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A PSICOPATOLOGIA

Por:   •  28/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  788 Palavras (4 Páginas)  •  96 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE PSICOLOGIA

Alexandre Bueno Repetto
Carina Lopes Marques
Gabriela Araújo e Silva
Luisa Almeida Gomes

TRABALHO DE PSICOPATOLOGIA

Saúde mental no mundo: O caso BH

Belo Horizonte
2019

A loucura, historicamente, era vista a partir de uma perspectiva religiosa e moral, onde os considerados loucos eram todos aqueles que se diferenciavam do que era tido como normal na época. Desta forma as pessoas que não se encaixavam no padrão eram retiradas do seu espaço de convívio social e tratadas para voltar a entender o caminho da razão e do bem, de forma punitiva.

Somente no período da Revolução Francesa, quando a ascensão da sociedade demonstra a grande diferença de classes que a loucura é passada a ser vista como doença e necessitava de tratamento.    Nesse período, surge então os manicômios, que ainda tinham um caráter excludente e punitivo, porém abriram espaço para a criação da psiquiatria, que por sua vez se preocupou em descrever e categorizar os sintomas apresentados pelos pacientes, no entanto não ocasionou nenhuma mudança terapêutica. A maior preocupação com o entendimento e, consequentemente, tratamento da loucura só vai acontecer com a psicanálise, que a partir do conceito de inconsciente, trouxe maior compreensão dos transtornos mentais e junto à psicofarmacologia, cujo avanço possibilitou o tratamento dos portadores de transtornos mentais fora dos manicômios, deram força para a reforma psiquiátrica.

Após a segunda guerra ocorreu uma revolta diante das condições insalubres apresentadas nos manicômios, comparadas a campos de concentração, e assim ocorrendo um movimento de indignação da população com relação a forma como os loucos eram tratados. Este movimento foi ganhando força e se sustentando em teorias como a psicanálise, psicofarmacologia e que viabilizou o tratamento fora dos manicômios, até dar origem ao que entendemos hoje como reforma psiquiátrica. No Brasil esta reforma ocorre ligada ao SUS que visa uma desospitalização para a redução do número e duração das internações, mas, principalmente, buscando uma desinstitucionalização da loucura. Um marco decisivo foi o 3º Congresso Mineiro de Psiquiatria que ocorreu em Belo Horizonte, em 1979, que contou com a participação dos usuários, familiares, jornalistas, sindicatos e profissionais da saúde mental, atingindo a opinião pública de todo o país. Desse modo, a reforma psiquiátrica mais incisiva ganhou força no Brasil. Em 1987, o 2º Encontro do Movimentos dos trabalhadores de saúde mental, aliados a outros parceiros abriu caminho para a implementação de políticas públicas com um modelo assistencial que prestam uma assistência integral aos portadores de sofrimento mental.

De acordo com Souza (2008), devido ao modelo implantado não ter alcançado os objetivos desejados, em 2003 veio a tona as inúmeras dificuldades, impasses e contradições na rede, deste modo, a política e a própria reforma psiquiátrica foram amplamente discutidas. Entre os principais desencadeadores dessa crise de 2003 estão a baixa efetividade das respostas das crises do atendimento

 contínuo, ou seja, não houve uma diminuição do quadro de internação dos hospitais        

psiquiátricos, e número insuficientes de CAPS/Cersam, queda da qualidade, uso excessivo de medicalização, prática manicomiais, entre outras.

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