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A Medicalização da Vida

Por:   •  1/10/2018  •  Artigo  •  720 Palavras (3 Páginas)  •  229 Visualizações

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Nome: Natália Appel

Curso: Relações Públicas

Professora: Mara Lúcia Carneiro

        A medicalização da vida é um assunto no qual causa inúmeros questionamentos no meio acadêmico e nas relações sociais. Esse tema é um gerador de discussões pela sua grande importância na saúde pública, podendo causar debates contraditórios e, também, certos descasos sobre o conteúdo. A medicalização deve ser tratada com muita atenção e estudo, pois é o processo que transforma de forma artificial as questões não médicas em problemas médicos, ou seja, problemas de diferentes ordens que são apresentados como doenças, transtornos e distúrbios psiquiátricos que escondem as grandes questões econômicas, políticas, sociais, culturais que podem vir a atingir a vida das pessoas em geral. Muito se é debatido sobre a recomendação médica diante de diagnósticos precisos em crianças, adolescentes e adultos, contudo, curiosidades foram apresentadas ao longo dos anos. A busca pelo alívio das pessoas em ter a solução imediata para sintomas de qualquer grau é cada vez mais corriqueira, pois diminuir o mal-estar sem compreender as origens desse sofrimento seria o caminho mais rápido para ambos os lados: a indústria farmacêutica e o paciente. A desconfiança inicia quando as pessoas revelam diversos sentimentos, como raiva, angústia, tristeza, medo e são elevadas a graus de patologia, acabando por serem medicadas com anfetaminas, estimulantes, nos quais estão em um crescente exponencial de venda no Brasil.

Os perigos dos efeitos colaterais dos remédios prescritos não estão sendo criticamente avaliados na sua totalidade. Segundo o artigo de Alan Schwarz, a questão social é um grande agravante nas prescrições prematuras. Estudantes de baixa renda que freqüentam escolas públicas têm a tendência a serem usuários de remédios para o tratamento, na maioria das vezes de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), porém, muitas pesquisas mostram a influência da falta de recursos escolares sobre as crianças com baixo rendimento, e acabam por não serem das melhores instituições ou com as mais altas verbas gorvenamentais. No entanto, o que não é debatido é de que a falta de orientação familiar mais as dificuldades sociais podem ser fatores causadores de um diagnóstico equivocado. A tendência de ignorar problemas internos nas famílias, transtornos com possibilidade hereditária ou do apoio financeiro na aprendizagem agrava o crescimento da criança de maneira que a “solução” incline para a medicalização. Sendo assim, o “problema” pode ser resolvido em curto prazo, mas sem haver uma preocupação futura em relação ao bem-estar do jovem em formação.

        Vivemos em uma sociedade que está cercada de estímulos diários e experiências ilimitadas. Crianças e adolescentes estão muito mais sujeitas a serem dependentes de hábitos não saudáveis nesta nova geração do que antigamente, portanto, a medicalização pode muito bem afetar no desenvolvimento destes jovens e, como já comprovado em pesquisas, no agravamento ou surgimento de novos transtornos, como o uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas no período adulto segundo o Dr. Paulo Mattos em uma entrevista para a televisão sobre o TDAH para o programa do Jô Soares. O impacto social dessa problemática causada pela banalização da medicalização é de grande relevância, tendo em vista a desconsideração, também, da realidade escolar pelos profissionais da saúde, pois casos de problemas psiquiátricos causados pelo uso indevido de remédios fortes podem causar tragédias que afetam a saúde social, como tragédias familiares ou no meio do convívio diário do tal paciente. Logo, o acompanhamento preciso do profissional de medicina juntamente com a família deve ser muito bem exercido para chegar a uma conclusão sensata.

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