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A Psicologia Escolar

Por:   •  24/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.487 Palavras (14 Páginas)  •  249 Visualizações

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Psicologia Escolar

Introdução

O texto “Psicologia Escolar: histórias, tendências e possibilidades” tratam de um modo mais amplo como os alunos e até mesmo os profissionais da área abordam os problemas e as funções de acordo com o contexto educacional, onde tem como aspecto abordar dois objetivos principais, nos quais um tem como finalidade analisar questões relacionadas aos citados fatores, cujo esclarecimento torna-se fundamental para motivar mudanças no panorama precário de atuação, e em segundo plano formular uma proposta do que consideramos uma atuação adequada, ou pelo menos promissora, através da sugestão de diretrizes para a prática profissional. De modo que esses dois objetivos permeiam as diferentes seções mostradas através da história do surgimento e as influências no desenvolvimento da Psicologia Escolar no mundo e no Brasil, de acordo com as posturas assumidas por seus profissionais nas últimas décadas, com uma visão panorâmica das atuações que acorreram também em outros países, englobando também uma proposta de atuação para o psicólogo educacional. Sobretudo, o texto espera passar subsídios que respondam questões emergentes que prometem através de vários pontos de vista mostrar uma atuação excelente desse profissional da área.

Os fatores históricos e sua relação com a Psicologia

  Os fatores históricos estão entre as dificuldades consideradas de acordo com as origens da Psicologia Escolar, antes mesmo de possuir status na área de atuação e conhecimento na área psicológica. Estabelecendo  o marco inicial de uma Psicologia positiva e experimental, foi criado um laboratório na Universidade da cidade de Leipzig, na Alemanha, por volta de 1879 por Wilhelm Wundt, em contraposição a um saber puramente especulativo ou teórico a ser abandonado. Mas, Francis Galton, em 1884, na Inglaterra, cria no University College de Londres, um laboratório de Psicometria, que vem com propósito de estudar as diferenças individuais das escolas, por meio da mensuração das faculdades mentais. No entanto, apesar do laboratório de Galton estar funcionando por meados do século XIX, somente por volta do século XX, que Binet com parceria de Simon, conseguem enfim construir a primeira escola métrica da inteligência infantil. Por meio dos programas de mensuração advindos da construção da escola, conseguiram a aceitação da época, podendo assim levar esses programas para outros países, inclusive o Brasil. Já nos Estados Unidos, a escola de classificação de Binet e Simon foi modificada, por volta de 1916, para que fosse adaptada aos estudos que foram desenvolvidos por Lewis Terman, que utilizada o cálculo do Quociente Intelectual (QI), que resultava na multiplicação da aceitação do trabalho com testes. James Catell, que foi um dos pesquisadores que trabalhava com testes no Estados Unidos, também se preocupava sobre as diferenças individuais, o que levou a criar o termo “testes mentais” que designou um certo tipo de medida que permitiria comparar a capacidade do individuo. Por consequência do sucesso obtido, os testes foram utilizados como meio de justificar o que levava os alunos bons e maus a se separarem, como também as crianças normais e anormais, nas escolas não só americanas, mas, também nos outros países. Esse grande sucesso da psicometria, teve como indica a perspectiva assumida pela Psicologia Escolar, desde o seu nascimento da identificação de um modelo aplicabilidade técnica voltada para a classificação, seleção e adaptação dos indivíduos.

A Psicologia e a Educação no Brasil

  A psicologia e a Educação no Brasil surgiram primeiramente através dos padres Jesuítas da Companhia de Jesus, sendo assim os primeiros exploradores portugueses a chegar à colônia, com objetivo de catequizar os índios. Os Jesuítas ensinaram as crianças a ler, escrever, contar e cantar, além de várias outras atividades educativas que foram realizadas entorno deles. Onde se destacavam nomes como Alexandre de Gusmão, Manoel de Andrade Figueiredo, Azeredo Coutinho, Mathias Aires Ramos da Silva de Eça, Francisco de Mello Franco, além de outros, trataram dos escritos sobre aspectos psicológicos que foram passamos como processo educativo naquela época. De acordo com os aspectos de modernidade e de representatividade acerca dos problemas psicológicos, teve como tratamento, a personalidade e desenvolvimento infantil, prêmios e castigos para manipulação do comportamento, aprendizagem, relação pais-filhos, relação entre o jogo e o desenvolvimento, as emoções e etc. No entanto, só era possível se referir às ideias psicológicas, se não houvesse preocupação em relação a pesquisa e o conhecimento empírico. Só no decorrer do século XIX que a especulação filosófica vai ceder gradativamente espaço para exercício metodológico experimental. Nesse mesmo período, o Brasil tinha assim deixado condição de Colônia e se tornado Império, surgindo assim os Liceus Provinciais, como é o caso do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Com a corte portuguesa transferida para o Brasil, passou a se desenvolver uma estrutura para formação de quadros para os aparatos administrativo e repressivo da sociedade brasileira. Ainda no mesmo período, a preocupação com a educação desde o período colonial era evidente, passou a assumir um caráter mais sistemático por causa das reformas educacionais. No meio dessas reformas, a relação que envolvia os processos pedagógicos e o conhecimento sobre o funcionamento psíquico passou a ser tratado com uma atenção especial. Já em 1890, a Reforma Benjamin Constant, passou a ser decretada, levando em conta o conhecimento psicológico, tornando obrigatório nos currículos das escolas normais, visando incrementar a formação de professores, criando no Rio de Janeiro o Pedagogium, marco primeiro da Psicologia Educacional brasileira, que foi destinada a ser um centro de pesquisas educacionais e um museu pedagógico. Logo em 1906, o Pedagoguim, juntamente com Binet, é criando assim um laboratório sob orientação dos mesmos, que foi destinado ao estudo de aspectos psicológicos relacionados a Pedagogia.

A Psicologia Educacional/Escolar no século XX

  O grupo de Psicologia Escolar/Educacional, visa primeiro tentar evitar a dicotomia observada em certa literatura sobre o tema, que atribui à Psicologia Educacional como pesquisa e produção referentes a Educação com desenvolvimento e aprendizagem, enquanto à Psicologia Escolar visa as questões do âmbito do exercício profissional. Estudos apontam que a história da Psicologia no Brasil mostra a secundarização, até mesmo abandono, por meio de produção de conhecimentos de pesquisa, para colocar em seu lugar a importação do saber gestado nas matrizes intelectuais americanas e europeia. No entanto, por volta do século XX o processo de desenvolvimento da Psicologia no Brasil, passa a refletir com mais clareza a adoção das perspectivas positivista e experimentalista. Algumas das principais referências eram: O Laboratório  de Psicologia Pedagógica, juntamente com o Pedagogium; O Laboratório de Pedagogia Experimental; junto à Escola Normal de São Paulo; e os primeiros trabalhos de Lourenço Filho com o teste ABC de maturidade para a leitura escrita. Já a USP, vem se constituindo com importante referência no desenvolvimento de uma “Psicologia Pedagógica”. Logo em seguida, a cátedra de Psicologia Educacional é criada, vindo assim o Laboratório de Pedagogia Experimental, embora desde aquela época surge os registros do início dos trabalhos de orientação vocacional de estudantes e universitários, no entanto, só por volta de 1958 com os primeiros cursos de Psicologia do Brasil foram criados. Foi especificamente no estado de São Paulo que a Psicologia Escolar pode encontrar condições para se desenvolver, podendo assim vir alcançar as redes públicas de educação. Por volta de1918, um psiquiatra chamado Ulisses Pernambucano de Mello Sobrinho, surge então com a “Classificação de Crianças mentais”, nome dado que indicava a importância da educação dos deficientes mentais. Mas, foi por volta de 1923, na oportunidade que ocupava o cargo de Diretor da Escola Normal, em Recife, surge também a aplicação de testes de idade mental, com uma ampla e radical reforma pedagógica. Pioneiro no uso da teoria psicológica para experiências práticas, vem imprimir sobre a Psicologia no Brasil uma significativa influencia dos modelos biológicos e físicos da educação e atendimento com perspectivas individuais. Logo em seguida surge a Clínica Orientação Infantil, que depois foi disseminada por todo os estado de São Paulo, dando assim origem ao Departamento de Assistência ao Escolar (DAE) da Secretaria de Educação, onde se concentram os psicólogos da rede estadual de primeiro e segundo grau de ensino, vindo assim ser criadas clínicas psicológicas da prefeitura do Município de São Paulo, que por questão da grande demanda vem requerer um Departamento de Assistência ao Escolar e, neste Departamento, uma Seção de Psicologia, por volta de 1956. Já a partir de 1975, a Seção de Psicologia do DAE, foi transformada em serviço de Psicologia Escolar, tanto do estado, quanto do município de São Paulo, deixando assim as clínicas inserindo-se nas escolas, visando ao “aumento da produtividade do sistema de ensino”, podendo vir também a ampliar  a clientela do Ensino Fundamental. No entanto, só a partir de 1980, que começa a aparecer o ponto de vista da Psicologia, como um novo modela para o trato de questões referentes à Educação. E a partir do final de 1970, vindo assim a refletir o profundo questionamento que a sociedade brasileira fazia pelo regime político, os psicólogos também avaliavam a “quem a Psicologia servia, de fato”, com o modelo de trabalho adotado.

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