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O Ensino Superior e a Atuação Docente em Tempos de Pandemia

Por:   •  4/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  3.733 Palavras (15 Páginas)  •  183 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA ENSINO SUPERIOR: POLÍTICAS PÚBLICAS E ATUAÇÃO

DOCENTE

O ENSINO SUPERIOR E A ATUAÇÃO DOCENTE EM TEMPOS DE PANDEMIA

CAMILA DO VALE

CAMILA PETYK CERONI

KATIA MURARA

MARINGÁ

2021

CAMILA DO VALE

CAMILA PETYK CERONI

KATIA MURARA

O ENSINO SUPERIOR E A ATUAÇÃO DOCENTE EM TEMPOS DE PANDEMIA

Trabalho apresentado como critério de avaliação parcial da disciplina Ensino Superior: Políticas Públicas e Atuação Docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá.

Prof.ª Dr ª. Sônia Mari Shima Barroco

MARINGÁ

2021

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo fazer uma breve retomada histórica sobre a construção do sistema educacional brasileiro, em especial ao ensino superior e trazer reflexões sobre a atuação docente na área de Psicologia a partir de março de 2020, momento em que ocorreu o início da pandemia que assola o país até os dias atuais. Nota-se que muito foi avançado nas políticas públicas de educação, mas que ainda existe um longo caminho a ser percorrido por entes governamentais e sociedade para a consolidação efetiva do ensino de qualidade. Conclui-se que o contexto pandêmico escancarou fragilidades do sistema educacional brasileiro, que docentes travam batalhas diárias para se reinventar diante da atualidade e que tais situações podem vir acompanhadas de consequências à saúde mental dos mesmos.

Palavras-Chave: Ensino Superior. Atuação Docente. Pandemia.  

Introdução

        Este trabalho surgiu das inquietações e reflexões proporcionadas pela disciplina intitulada “Ensino Superior: Políticas Públicas e Atuação Docente”. O conteúdo trabalhado na disciplina fez com que fosse possível refletir de forma crítica sobre a construção das políticas públicas de educação no Brasil, pensando especialmente no ensino superior atrelado a área de Psicologia, desse modo, o presente trabalho pretende realizar uma breve retomada histórica sobre a construção de Políticas Públicas de educação no Brasil, com foco na atuação docente no ensino superior e posteriormente trazer reflexões atuais relacionadas ao contexto pandêmico vivenciado desde março de 2020.

Entendendo o sistema educacional brasileiro

O sistema educacional brasileiro é organizado pela lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. A lei determina que a educação básica seja dividida em: pré-escola, ensino fundamental e ensino médio, e, além dessas, estabelece as diretrizes do ensino superior e profissionalizante.

De acordo com a lei citada acima a educação escolar deve vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social, tendo como alguns dos seus princípios: 1) igualdade de condições para acesso e permanência na escola; 2) liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; 3) pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; 4) respeito à liberdade e apreço à tolerância; 5) coexistências de instituições de ensino públicas e privadas; 6) gratuidade do ensino público; 7) valorização do profissional da educação escolar; 8) garantia de padrão de qualidade; 9) valorização da experiência extra-escolar e 10) direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida (BRASIL, 1996).

As bases e princípios do ensino superior brasileiro

Além desses princípios que norteiam as ações do sistema educacional, é determinado que o ensino superior deve estimular a criação científica, o pensamento crítico e o desenvolvimento cultural, por meio da realização de pesquisas e de divulgação de seus resultados. Portanto, cabe ao ensino superior estimular o desejo de constante aperfeiçoamento dos conhecimentos ao mesmo tempo em que possibilite as condições necessárias à sua realização e materialização (BRASIL, 1996).

A última etapa da educação escolar – para além da educação básica – é a pós-graduação, destacando os cursos de mestrado e doutorado. A oferta desses fica sob a responsabilidade do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) que em conjunto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) avalia a qualidade de cada programa ofertado em todo território nacional. Vale aqui ressaltar que a pós-graduação mantém estreita relação com os níveis anteriores de ensino, por isso o Plano Nacional de Pós-Graduação (2011-2020) estabelece que ao mesmo tempo em que é preciso que o desenvolvimento científico esteja em consonância com o desenvolvimento mundial, é necessário produzir condições para que esse conhecimento alcance todos os cidadãos. Entretanto, apesar dessas prerrogativas, pesquisas apontam que o índice de escolarização dos brasileiros é baixo e que no decorrer da educação básica tem-se muita evasão escolar, além de que quando analisados os números dos alunos presentes na educação básica poucos adentram as universidades e menos ainda atingem a pós-graduação (BRASIL, 2010).

Para tanto, o Plano Nacional de Pós-Graduação (2011-2020) estabelece que sejam realizadas ações que impliquem o melhoramento do ensino básico para que um número maior de crianças e jovens tenham condições de acesso ao conhecimento produzido e de acesso aos programas de ensino superior (graduação e pós-graduação) (BRASIL, 1996; 2010). Em contrapartida a esse ideário de inclusão e de expansão do acesso ao conhecimento já produzido, Azevedo et. al (2016, p.786) afirmam que estamos na Quarta Revolução Industrial, marcada essencialmente pelas tecnologias digitais e que: “Sob o capital, a Quarta Revolução Industrial é, em essência, a conformação da economia baseada no (cerceamento) do conhecimento”, isto é, explicitam o fato de que basear a economia no conhecimento não altera a situação de submissão do trabalhador ao capital, “[...] uma ideologia de inculcação do habitus individualista, da responsabilização do trabalhador por sua empregabilidade, da mercadorização da oferta da educação e do “cercamento” do conhecimento.” (AZEVEDO et. al, 2016, p. 786).

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