Capitulo 1 livro psiquiatria Dinâmica
Por: Fabiane De Siqueira • 24/11/2017 • Resenha • 3.442 Palavras (14 Páginas) • 362 Visualizações
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Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília
Curso: Psicologia  | |||
Professor: Sandra Maria Vitória Calheiros  | Data: 12/04/2017  | ||
Disciplina: Psicopatologia II  | |||
Aluno (a): Fabiane Rodrigues de Siqueira  | Matrícula: 15211120083  | 
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RESUMO CAPITULO I e II
A psiquiatria dinâmica tem como base teórica a Psicanálise. A teoria, a principio Freudiana, tem como principio analisar, se aprofundar e tentar organizar em setores o mundo interno do paciente, vindo da perspectiva que, caso exista alguma patologia ou um estado mental alterado, haverá um caos instalado no mesmo. “A teoria não apenas guia o clínico em direção a uma compreensão diagnóstica, mas também indica um tratamento para cada paciente” (p. 33/35).
Dentro dessa base teórica haverá uma divisão de quatro partes: psicologia do ego; teoria das relações de objeto; psicologia do self; e teoria do vínculo.
PSICOLOGIA DO EGO:
A psicologia do ego irá estabelecer os principais fundamentos da psicanálise na perspectiva de Freud. O fundador da psicanálise introduz uma estrutura de três partes, que serão regentes da psique humana: o ego, sendo a parte mais racional, sendo responsável pelas tomadas de decisões e pela integração das informações do mundo externo; o id, sendo a parte mais impulsiva e centrada na busca do prazer a qualquer preço e a qualquer hora; o superego, tendo como função proibir e determinar o que a pessoa irá ser, fazer ou sentir com os impulsos do id e também do ego, tendo como base a internalização dos valores dos pais e da sociedade.
Nessa perspectiva de três partes há outras três categorias estruturais: o inconsciente, o pré-consciente e o consciente. O ego é „influenciado‟ pelas três categorias, portanto o individuo tem em parte o controle dessa instância. O superego já „habita‟ as duas dimensões, mas está mais imerso no lado inconsciente. O id é totalmente inconsciente, sendo então a instância que o individuo tem menos controle de suas funções e ações.
“O superego, o ego, e o id brigam entre si, assim como a sexualidade e a agressão esforçam-se para se expressar e descarregar” (p. 34/37). Este conflito entre as três partes é o grande gerador da ansiedade, que por
Figura 1 – Fonte: http://tinyurl.com/js8dtes
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fim irá trazer um desnível de controle e sendo necessária, então, uma criação ou manutenção de um mecanismo de defesa. A partir desse conflito é possível verificar o sintoma, sendo que este é uma “formação de compromisso” que irá defender o ego dos desejos impulsionais do id, mas também irá gratificar o mesmo de uma forma não direta.
Anna, filha de Freud, foca os aspectos defensivos da psique, mudando a dinâmica psicanalítica de procura da formação neurótica para uma dinâmica da procura das patologias do caráter. Todos os mecanismos de defesa têm em comum a proteção do ego contra exigências instintivas do id (Freud, 1926/1959 apud p, 37). Os mecanismos de defesas não podem ser chamados, totalmente, de patológicos ou anormais, portanto há uma hierarquia classificatória que os integra desde a defesa mais imatura ou patológica até a mais madura ou saudável (Vaillant, 1977 apud p,37).
Mecanismo de Defesa  | Descrição  | ||||
Defesas Primitivas  | |||||
A separação completa das experiências que envolvem  | |||||
outras pessoas. Quando o individuo é confrontado com suas  | |||||
contradições no comportamento, no comportamento e no  | |||||
Cisão  | afeto, encara as diferenças com uma suave negação ou  | ||||
indiferença. Essa defesa impede que o conflito tenha  | |||||
origem na incompatibilidade dos dois aspectos polarizados  | |||||
do self e do outro.  | |||||
É um mecanismo de defesa intrapsiquico e uma  | |||||
comunicação interpessoal. Este fenômeno implica em  | |||||
comportar-se de tal maneira que irá pressionar outra pessoa  | |||||
Identificação projetiva  | a adquirir alguma característica de um aspecto do self ou de  | ||||
um objeto interno. A pessoa que é alvo da projeção  | |||||
começa, então, a se comportar, pensar e sentir de acordo  | |||||
com o que foi nela projetado.  | |||||
A percepção de e a reação a impulsos internos inaceitáveis  | |||||
e seus derivativos, como se eles estivessem fora do self.  | |||||
Projeção  | Difere da identificação projetiva pelo fato de o alvo da  | ||||
projeção não mudar os seus comportamentos, pensamentos  | |||||
e sentimentos.  | |||||
Rompimento do sentido de continuidade da pessoa em  | |||||
diversas áreas, como por exemplo, na memória, identidade  | |||||
própria, consciência ou percepção, como forma de reter  | |||||
Dissociação  | uma ilusão de controle psicológico devido ao desamparo e  | ||||
à perda de controle. Apesar de ser parecida com a cisão, em  | |||||
casos extremos, a dissociação pode envolver alteração da  | |||||
lembrança de eventos, devido a essa desconexão entre o  | |||||
self e o evento.  | |||||
Atribuição de qualidades perfeitas ou quase perfeitas à algo  | |||||
Idealização  | exterior ao self, como forma de evitar a ansiedade ou  | ||||
sentimentos negativos, como o desprezo, inveja ou raiva.  | |||||
Atuação  | Representação impulsiva de um desejo ou fantasia  | ||||
inconsciente para evitar o afeto doloroso.  | |||||
Somatização  | Conversão de aspectos/estados emocionais, como a dor ou  | |||||||||
o estresse, a aspectos/estados físicos.  | ||||||||||
Retornar a fases precoces do desenvolvimento ou ter  | ||||||||||
Regressão  | funcionamento de hesitação de conflitos e tensões  | |||||||||
associados ao nível de desenvolvimento atual da pessoa.  | ||||||||||
Fantasia Esquizóide  | Recolhimento para o mundo interno e privado da pessoa  | |||||||||
para evitar a ansiedade em relação a situações interpessoais.  | ||||||||||
Defesas neuróticas mais elaboradas  | ||||||||||
Internalização de aspectos de uma pessoa significativa  | ||||||||||
como forma de lidar com a perda dessa mesma pessoa.  | ||||||||||
Introjeção  | Pode  | também ser introjetado um  | objeto ruim ou  | hostil  | ||||||
como uma forma de ilusão de controle sobre o objeto. A  | ||||||||||
introjeção ocorre de forma não-defensiva como parte  | ||||||||||
normal do desenvolvimento.  | ||||||||||
Internalização de qualidades de outra pessoa, tornando-se  | ||||||||||
igual à mesma. Enquanto a introjeção leva a uma  | ||||||||||
Identificação  | representação internalizada vivenciada com algo a parte de  | |||||||||
si, a identificação é vivenciada como parte do self. Essa  | ||||||||||
também pode servir a funções não-defensivas no  | ||||||||||
desenvolvimento normal.  | ||||||||||
Sentimentos associados a uma ideia ou a um objeto  | ||||||||||
Descolamento  | deslocados para outro que se assemelha de alguma forma  | |||||||||
ao original.  | ||||||||||
Intelectualização  | Utilização de ideação excessiva  | e abstrata  | para  | evitar  | ||||||
sentimentos difíceis.  | ||||||||||
Isolamento Afetivo  | Separação de uma ideia de  | seu estado afetivo associado  | ||||||||
para evitar um turbilhão emocional.  | ||||||||||
Racionalização  | Justificação  | de  | atitudes,  | comportamentos  | e  | crenças  | ||||
inaceitáveis para torná-las toleráveis para si mesmo.  | ||||||||||
Usar significados sexuais a um objeto ou comportamento  | ||||||||||
Sexualização  | para  | transformar  | a experiência  | negativa  | numa  | outra  | ||||
excitante e estimulante ou para afastar ansiedades  | ||||||||||
associadas ao objeto.  | ||||||||||
Formação Reativa  | Transformar  | um  | desejo ou  | impulso inaceitável  | em seu  | |||||
oposto.  | ||||||||||
Expulsão de impulsos ou ideias inaceitáveis ou o  | ||||||||||
impedimento de que entrem na consciência. Esta defesa  | ||||||||||
Repressão  | difere da negação, pois está associada a dados sensoriais  | |||||||||
internos, enquanto a negação está associada a dados  | ||||||||||
sensoriais externos.  | ||||||||||
Tentativa de negar implicações sexuais, agressivas ou  | ||||||||||
Neutralização  | vergonhosas a partir de um comentário ou comportamento,  | |||||||||
elaborando, esclarecendo ou fazendo o oposto.  | 
Supressão  | Decisão consciente de não prestar atenção a um sentimento,  | 
estado ou impulso em particular.  | |
Tentativa de eliminar aspectos prazerosos da experiência  | |
em função de conflitos internos produzidos por tal prazer.  | |
Ascetismo  | Muito ligado ao celibato ou quando há uma situação em  | 
que, conscientemente, o individuo não pode satisfazer tal  | |
desejo.  | |
Comprometer-se com as necessidades dos outros, mais do  | |
que com suas próprias necessidades. O comportamento  | |
Altruísmo  | altruísta pode ser utilizado a serviço de problemas  | 
narcisistas, mas também pode ser a fonte de grandes  | |
realizações e contribuições construtivas para a sociedade.  | |
Antecipação  | Retardamento de gratificação imediata ao planejar e pensar  | 
sobre realizações futuras.  | |
Sublimação  | Transformar objetos socialmente ou internamente  | 
inaceitáveis em outros socialmente aceitáveis.  | |
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