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A Resenha Estimara

Por:   •  28/5/2019  •  Resenha  •  444 Palavras (2 Páginas)  •  100 Visualizações

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O documentário retrata a história de Estamira, uma senhora de 62 anos na época da gravação, nascida em 07/04/1942, moradora do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho de Campo Grande – RJ. O documentário conta sobre a saúde mental da própria Estamira.

Logo de início são apresentadas várias falas de Estamira, falas confusas e com vocabulário limitado, aparentemente se tratando de uma pessoa com visão espiritual de mundo completamente diferente do que é dado como normal, apesar das falas confusas e vocabulário limitado Estamira parece muito convicta do que diz, em suas verbalizações fala muito sobre Deus (o qual ela não acredita existir) e a vida. Outras figuras também moradoras do aterro também aparecem e dão seus relatos de vivencia no local, o que nos ajuda muito a entender um pouco mais da vida de Estamira.

Outras figuras como os filhos de Estamira também aparecem, e são nas cenas de diálogo com eles que conseguimos entender um pouco mais sobre a saúde mental da senhora. Traumas da vida de Estamira nos são apresentados, como quando pediu algo ao avô e recebeu como resposta que ganharia o que queria se deitasse com ele, e sobre seus casamentos também, que foram dois, em ambos Estamira fora maltratada, sendo deixada de lado e traída pelos maridos. Estamira traz também em suas narrativas sobre a mãe, que teve um quadro patológico e fora internada por ela em um hospital psiquiátrico que ela chama de “hospício”, em alguns momentos fala sobre a tristeza de ter internado a mãe. Diante de tais narrativas conseguimos perceber que não se trata de uma fuga convencional, mas sim de um quadro de esquizofrenia, que fora diagnosticado após ter sido violentada pela segunda vez.

Em suas narrativas Estamira fala bastante sobre religião, a qual faz duras críticas, desigualdade social, e seus traumas passados, porém sempre fala com bastante firmeza e convicção.

Estamira faz acompanhamento psiquiátrico e tem consciência de seu diagnóstico, faz uso de medicamentos controlados. Porém assim como nas suas questões existenciais, Estamira tem uma ideia muito convicta sobre seus diagnósticos que ela não acredita ser verdadeiro, pois ela não acredita ter uma deficiência mental e sim dons espirituais, mas que nada tem a ver com Deus e sim algo maior.

Estamira se mostra feliz na sua forma de viver, o que para muitos de nós é visto como uma forma ruim de vida, para ela é diferente, foi nessa forma de viver que Estamira se encontrou, fez amigos, tira seu sustento e vive exatamente como quer viver, Estamira vê o mundo de uma forma diferente do convencional. O que nos traz um questionamento sobre a saúde mental e o quadro patológico, sobre a distinção do “normal” e “anormal.

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