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O DIAGNÓSTICO NO TDAH ADULTO E A QUALIDADE DE VIDA

Por:   •  27/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.750 Palavras (19 Páginas)  •  426 Visualizações

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O DIAGNÓSTICO NO TDAH ADULTO E A QUALIDADE DE VIDA

                                                                    Gislaine Luiza Magalhães de Freitas Ruzene[1]

                                                                                        Iradilma do Espírito Santo Cerqueira[2]

                                                                                                              Nancy Julieta Inocente[3]

                                                      Resumo

As manifestações comportamentais geralmente aparecem em múltiplos contextos, incluindo a própria casa, a escola, o trabalho ou situações sociais. Este artigo objetiva identificar o diagnóstico para portadores adultos do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade e sua interferência na Qualidade de Vida. A pesquisa é uma revisão bibliográfica recente sobre TDAH a partir de levantamento de artigos na BVS/Scielo e livros sobre o tema estudos consultados apontaram que em muitos casos não se tem clareza dos sintomas que os adultos acometidos pelo transtorno apresentam sintomas estes que prejudicam a boa qualidade de vida em âmbito social, profissional, pessoal e familiar . Conclui-se sobre a necessidade de estudos interdisciplinares relacionados ao TDAH adulto que possam auxiliar no diagnóstico com novas pesquisas, as quais proporcionem melhor qualidade de vida.

Palavras-chave: TDAH adulto. Qualidade de vida. Sintomas.

                                                 Abstract

Behavioral manifestations usually appear in multiple contexts, including their own home, school, work or social situations. This article aims to identify the diagnosis for people with adult Attention Deficit Disorder / Hyperactivity Disorder and their influence on quality of life. The research is a recent literature review on ADHD from levntamento articles in BVS/ Scielo and books on the subject consulted studies have shown that in many cases there is no clear symptoms that adults affected by the disorder present. These symptoms that impair quality of life in a social, professional, personal and family. We conclude on the need for interdisciplinary studies related to adult ADHD that may assist in diagnosis with new research, which provide a better quality of life.

Key words: ADHD in adults. Quality of life. Symptoms.

1 Introdução

O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é marcado pela complexidade. O que causa o TDAH é neurológico e, por isso, ele é altamente hereditário(DOUGLAS,1970;  BARKLEY, 2011).

Vasconcelos e colaboradores (2003) compararam a taxa de prevalência de TDAH, às estimativas em diferentes estudos. Essa comparação é de pesquisas que apresentam taxas de prevalência de apenas 2% e outras, com taxas de 16%, percentual atribuído pelos autores devido à disparidade dos instrumentos utilizados e à diferença da população.

Segundo um estudo conduzido por Smalley e colaboradores (2007) para a avaliação da prevalência de TDAH em adolescentes finlandeses, a ocorrência do transtorno é de 8,5%. .

A avaliação da prevalência de TDAH em adultos nos Estados Unidos deu uma estimativa de 4,4% da população de 18 a 44 anos. Foi diagnosticada também, uma alta taxa de comorbidades com transtornos psiquiátricos, como: transtornos do humor, bipolar, ansiedade (Kessler e colaboradores 2006).

A análise da prevalência do TDAH e suas comorbidades[a] no Brasil feita por Pastura, Mattos e Araújo (2007), em uma amostra de escolares do Rio de Janeiro, resultou em 8,6%.

Segundo Barkley e cols. (2011) o TDAH causa uma deficiência séria em todos os domínios da vida adulta, desde a educação até o trabalho e a família.

Nesse contexto, questiona-se: em quais aspectos o diagnóstico e o tratamento em TDAH em adultos beneficia o indivíduo em sua trajetória?

Há evidências de que o desconhecimento do transtorno gera um grande sofrimento psíquico porque o paciente ignora o que o transtorno  provoca na sua vida. Assim, esta revisão bibliográfica objetiva discutir sobre o  diagnóstico em portadores do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade em adultos e sua interferência na qualidade de vida.

2 Método

O levantamento da produção científica sobre o tema “A dificuldade do diagnóstico no TDAH Adulto interfere na sua qualidade de vida” foi realizado nos livros e artigos por meio de uma pesquisa na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Optou-se por utilizar como material apenas livros e artigos científicos, por considerar a acessibilidade desse tipo de publicação para os profissionais de saúde.

Utilizou-se, para a busca, as seguintes palavras-chave: TDAH, histórico, tratamento, adulto. Ao final do levantamento, obteve-se um total de 28 artigos, sendo que, destes, apenas 20 foram analisados, por satisfazerem o critério de inclusão, ou seja, abordar a temática “O diagnóstico no TDAH adulto e a qualidade de vida".

Procedeu-se, então, à análise do material, seguindo-se as etapas: leitura exploratória, a fim de conhecer todo o material; leitura seletiva, por meio da qual foram selecionados os livros e artigos pertinentes aos propósitos da pesquisa e leitura analítica dos textos, momento de apreciação e julgamento das informações, evidenciando-se os principais aspectos abordados sobre o tema. Finalmente, passou-se à etapa leitura interpretativa, a qual conferiu significado mais amplo aos resultados obtidos com a leitura analítica.

3 A trajetória do TDAH

Ao longo da história, o transtorno de déficit de atenção hiperatividade passou por diversas nomenclaturas até chegar ao nome atual.

A primeira referência médica ao TDAH ocorreu em 1902 pelo pediatra inglês George Fredrick Still, ao realizar uma série de conferências no Royal College of Physicians sobre crianças que tinham comportamento agressivo e eram desafiadoras e resistentes à disciplina. Foi feita uma análise clínica de 20 crianças, nas quais se identificaram comportamentos problemáticos, como: fúria emotiva, crueldade, malícia, inveja, desonestidade, promiscuidade, agressão, imoralidade sexual, ausência de modéstia e vício. Esses comportamentos foram intitulados “defeito da conduta moral”, rotulando os pais como portadores de tais condutas, o que era um pensamento da sociedade da época. Porém, Still reconheceu que alguns membros das famílias dessas crianças apresentavam problemas de depressão, alcoolismo e alterações de conduta, ajudando a constatar uma ligação hereditária (ROTA, 2006).

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