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A Psicologia Social II

Por:   •  9/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.745 Palavras (7 Páginas)  •  300 Visualizações

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Equipe: Ivna Ferreira M. Pontes;

Ana Victória;

Letícia Arraes;

Priscila Brasil;

Sara Maria.

Questões da disciplina de Psicologia Social II

  1. Para Paulo Freire, a autonomia se constrói de forma relacional e processual. Explique essa afirmação e discorra sobre como o autor compreende a relação entre autonomia e solidariedade.

O professor permite que o aluno seja autônomo para buscar e produzir seu próprio conhecimento e não apenas o depositando nele, sendo um mediador deste processo. A construção desse conhecimento ira se dar através da relação entre aluno e professor, em que ambos irão compartilhar e aprender conteúdos, e por isso essa autonomia irá se construir de forma relacional e processual. Deixar o aluno ser autônomo e dar liberdade para ele, se torna uma atitude de solidariedade.

  1. Paulo Freire não era adepto às cartilhas ou materiais prontos. Seu método incluía outras práticas. Explique a posição do autor e apresente que práticas são essas.

Paulo Freire pensava em uma  alfabetização  que não fosse feita de uma forma mecânica, mas sim de maneira a se aproximar do contexto cultural e social do estudante. O ensino seria constituído com a mediação entre professor e estudante e proporcionaria a este a criação de autonomia e senso crítico. Dessa forma a metodologia se tornava algo a favor não só do educador, como do educando também. O mesmo criou um método que consistia em 5 fases que levavam ao alcance dessa alfabetização. A primeira era a descoberta do universo vocabular, onde as palavras mais utilizadas pelos alunos eram utilizadas nas lições e depois lhe eram dadas o significado dentro daquele contexto. A segunda fase era a de seleção de palavras dentro do universo vocabular, que eram escolhidas de acordo com alguns critérios como a riqueza sintática, semântica, o poder de conscientização que essa palavra traz, entre outros. A terceira fase é a de criação de situações existenciais dentro do grupo, como desafios que geram problemas solucionados pelo grupo com a ajuda de um coordenador. A  quarta fase é a criação de fichas para ajudar o coordenador nos seus debates e a quinta é a criação de fichas onde se encontram as famílias fonéticas da palavra escolhida inicialmente.

  1. Como se organiza e se fundamenta o círculo de cultura?

O Círculo de Cultura é um lugar e uma estratégia de aprendizagem em que um coordenador se organiza circularmente com um grupo de pessoas e os participantes discutem juntos sobre determinado assunto ou tema. Aqui não há um professor detentor do saber, nem um aluno que nada sabe e necessita memorizar conteúdos.

  1. Paulo Freire faz uma crítica à educação tradicional denominando-a de educação bancária. O que o autor pretende com a utilização desse termo?

Na visão freiriana, esse modelo de educação parte do pressuposto que o aluno nada sabe e o professor é detentor do saber, criando então uma relação vertical entre o educador e o educando. O professor, sendo o que possui todo o saber, é o sujeito da aprendizagem, aquele que deposita o conhecimento e o  aluno é o objeto que recebe o conhecimento. A educação vista por essa ótica tem como meta, intencional ou não, a formação de indivíduos acomodados, não questionadores e submetidos à estrutura do poder vigente.

5)        A alfabetização de adultos é uma questão central na obra de Paulo Freire. O autor desenvolveu uma proposta metodológica específica para esse tipo de alfabetização. Porque criar um método diferente para alfabetizar adultos? O que a educação de adultos possui de diferente em relação à educação de crianças?

Paulo Freire acredita que é necessário aproximar o conhecimento do estudante para que esse possa se identificar com o que está sendo estudado e possa ser mais autônomo nesse processo. Sendo assim, torna-se fundamental considerar o contexto socio-cultural dos alunos, principalmente adultos, e trazer o conteúdo para dentro da realidade em que eles vivem. Um método diferente para adultos seria, portanto, necessário, pois o interesse pela leitura e pela escrita tem mais chances de crescer estando conectado com a experiência real dos alunos, alem de a alfabetizaçao ser uma forma de desvelar a realidade e se conectar efetivamente a ela.

6)        A palavra empoderamento está sendo muito utilizada nos últimos anos. O que essa palavra significa na teoria freiriana e porque é considerada um conceito fundamental nessa teoria?

Para Paulo Freire, empoderado é aquele(a) grupo, pessoa ou instituiçao que realiza de forma autonoma mudanças e açoes voltadas para sua evoluçao e amadurecimento. Pode-se, ainda, denominar empoderamento como a conquista de liberdade por um grupo que esteve subordinado ou oprimido anteriorimente. É um conceito fundamental devido a sua aplicaçao no contexto educacional e devido a proposta de tornar o estudante autonomo no seu processo de aprendizagem, nao estando subordinado a um professor, por exemplo, numa relaçao de hierarquia, mas sim numa relaçao de construçao e crescimento.

7)         Conscientização é um termo de extrema importância na obra de Freire. Explique a compreensão do termo na teoria freiriana e diferencie-o da tomada de consciência.

A conscientização é o aprofundamento da consciência crítica que é ao mesmo tempo ação/reflexão/ação para a superação da realidade opressora, sendo em virtude disso, um apelo à ação. Paulo Freire insiste na importância da educação para a conscientização, sendo este um processo de libertação, de intervenção no mundo, de recuperação da vocação humana que é ser sujeito no mundo e com o mundo, e não objeto de dominação. Todo ser humano é capaz de travar relações com o mundo em que vive, transformar-se e transformar a realidade, fazer cultura, fazer história e responsabilizar-se por ela. Ele propõe que que através da educação possa haver uma conscientização, e os homens sejam capazes de agir por si mesmos, e transformar sua realidade, com sua consciência crítica, não apenas acatando a realidade opressora oferecida a eles, levando à uma libertação.

A diferença entre os dois conceitos, justifica-se pois a “tomada de consciência” seria apenas o momento anterior à conscientização, sem um aprofundamento crítico, somente o reconhecimento subjetivo da situação, mas sem o engajamento da ação numa perspectiva transformadora. Já a conscientização consiste no desenvolvimento crítico da tomada de consciência. Segundo Freire, a conscientização implica, pois, que ultrapassemos a esfera espontânea de apreensão da realidade, para chegarmos a uma esfera crítica na qual a realidade se dá como objeto cognoscível e na qual o homem assume uma posição epistemológica. A conscientização é, neste sentido, um teste de realidade. Quanto mais conscientização, mais se “desvela” a realidade, mais se penetra na essência fenomênica do objeto, frente ao qual nos encontramos para analisá-lo.

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