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A Deficiência

Por:   •  1/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.885 Palavras (16 Páginas)  •  207 Visualizações

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  1. Como se deu a deficiência em sua vida?

A deficiência foi descoberta quando eu estava no ano pré-escolar. Eu estava desenhando uma arvore e pintei o tronco de verde e as folhas da arvore na cor marrom, diante disso a professora me questionou as cores, pois, para mim as cores utilizadas no desenho estavam certas e a partir disso eu fui orientado a procurar ajuda de um médico oftalmologista.

  1. Quais as maiores dificuldades encontradas atualmente?

Eu possuo certa dificuldade no transito, com as cores do sinal, pois alguns sinais são colocados de maneira diferente do habitual e isso me confunde, sendo assim preciso procurar ajuda imediata para me dizer as cores.

Outro exemplo é os Jogos de cartas, que é algo que também me proporciona confusão. Meu daltonismo não me impediu de ter habilitação, pois foi feito um teste para medir o meu grau de daltonismo, sendo assim constatado que a condição não me impediria de dirigir.

  1. Quais as maiores dificuldades pessoais que você encontrou após torna-se uma pessoa com deficiência?

Uma dificuldade bem curiosa e engraçada foi durante um namoro, em que eu achava que os olhos da minha parceira eram verdes, mas, eram azuis.

As tonalidades me deixam muito confuso no dia-dia, como escolha de roupas e descrições de fisionomias.

  1. Você faz algum tratamento especifico?

Não recorro a nenhum tipo de tratamento especifico, mas tenho conhecimento de um projeto de óculos, capaz de fazer com que o daltônico enxergue cores vibrantes e com tonalidades próximas da realidade

  1. O que é que sua deficiência ou limitação não lhe permite fazer?

              Na época da faculdade eu fazia muitos trabalhos envolvendo computação gráfica, minha maior dificuldade era na escolha dos designs de cores, eu me via com uma limitação muito grande, pois a grade de cores e tons da tabela Pantone, geralmente usada em artes gráficas é imensa, limitando a realização do meu trabalho, pois havia grande confusão na hora de realizá-lo, com isso acabei desistindo da área gráfica.

  1. Conte um pouco sobre sua trajetória escolar, nos espaços de educação comum e educação especial.

 Como foi descoberto o daltonismo ainda criança, na fase pré-escolar, todos meus desenhos eram pintados de preto e branco, eu não queria confundir as cores por me sentir excluído socialmente, diante disso minha professora sempre exigia cores em meus desenhos, por eu não corresponder a essa exigência eu acabava tirando notas baixas.

Durante o Fundamental e Ensino Médio não foi relatado dificuldades.

  1. Como é sua vida profissional?

Não tenho vida profissional ativa.

  1. Como é sua vida social?

Na vida social, minha maior dificuldade é quando as pessoas usam cores como referência de encontro ou localização, desde vestimentas até a cor do muro da casa.

  1. Quais os recursos utilizados para superar suas dificuldades resultantes da deficiência?  

No meu Ensino Médio, me recordo de um professor que levou um tablet para sala de aula, nele havia um aplicativo que tinha o intuito de mostrar para os alunos como era a visão de uma pessoa que tinha daltonismo comparado a uma pessoa de visão normal.

Isso me ajuda muito a entender a minha deficiência e a relação dos meus colegas com a mesma, passando assim para uma vida mais social e uma aceitação de mim mesmo.

  1. Você percebe que há algum órgão do sentido que é mais aprimorado?

Sim, eu percebo que minha audição é bem aguçada, eu toco piano desde muito jovem e apenas com a audição consigo reproduzir algumas músicas, sem a necessidade de partituras ou tablaturas.

  1. Em sua opinião, o que falta na sociedade para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência?

Em minha opinião, falta o preparo das escolas com as crianças portadoras de daltonismo, faltam também informação e divulgação da deficiência pela rede pública das cidades, dando ênfase a como encaminhar o deficiente a uma vida ativa.

Minha avó, por exemplo, foi professora há anos atrás e dizia que o daltonismo "não existia", não era visto como uma doença, mas sim que a criança não tinha aprendido qual cor era qual, insistindo em algo que era impossível de ser compreendido pelo aluno daltônico.

2        MÉTODO

O trabalho foi realizado por três alunos da UNIP, Universidade Paulista do curso de Psicologia. Foi feita uma entrevista onde dois integrantes faziam as devidas anotações sobre a resenha e outra entrevistava o indivíduo.

Usamos papel e caneta para as anotações.

O entrevistado é portador de Daltonismo.

A entrevista foi seguida de um roteiro elaborado pela professora de Princípios Psicológicos Básicos com diversas perguntas, e diversas curiosidades.

Foi realizada a entrevista em local próximo a Universidade onde facilitou a ida do convidado.

A gravação foi feita por um aparelho celular.

3        INTRODUÇÃO

  • SENSAÇÃO

A sensação é um processo primário onde ocorre a interação entre o organismo e o ambiente exterior por meio do tecido sensorial, que compõem os órgãos dos sentidos (audição, visão, olfato, tato, paladar). Através deles a energia do ambiente é codificada em sinais elétricos e a informação ambiental chega à nossa mente através de um determinado nível de estimulação.

  • AUDIÇÃO

O ouvido humano é um o órgão sensorial altamente sensível, organizado em três partes: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno.

Ouvido externo: inclui o pavilhão auricular, meato acústico externo e membrana timpânica. Responsável por captar os sons vindos do ambiente e levá-los à ouvido médio. As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão auricular e conduzidas através do canal auditivo até ao tímpano.
Ouvido médio: onde se encontra os menores ossos do corpo humano,  martelo,  bigorna e  estribo. Estes três ossículos estão ligados à membrana ouvido interno. As ondas sonoras fazem o tímpano vibrar e essa vibração é transmitida à cadeia de ossículos. A tuba auditiva também está presente no ouvido médio, sendo responsável pela pressão aérea.
Ouvido interno: é no ouvido interno que as vibrações são transmitidas à cóclea, (órgão que contém os receptores auditivos). A cóclea é preenchida por um líquido e por minúsculas células ciliadas em toda a sua extensão. As ondas sonoras causam o deslocamento do líquido e por conseqüência as células ciliadas se movimentam e se curvam, esse processo dispara uma reação química que transmite a mensagem para a extensão do cérebro responsável por interpretar a audição. 

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