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A Resenha Filme Jornada da Alma

Por:   •  30/10/2022  •  Resenha  •  816 Palavras (4 Páginas)  •  153 Visualizações

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Resenha analítica do Filme JORNADA DA ALMA

SILVIA JARA

Jornada da Alma fala sobre o caso de terapia da paciente russa Sabina Spielrein acompanhada por Carl Jung. Sua internação se deu após a perda da irmã.

A história relatada no filme mostra o envolvimento de Jung com Sabina durante sua internação. E, posteriormente, após a alta da paciente. Durante a internação Jung utilizou os conceitos freudianos da psicanálise. O filme da traz dois conceitos importantes da psicanálise e das terapias de forma geral.

O primeiro é o conceito de transferência que, para a maioria dos autores pode ser conceituado como “o conjunto de todas as formas pelas quais o paciente vivencia junto com o psicanalista, na experiência emocional da relação analítica, todas as representações que ele tem do seu próprio self, as relações objetais que habitam seu psiquismo e os conteúdos psíquicos que estão organizados como fantasias inconscientes, com as respectivas distorções perceptivas, de modo a permitir interpretações do psicanalista, as quais possibilitem a integração do presente e do passado, o imaginário com o rela, o inconsciente com o consciente.”(Zimermann)

O conceito de transferência mudou ao longo de toda a evolução da psicanálise diversas vezes, mas hoje parece ser um fenômeno normal e até desejável dentro do processo analítico.

A transferência acontece no filme quando Jung possibilita que a paciente se aproxime dele e projete nele a figura de alguém que lhe protege e lhe ama, o que ela parece não reconhecer no pai. Sabina vê no psicanalista essa figura o que é esperado e até conveniente para a terapia porque possibilita trazer conteúdos que talvez não surgissem sem essa transferência. Sabina se sente segura com Jung, se sente amada e respeitada. Nesse sentido, a transferência é positiva e até mesmo esperada dentro do processo terapêutico. O psicanalista atento ao processo percebe essa transferência e se coloca e se mantem nesse papel para gerar uma proximidade com o paciente, podendo assim explorar e compreender diversos aspectos relevantes par o processo terapêutico. A interação é mais produtiva porque revela sentimentos e emoções que estão ‘escondidas’ no discurso comum do paciente. No entanto, é preciso que o terapeuta esteja atento a esse fenômeno que é comum nas terapias. O surgimento desse fenômeno entre paciente-analista demanda um profissional bem estruturado e muito trabalhado em suas questões para que tenha total controle desse ‘laboratório’ que ocorre entre ele e o paciente.

Durante o processo terapêutico, e por ser a primeira vez que Jung o utilizava, acredito que o desejo de curar a paciente tenha sido tão importante para Jung que nem mesmo ele percebeu que estava ultrapassando seus próprios limites e quebrando regras para chegar a cura de Sabina.

Jung começa a perceber o seu envolvimento emocional com Sabina e se afasta por alguns dias da paciente. Nesse período ela tenta o suicídio. Jung tinha uma ligação muito forte com a paciente e, talvez por seu envolvimento emocional ou por sua forte intuição, sente e percebe o que acontece com ela.

No entanto, Jung não consegue controlar isso e surge o fenômeno da contratransferência.

A contratransferência é

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