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A Dificuldades x Transtornos de Aprendizagem

Por:   •  23/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.840 Palavras (12 Páginas)  •  554 Visualizações

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Dificuldades x Transtornos de Aprendizagem

Atualmente, um número significativo de crianças em todo o país vêm apresentando dificuldades frente ao que lhes é ensinado, especialmente diante do processo de alfabetização. Para um melhor entendimento dos profissionais que atuam na área de aprendizagem se faz necessário um entendimento uniforme quanto as diferenças entre dificuldades de aprendizagem e transtornos de aprendizagem estabelecendo assim uma terminologia comum.

A relação da criança com a aprendizagem ocorre de maneira natural e espontânea no curso natural da vida, mas pode em alguns casos apresentar dificuldades específicas de aquisição do saber. Tais dificuldades referem-se a um grupo heterogêneo de transtornos que se manifestam por dificuldades significativas na aquisição e uso da apropriação de saberes relativos à leitura, escrita, cálculos matemáticos, raciocínio lógico ou coordenação motora (DÍAZ, 2011).

Dificuldade de aprender é diferente de transtorno de aprendizagem. As dificuldades de aprendizagem podem ser chamadas de percurso, causadas por problemas da escola e ou da família, que nem sempre oferecem condições adequadas para o sucesso da criança. Nessa categoria, também se incluem as dificuldades que a criança pode apresentar em alguma matéria ou em algum momento da vida, além de problemas psicológicos, como falta de motivação e autoestima (Ohlweiler, 2016).

Os transtornos da aprendizagem compreendem uma inabilidade específica, como de leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.

(Ohlweiler, 2016). São problemas que afetam a capacidade da criança de receber, processar, analisar ou armazenar informações.

Nos transtornos da aprendizagem, os padrões normais de aquisição de habilidades estão perturbados desde os estágios iniciais do desenvolvimento.

O transtorno de aprendizagem é citado tanto pelo DSM-V como o CID-10 (Código Internacional de Doenças), na qual se consta uma “suposição de primazia de fatores biológicos, os quais não interagem com fatores não-biológicos”. Com base no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a origem do transtorno de aprendizagem está no aspecto biológico, por se tratar de um transtorno do neurodesenvolvimento. É interessante reiterar que a origem inclui também uma interação de fatores genéticos ou ambientais que influenciam a capacidade do cérebro de processar ou perceber as informações, tanto verbais como não-verbais.

Tanto o CID-10, como o DSM-V apresentam basicamente três tipos de transtornos específicos: o Transtorno com prejuízo na leitura, o Transtorno com prejuízo na matemática, e o Transtorno com prejuízo na expressão escrita. Os que chamamos de transtornos específicos do desenvolvimento.

Transtornos específicos de aprendizagem

Os transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares compreendem grupos de transtornos manifestados por comprometimentos específicos e significativos no aprendizado de habilidades escolares. Tanto o CID-10, como o DSM-V apresentam basicamente três tipos de transtornos específicos: o Transtorno com prejuízo na leitura, o Transtorno com prejuízo na matemática, e o Transtorno com prejuízo na expressão escrita. Os que chamamos de transtornos específicos do desenvolvimento.(Ohlweiler, 2016).

Quando se entende o que é um transtorno de aprendizagem, suas causas e consequências, os professores passam a compreender os fatores que ocasionam determinados comportamentos. Sendo assim, terão mais condições de aplicar as mudanças necessárias para tratar o comportamento indesejável do estudante.

Os Transtornos da Aprendizagem mais conhecidos são: Transtorno de Leitura (Dislexia), o Transtorno da Matemática (Discalculia), o Transtorno da Expressão Escrita (Disortografia e Disgrafia).

Transtorno de leitura

Dislexia

O Transtorno da Leitura, alternativamente conhecido como dislexia, é um transtorno caracterizado por problemas no reconhecimento preciso ou fluente de palavras, problemas de decodificação e dificuldade de ortografia. Dessa forma, pode-se afirmar que se trata de um transtorno específico das habilidades de leitura, que sob nenhuma hipótese está relacionado à idade mental, problemas de acuidade visual ou baixo nível de escolaridade. (SHINTANI, K.; ARMOND, L; ROLIM, V. 2008).

A dislexia é entendida como um transtorno de aprendizagem, resultado de um déficit específico na linguagem. O indivíduo apresenta, primeiramente, dificuldades na fala devido à dificuldade o processamento fonológico e reflete-se nos processos de leitura (FUKUDA; CAPELLINI, 2012).

O rendimento da capacidade de leitura, assim como a correção, a velocidade ou a compreensão da leitura, é significativamente inferior à media para a idade cronológica, a capacidade intelectual e ao nível de escolaridade do indivíduo.

A dificuldade de leitura apresentada pelo indivíduo interfere de modo significativo nas atividades cotidianas que requeiram habilidades de leitura.

Sob a presença de algum déficit sensorial, as dificuldades de leitura excedem aquelas habitualmente a este associadas.

A leitura oral se caracteriza por distorções, substituições ou omissões, e junto com a leitura silenciosa vem acompanhada por lentidão e erros na compreensão do texto.

Segundo Ohlweiler, dislexia é um transtorno manifestado por dificuldade na aprendizagem da leitura, independentemente de instrução convencional, inteligência adequada e oportunidade sociocultural. Trata-se de uma inesperada dificuldade de aprendizagem, e não incapacidade, e muito menos doença, considerando-se a inteligência média e superior do indivíduo e a oportunidade educacional em que ele se encontra integrado.

A dislexia não é, sinônimo de um QI baixo, pois pode ocorrer em todos os seus níveis, ou de disfunções visuais e auditivas detectadas por meios médicos convencionais. Também não deve ser considerada na sua definição a evidência manifesta de falta de motivação para aprender a ler, ou da presença de condições socioeconômicas desfavoráveis e desviantes.

Estima-se que a dislexia apresenta melhoras com o passar da

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