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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E EPISTEMOLÓGICOS DA PSICOLOGIA

Por:   •  28/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  9.504 Palavras (39 Páginas)  •  423 Visualizações

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 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

ISAMARA ARAÚJO

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E EPISTEMOLÓGICOS DA PSICOLOGIA II

Relatório semestral

ASSIS/2015

SUMÁRIO

Aula 2: O PARADIGMA CIENTÍFICO DO PENSAMENTO MODERNO...................4

Aula 3: A DESCOBERTA DA SUBJETIVIDADE.......................................................9

Aula 4: CIÊNCIA EXPERIMENTAL DA SUBJETIVIDADE......................................15

Aula 5: A CONSCIÊNCIA E O MUNDO FÍSICO: BRENTANO E HUSSERL..........18

Aula 6: O PROBLEMA ALMA E CORPO.................................................................22

Aula 7: PRINCÍPIOS DE PSICOLOGIA...................................................................24

Aula  8: PRINCÍPIOS DE PSICOLOGIA..................................................................24

Aula 9: PRINCÍPIOS DE PSICOLOGIA DA GESTALT...........................................26

Aula 10: PRINCÍPIOS DE PSICOLOGIA DA GESTALT.........................................28

Conclusão................................................................................................................30

Referências Bibliográficas.......................................................................................32

O PARADIGMA CIENTÍFICO DO PENSAMENTO MODERNO 30/09

Nessa aula é tratada a ciência e de que forma se dá o conhecimento, abordando a ciência platônica, o pensamento moderno e a relação homem e natureza que forneceu base para o paradigma científico moderno. Primeiro temos contato com o pensamento de Platão, que foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga.

 Segundo Platão as coisas mundanas, ou seja, cor, textura, tamanho, não possuem um ser verdadeiro. Isso significa afirmar que os que os olhos vêem, os ouvidos ouvem ou qualquer dado advindo dos sentidos não podem ser tomados como verdadeiros, pois podem ser consideradas apenas opiniões. Temos contato com o conceito de percepção sensível que mostra a relatividade dos sentidos, pois cada pessoa sente e interpreta os dados dos sentidos de forma diferente.

Segundo Platão somente o que pode ser verdadeiro são as idéias, “as formas originais de todas as coisas” (Mann, 2015) e são delas que se obtém o conhecimento verdadeiro. As idéias ou formas residem no mundo inteligível - fora do tempo e do espaço – e não no mundo sensível ou material. Sua natureza seria perene e imutável. Os objetos do mundo comum organizam suas estruturas segundo a estas idéias primordiais, não sendo capazes de revelá-las em sua plenitude, sendo apenas cópias.

Discutimos também as idéias apresentadas por Descartes em seu famoso livro “Discurso do método”. Em seu livro, apresentou “incertezas em relação ao conhecimento filosófico e cientifico do seu tempo, com ênfase na temática do engano e da necessidade do exercício radical da dúvida.” Descartes prega que devemos desconfiar de tudo que foi aprendido por nós no decorrer de nossas vidas sem que fizermos exercício da razão. (DESCARTES, 1989)

Para que chegasse ao verdadeiro conhecimento por meio da lógica, da geometria e da álgebra ele formulou quatro regras fundamentais que deveriam ser seguidas para atingir seu objetivo na busca pelo “verossímil”.

Primeiro, devemos evitar a precipitação, só aceitando como verdadeiras as coisas conhecidas de modo evidente como tais e somente admitir aquilo que se apresentasse clara e distintamente, excluindo qualquer dúvida. Segundo, dividir cada dificuldade em tantas parcelas quanto seja possível e quantas necessárias para resolvê-las, depois disso, terceiro, conduzir em ordem esses pensamentos, começando pelos mais simples a fim de chegar até o conhecimento mais composto. Quarto, sempre revisar tudo que se foi pensado a fim de se certificar que nada foi omitido. (DESCARTES, 1989)

Sobre o paradigma cientifico foram discutidos o plano do conhecimento e a relação do homem com a natureza. No plano do conhecimento foi tratado em sala a importância da contemplação, considerando que a observação faz parte da prática experimental sendo bastante relevante para o novo paradigma do saber. O professor considerou que “toda teoria prévia, todo pensamento dedutivo e toda forma de especulação deveriam ser submetidos a confirmação pela observação dos fatos”. Há leis que presidem essas ações de observação e experimentação devendo ser claras e simples, encontrando nas idéias matemáticas suas expressões. Diante disso é possível verificar a importância da matemática na ciência moderna.

A matemática é considerada a língua universal, usá-la implica, através da quantificação, em tornar universal a essência dos acontecimentos naturais, o que, também, despreza as qualidades particulares das coisas.

Ainda sobre o paradigma cientifico no âmbito da relação do homem com a natureza, foi discutida a concepção fundamental do mundo moderno: o mundo como maquina. Essa ciência visa o controle da natureza, conhecer, portanto, torna-se “atuar sobre as coisas vistas.” (SANTOS, 2009).  A ciência moderna é objetificação do mundo. Entretanto, “a promessa de dominação da natureza conduziu a uma exploração excessiva e despreocupada dos recursos naturais” que acarretou catástrofes ecológicas, à ameaça nuclear, destruição da camada de ozônio e a emergência das tecnologias que possam concertar esses desequilíbrios causados pela própria ciência moderna e sua sede de dominação. De repente o corpo humano transformou-se em mercadoria. (Santos 2009,)

Matrizes do pensamento psicológico (FIGUEIREDO, 1995)

Esse texto trata sobre o caráter operante que surgirá na relação homem e mundo no século XX e a criação da psicologia nesse meio com o objetivo de controlar o subjetivismo. Segundo o autor, a razão contemplativa que tinha como objetivo somente a obtenção da verdade, sendo apenas um meio de apreensão empírica da essência das coisas, vai acabar cedendo lugar para à razão e a ação instrumental, no qual o homem buscará tornar-se senhor da natureza. Dessa forma, a finalidade utilitária aparecerá como justificativa e legitimação da ciência, não deixando de lado a tradicional busca da verdade objetiva. “Subordinação do conhecimento cientifico à utilidade, à adaptação e ao controle.”

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