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Analise do livro parto e puerpério com o filme nove meses

Por:   •  3/9/2015  •  Resenha  •  1.977 Palavras (8 Páginas)  •  888 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE PAULISTA

PSICOLOGIA – 2° ANO

ARMANDO D. RIGON

CAMILE CRISTINA ALFREDO

ANÁLISE DO FILME NOVE MESES

                                                       

         

 DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO    

 Profª. Maria José Oger

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

JUNHO/2015

Análise comparativa do filme: Nine Months (Nove Meses) com o livro: Psicologia da gravidez, parto e puerpério de Raquel Soifer

Sinopse do filme: Nove meses

Samuel Falkner (Hugh Grant), um terapeuta de crianças, não tem nenhum filho e não faz planos para isto. Assim, fica bastante abalado quando Rebecca Taylor (Julianne Moore), sua namorada há cinco anos, diz que está grávida. Repentinamente Samuel tem pesadelos e fantasias paranoicas de como o matrimônio e a paternidade mudarão sua vida e, para piorar, conhece Martin Dwyer (Tom Arnold) e Gail Fletcher Dwyer (Joan Cusack), que têm três filhas, sendo que Gail está grávida novamente. Samuel considera o modo de vida deste casal assustador, mesmo quando Martin e Gail dizem que ter um filho é o máximo. Samuel e Rebecca passam a brigar frequentemente e, quando ele esquece o dia da ultrassonografia, Rebecca não o perdoa e vai para a casa de Martin e Gail. Sozinho, ele vê a gravação da ultrassonografia e isto o emociona, assim decide deixar de ser tão egoísta, pois está na hora de enfrentar suas responsabilidades.

Introdução do livro: Psicologia da gravidez, parto e puerpério - Raquel Soifer

“O objetivo desta publicação é expor e salientar os últimos desenvolvimentos psicológicos no campo da gravidez, parto e puerpério, dentro de um enfoque social que inclui a mãe, o pai, a criança e o ambiente social que os rodeia.”

Procura-se sintetizar e transmitir o resultado de dezesseis anos de trabalho em psicoprofilaxia obstétrica e psiquiatria infantil, efetuado em instituições e em prática psicanalítica particular. O trabalho institucional se realizou mediante a assistência direta da gestante (incluindo aulas, grupos de discussão, participação no parto e acompanhamento no puerpério). A prática psicanalítica particular abrangeu o tratamento de homens e mulheres em vias de se tornarem pais, bem como a psicanálise de crianças.

Serviu de esquema referencial para nossa tarefa o acervo psicanalítico em geral, mais os subsídios de Melanie Klein e, de modo especial, as contribuições realizadas em nosso país por diversos autores, principalmente:

Desejamos notar muito especialmente a grande receptividade existente em nosso meio para tudo quanto represente uma ajuda na tarefa de cuidar das crianças. Essa receptividade, baseada na disposição afetuosa em relação aos filhos e traduzida na assídua consulta particular e institucional, permitiu amplo desenvolvimento e difusão, tanto as técnicas de psicoprofilaxia obstétrica como dos métodos de psiquiatria infantil.

Tal desenvolvimento se fez à base do trabalho pioneiro de numerosos profissionais.

“A primeira parte do livro intentará particularizar as diferentes ansiedades e problemas que surgem durante a gravidez, no parto e no puerpério a segunda parte exporá uma modalidade de trabalho em um centro materno infantil.”

Abaixo seguem as observações constatadas durante a análise:

O primeiro fato observado e citado na literatura proposta é de que a personagem Rebecca Taylor já possui desejo inconsciente de ser mãe, fato este constado na cena onde a mesma observa as crianças na praia enquanto o pai Samuel Falkner, apresenta objeção aparente com receio de que todas as crianças sejam agitadas e sem comportamento adequado e medo da instabilidade e alteração provocada pelo nascimento de uma criança.

No livro, após a descoberta da gravidez o pai se sente surpreso e apresenta indiferença o que segundo a autora pode acarretar em:

  • Atos extraconjugais ou fuga no trabalho; abandono e sintomas psicossomáticos.
  • Reativação de sentimentos edípicos e de conflitos com a figura feminina.
  • Temor às relações sexuais alegando preocupação com o bebê (inconsciente temor à castração)
  • Fealdade da mulher e rejeição, necessidade excessiva de proteção e temor aos danos da gravidez.
  • Sensação de exclusão e inveja.

O personagem tem sonhos com um casal de louva-deus o devorando, pois segundo seu amigo a fêmea se alimenta do macho após o acasalamento, isso podemos observar a manifestação do inconsciente em relação ao temor de ser pai e não ser capaz de cuidar do filho, nos aspectos afetivos e sociais.

O filme apresenta também um casal, Marthy e Gail, que já possuem três filhos e esperam pelo o quarto bebê, em grande harmonia, nos mostrando o quanto a aceitação social e o conhecimento sobre a gestação oferecem um menor nível de ansiedade a família, facilitando o processo gestacional e posteriormente o puerpério e pós- parto.

A mãe relata a colega que se sente cansada, o que no livro, Raquel traz como sonolência sintoma comum na gestação que pode estar relacionado com a negação, mas tem caráter positivo, pois permite uma melhor elaboração e preparação do organismo para este momento.

A seguir o pai se vê novamente pressionado a amadurecer, pois a gestação exige mudanças no cotidiano como trocar um carro ou doar o gato, no livro a autoriza defende esta insegurança como medo da necessidade de se tornar adulto e não ser capaz de lidar com isto ou de ser capaz de educar um filho e inconsciente complexo de castração, o pai apresenta negação. Neste momento a mãe cogita a possibilidade de separar.

Posteriormente o casal decide ter relações sexuais, porém o medo de machucar a criança é maior e o ato não ocorre. A literatura apresenta que o sexo é saudável na gestação, pois ajuda na harmonia conjugal, diminui os ciúmes de ambos, promove o relaxamento e colabora na elasticidade e flexibilidade da musculatura do períneo. Não é indicado em casos de ameaça de aborto ou placenta prévia.

Por volta dos três meses e meio inicia-se a percepção dos movimentos fetais que é descrito no filme como sensação de bolhas no estomago, nas gestações onde ocorre a negação podem se iniciar até o quinto ou sexto mês. É despertada grande ansiedade, pois há queixa frequente de pontapés (fantasias hostis com o bebe, onde projeta o medo na criança, horror ao incesto).

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