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ATENÇÃO SECUNDÁRIA: PAPEL DO PSICOLOGO

Por:   •  2/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  633 Palavras (3 Páginas)  •  6.186 Visualizações

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                 O modelo de atenção à saúde, no Brasil, vem sendo continuamente ajustado para o atendimento integral ao usuário, com inclusão e ampliação de serviços. Neste contexto, mencionamos o papel do psicólogo.

De acordo com Erdmann (2013), na rede de saúde, a atenção secundária é formada pelos serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre a atenção primária e a terciária, historicamente interpretada como procedimento de média complexidade. Esse nível compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento de urgência e emergência.

O autor esclarece que os tipos de atendimentos realizados na atenção secundária compreendem consultas ambulatoriais de especialidades médicas e odontológicas, atendimentos de urgência e emergência, atendimentos em saúde mental, certos tipos de exames laboratoriais e de imagem e cirurgias. Com isso, a realização dessas práticas é viabilizada pelo uso de prontuário eletrônico, agenda informatizada e transporte de pessoas em situação de risco, por exemplo, SAMU e ambulância da UPA.

O autor menciona que ainda “há falta de clareza” quanto a tipo de serviço prestado nos pontos de atenção do nível secundário, em especial, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).  E, destaca a importância deste modelo “imprescindível na resolubilidade e integralidade do cuidado, com ampliação do acesso a consultas e procedimentos especializados, articulando os pontos da RAS que tradicionalmente encontravam-se distantes”.

O estudo foi desenvolvido em Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Policlínicas, Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), espaços de práticas de saúde que integram a atenção secundária, no município de Florianópolis, Brasil.

 Alguns estudos sobre a atuação do psicólogo, no contexto da atenção secundária no Brasil, mostram uma atuação que não atende as necessidades da saúde coletiva. Por isso, os profissionais de Psicologia possuem o desafio de redimensionar suas práticas, e assim contribuir para a formulação e a implantação de novas políticas.

Os profissionais, mesmo após dois anos de formação e de treinamento específicos, como é o caso das residências multiprofissionais, se deparam com situação indefinida na atenção básica, por não encontrarem espaço e condições para desenvolverem seu trabalho no modelo de atenção à saúde que pretendem se firmar. Isso acontece, principalmente, com os profissionais não tradicionalmente incluídos no setor saúde, como é o caso do psicólogo. Deve-se deixar claro que o espaço referido diz respeito ao campo da atenção básica, ou seja, à unidade local de saúde e à comunidade de sua área envolvida. O que falta aos psicólogos é fazer parte de uma equipe de saúde interdisciplinar, é a condição de terem a possibilidade de assumir o papel de profissionais de saúde, como os demais, e não exclusivamente o de especialistas na atenção especializada.

O psicólogo é um profissional com grande potencial de contribuição, porém, tem sido pouco mencionado nas políticas. Ele é incluído apenas nos níveis secundário e terciário de atenção, sendo que a relação que esse profissional estabelece com a atenção básica, segundo os documentos, se dá através da atribuição de apoio matricial às equipes de saúde da família. Então, pode-se dizer que o psicólogo é visto exclusivamente como especialista, e não como um profissional de saúde geral.

Na atenção secundária 6 (seis) documentos fazem referência ao psicólogo no nível secundário de atenção e apontam 7 (sete) locais diferentes para a sua inclusão. Dentre as equipes em que o psicólogo é incluído na atenção secundária, destacam-se três: NAPS/CAPS, equipes de apoio em saúde mental e NASF, sabe-se que estas desempenham o papel de apoio matricial, modelo de atenção à saúde mental na atenção básica.

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