A Resenha NASF

Resenha – Vídeo: NASF em ação.

O vídeo mostra um grupo de crianças e adolescentes, composto por apenas uma menina, além da supervisora que é uma mulher.

Inicialmente todos se sentam em uma roda no chão, onde foram identificados através de crachás com seus nomes, a supervisora então, anota em uma cartolina as regras do grupo e deixa claro que ninguém é obrigado a participar da roda de conversa e das atividades. Todos presentes permanecem sentados na roda e começam a conversar sobre os motivos de estarem ali.

As crianças são bastante agitadas, se mexem no lugar o tempo inteiro e falam atropelando os outros, os dois adolescentes já são mais contidos, falam pouco e se comportam bem perante o grupo.

Após a apresentação dos integrantes e das regras, a supervisora propõe uma atividade, que ela denomina como “jogo da verdade”, a atividade consiste em girar uma caneta que aponta para duas pessoas e uma delas faz uma pergunta a outra, o diferencial foi que a supervisora já havia preparado as perguntas e colocou-as em um saquinho para serem sorteadas no decorrer do jogo.

No inicio eles se mostram bastante desapontados com a atividade, principalmente os meninos que querem jogar bola, então o observador e a supervisora sugerem que façam a atividade escolhida e as recreações como filmes, futebol, sejam feitas em outro momento se eles se comportarem e seguirem as regras do grupo. Por fim, a atividade é aplicada com êxito, todos participam ativamente, fazem a leitura das perguntas e respondem sem reclamar ou questionar a atividade.

O que mais nos impressionou foi a facilidade das crianças em interagirem entre si mesmo com supervisão de adultos, apesar de bastante agitados, não houve momento de timidez, falavam, opinavam e brincavam uns com os outros e com os supervisores da atividade sem se incomodar. A supervisora também nos surpreendeu bastante, firme com o que planejou e com suas ideias, mas também bastante descontraída com os membros do grupo, fazia questão de chamá-los para a atividade, auxiliava quando um ou outro não sabia/queria ler e incentiva todos a responder.

Na nossa visão a fundamentação teórica utilizada neste caso é a denominada Mediar o diálogo, metodologia desenvolvida por Vigotsky, que diz que é importante oferecer desafios para que a criança desenvolva mais do que sua condição atual permite aprender. Esta metodologia é indicada para grupos, onde o supervisor promove situações de interação, seja em forma de diálogo, trocas de experiências, jogos, etc.

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