TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

DISCIPLINA: Estágio Bás. I – Prát. em Instit. Comunitária

Por:   •  10/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.146 Palavras (5 Páginas)  •  204 Visualizações

Página 1 de 5

[pic 1]                                       FACULDADE PITÁGORAS - CAMPUS IPATINGA/MG

                                      CURSO: Psicologia

                         DISCIPLINA: Estágio Bás. I – Prát. em Instit. Comunitária

                                       PROFESSOR: Onair Zorzal Correia Junior

                                       NATUREZA DO TRABALHO: Relatório Parcial I

ESTÁGIÁRIO: Luzilenia Miranda de Souza

No dia 31/03/15, ás 14h30min horas foi realizado a segunda visita ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) localizado na Rua Usiminas, 85 – Bairro Vila Formosa – Ipatinga – Minas Gerais.  Quando cheguei á recepção fui surpreendida com uma noticia que não haveria a reunião com o grupo de mulheres. Foi aí que perguntei á mim mesma, o que farei aqui? sendo assim o trabalho seria realizados apenas pelos profissionais internos do  CRAS. Neste período de espera observei que chegou uma senhora que seria atendida pela assistente social ,que logo me chamou para acompanhar o caso. Essa senhora dirigiu-se ao local para a solicitação do BPC-Beneficio de prestação continuada, que inclusive foi negado uma vez por esta ainda não ter completado 65 anos de idade. Após conferir a documentação necessária, a assistente social deu um formulário para essa senhora preencher, enquanto isso a mesma relatou que sustenta a família apenas com o dinheiro do beneficio da bolsa família. Mora com ela, a filha e dois netos, e eles recebem ajuda da igreja para complementar a renda. A assistente social informou para essa senhora atendida que após o pagamento de seu beneficio, perderia o beneficio da bolsa família, mas pediu pra que orientasse á filha para vir ao CRAS pra se cadastrar. A minha percepção diante do caso dessa senhora que afirmou se sustentar apenas com o dinheiro da bolsa família, é que de fato esse beneficio não combate á pobreza, muitas vezes mulheres até tornam dependente do beneficio. Mas diante do caso e dos relatos que ouvi, consigo entender o porquê de muitas famílias terem tanto medo de perder esse beneficio, pois há casos em que este é o ultimo recurso. E na maioria das vezes essas pessoas que são tachadas de “escravos” do governo por conta disso, na verdade são pessoas carentes de informações e que acreditam não possuir autonomia pra conseguir um emprego e receiam perder os benefícios cedidos pelo governo. De acordo com Bronzo (2008) citado por Moreira et al (2012) Ao considerar o duplo caráter da pobreza como um fenômeno que envolve dimensões de falta de recursos e também dimensões subjetivas relativas a valores e comportamentos, seria necessário alterar as condições limitadoras, investir no poder que cada pessoa possui, na autonomia, nas competências e na capacidade de autodesenvolvimento,  visando ao aumento da capacidade de ação dos seres humanos para a superação da pobreza. Suponho que a autoconfiança e a autoestima são menores em pessoas de classes sociais mais baixas, sendo assim são necessário programas de conscientização para as pessoas á respeito dos seus direitos e deveres, bem como o seu valor na sociedade, visto que isso pode contribuir para que elas possam enfrentar e reduzir essa vulnerabilidade em que vivem. Na mesma sala acompanhei um segundo caso de uma família em situação de vulnerabilidade, onde uma Senhora de aproximadamente uns 50 anos afirmou cuidar de Seu esposo que vivia acamado, ela disse que seus medicamentos eram bem caros e que não dispunha de recursos pra comprar, pois a renda da família era apenas o beneficio recebido pelo esposo. Ao ser questionado pela assistente social sobre a possibilidade de encontrar os medicamentos no posto de saúde do seu bairro, a senhora disse que esses remédios não eram disponibilizados na unidade de saúde. A assistente social encaminhou essa senhora para outra Assistente social da unidade de saúde de seu bairro para que fosse solicitado ao município á compra dos remédios, visto que isso é um direito do cidadão quando este não possui recursos para comprar. Após isso a Assistente social afirmou para á senhora que ela receberia uma cesta básica até que a situação se resolvesse. Mas, no entanto se fosse superado á questão do medicamento já seria importante para que a situação fosse controlada. Após o atendimento que ocorreu nesse dia conversei um pouco com a Assistente social sobre algumas questões do meu estágio, pois até o momento não acompanhamos o trabalho da psicóloga no CRAS, pois o a demanda é a mesma, mas o olhar de ambos os profissionais são diferentes diante de uma intervenção, embora haja compartilhamento de saberes. De acordo com Senra (2012) com o trabalho conjunto entre os profissionais do Serviço Social e Psicologia constitui-se como um ponto de conflito gerando dúvidas quanto ao complemento e  especificidade em relação á  atuação de ambos, pois Psicólogos e Assistentes Sociais questionam-se uns aos outros sobre seus papéis e funções diante da realidade com que têm que lidar no cotidiano do trabalho. Diante dos questionamentos, surgem inúmeras dificuldades quanto às possibilidades de intervenção no campo sem que sejam aprofundadas de modo coletivo. Diante de algumas considerações feitas por mim e a Assistente social pensamos sobre a importância da minha observação como estagiária ao modo de como o psicólogo trabalha diante de conflitos e dificuldades que acontecem no decorrer de sua atuação. Agradeci muito á Assistente social pela receptividade e pelas considerações que foram muito valiosa pra mim. Despedimo-nos e ela disse que veria a possibilidade da minha participação em um grupo dirigido pela psicóloga do CRAS.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6.5 Kb)   pdf (177.5 Kb)   docx (301.5 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com