O Bloqueio da Escrita Acadêmica

RESENHA – Bloqueio da Escrita Acadêmica: caminhos para escrever com conforto e sentido

O capítulo se inicia com uma citação à Boice sobre sua fundamentação ao tratamento aos bloqueios da escrita com seus cinco princípios da composição literária:

1 - Automaticidade da escrita.

2 - Escrita aproximativa por meio da pré - escrita.

3 - Geração e manutenção da escrita através do arranjo do ambiente para escrever.

4 - Estratégias de auto controle para prevenir a reincidência do bloqueio da escrita.

5 – Compartilhamento do sofrimento para escrever e da própria escrita.

O autor segue explicando que apesar dos preceitos acima seguirem uma certa lógica progressiva da geração da escrita à sua socialização isso não implicaria em uma indicação de seus usos de maneira direta e inflexível. Ainda nos lembra que Boice não estaria nos mostrando nada de algo muito novo, mas sim sublinhando princípios da composição literária colocados de forma consciente, ou não por vários escritores e escritoras reconhecidos quando enfrentam problemas em começar e manter seus projetos literários.

Em um próximo bloco, que tem como subtítulo: A escrita livre como permissão para escrever errado, o autor inicia comunicando sobre a escrita livre ou a escrita automática ser a estratégia mais citada na literatura acadêmica e não acadêmica para o tratamento do bloqueio da escrita e prossegue relatando o histórico de sua origem nos posicionando no período e quais teriam sido os responsáveis e suas razões para tais atribuições com base em uma citação dele referenciando a Boice. E ele continua relatando que tais ferramentas teriam caído em descrença no mesmo período, na arena científica, justamente por que as mesmas pertenciam ao campo da religião e da ideologia romântica, tornando objeto de pesquisa psicológica apenas na primeira metade do século XX com a tradição behaviorista em psicologia a responsável pelas primeiras investigações sistemáticas sobre aquela prática. Houveram críticas e interpretaram tal investigação como ela sendo superficial e mecânica, citando a opinião de Boice em que ele diz que a associação da escrita livre ao behaviorismo incorreu em um erro de percepção, visto que está abordagem não teria inventado ou proposto a escrita livre como muitos críticos haviam alegado à época, e erro acontece também pelo fato de que a mesma teria sido criada antes mesmo do behaviorismo vislumbrar estudos científicos sobre o bloqueio da escrita e dessa forma o behaviorismo apenas havia validado o que já era conhecido.

O autor faz uma citação direta sobre um argumento de Boice:

“Suas estratégias [estratégias apresentadas por behavioristas] de tratamento do bloqueio da escrita (por exemplo, gráficos diários de progresso, estabelecimento de contingências para assegurar escrita regular) já eram usadas há muito tempo por romancistas famosos”. (1993 a, p. 33):

E prossegue com uma explanação sobre a escrita livre e logo nos mostra através de bases teóricas como tal prática é eficaz e podendo despertar no mais medíocre escritor a capacidade de pôr em prática

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