidade de uma dada resposta depende da situação, ou seja, dos estímulos presentes em um dado momento (GALVÃO E BARROS, 2001). É chamado de estímulo discriminativo (SD) quando passa a controlar o comportamento (uma classe de respostas) devido estar associado a um determinado esquema de reforçamento. Um organismo discrimina entre dois ou mais estímulos quando se comporta de maneiras diferentes na presença de cada um desses estímulos, porém quando responde de maneira mais ou menos idêntica na presença de vários estímulos, diz-se que ele generaliza esses estímulos.

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