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O Grupo Operativo da Terceira Idade

Por:   •  13/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.644 Palavras (15 Páginas)  •  235 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

Claudia Patricia Dos Santos

Fernanda Fernandes

Grupo Operativo da Terceira Idade

Chapecó

2018

INTRODUÇÃO

                                   

        Podemos perceber que o contexto atual da nossa sociedade é o envelhecimento da população. A participação de avós e até bisavós no grupo familiar vem tornando-se algo comum. E com isso, surgem novas necessidades de adaptação, não apenas nas estruturas físicas, mas principalmente no funcionamento da rotina familiar. Considerando as necessidades e limitações que aparecem com a velhice. O presente trabalho teve objetivo de realizar uma observação grupal na instituição Unoesc-Chapecó com a terceira idade do programa Umic, foi realizado a observação por quatro horas e observando os papéis que cada grupo desempenho, foi também realizado oito perguntas relacionadas ao grupo observado, essas perguntas foram entregue ao coordenador do grupo.

O papel social nos grupos da terceira idade é de socializar os idosos para que os mesmos construam autonomia para se relacionar com os indivíduos em outros âmbitos de sua vida. De acordo com Osório (2003), as relações interpessoais e a vida grupal existem desde os primórdios do processo civilizatório dos seres humanos, reconhecendo que este processo é o fator iniciante das relações, sendo que serviu de estímulo para estudiosos do comportamento passar a estudar os fenômenos grupais.

Por meio da observação grupal foi colocado em prática a teoria e a experiência em uma instituição  relacionando esses fenômenos de grupos operativos na terceira idade do qual foi observado e descritos neste relatório. Inicialmente este estudo será abordado o tema de grupos operativos na terceira idade e na sequência uma observação e uma entrevista sobre o grupo atual.

De acordo com Farah (2009) Um grupo é formado por diferentes pessoas, com potenciais, habilidades, dificuldades, valores, crenças e limitações diferentes. Através da interação entre as pessoas de grupo essas formas de ser de cada indivíduo vão se revelando se aprofundando, permitindo trocas. Quanto a definição de grupo: “Um grupo consiste de duas ou mais pessoas que interagem e partilham objetivos comuns, possuem uma relação estável, são mais ou menos independentes e percebem que fazem de fato parte de um grupo.

Fundamentação Teórica

                                   

1.1 A Terceira Idade

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a participação de idosos da sociedade brasileira aumentou significativamente entre os anos de 1999 e 2009, passando de 14,8 milhões para 21,7 milhões em 2009, retratado a tendência do envelhecimento no nosso país. Fato que leva a perceber a participação do papel de avós e bisavós entre o contexto familiar. Outro aspecto abordado foi a feminização da velhice, decorrente da maior longevidade da mulher, como também do costume dos casamentos serem constituídos pelos homens mais velhos que as mulheres, ocasionando um maior número de viúvas do que viúvos. (BAPTISTA; TEODORO, 2012).

Segundo Couto et al (2008) o aumento da população idosa é uma realidade com quem muitos países têm se deparado, com essas mudanças surgem também necessidades a serem questionadas. Muitas famílias, porém, acabam percebendo o idoso como um fardo, um peso, apresentando um desenvolvimento negligenciado. Porém adversidades estão presentes em todo o ciclo evolutivo, o que faz-se necessário é renovar e manter a vida de maneira produtiva e significativa. Os idosos, neste contexto precisam aprender a lidar com possíveis perdas e adaptar-se a novas possibilidades, reforçando com isso as áreas possíveis de danos e novas habilidades que possam ser desenvolvidas. Por se tratar do último ciclo vital, passam por constantes situações de perdas e mudanças de ciclos afetivos. A família, portanto tem um papel fundamental, dando suporte ao idoso.

A forma particular com que cada indivíduo lida com o contexto social, varia de pessoa para pessoa, tendo o poder de definição dessa trajetória de vida e pode interceder pelo bem estar do indivíduo, ampliando a dimensão de seus recursos internos para a construção de seu caminho. As mudanças para alguns não existem e, portanto acontecem involuntariamente e já para outros representam oportunidades oferecidas pela natureza para o contínuo aperfeiçoamento da arte de viver. A conquista da sabedoria permite uma capacidade excelente de julgamento e aconselhamento, envolvendo temas importantes e controvertidos da condição humana, sendo vista como um conhecimento diferencial o rumo ao ideal do envelhecimento bem-sucedido, a manutenção da curiosidade, da alegria interior, do interesse e da paixão pela vida podem contribuir em muito para uma vida plena ao longo da nossa existência (VERAS,1999) .

Existe um grande paradigma quanto ao lugar do idoso na sociedade, surge assim o questionamento da representação social da velhice. Segundo Bosi (1983) aponta que o idoso perdendo sua força de trabalho ele já não é produtor e nem reprodutor. A sociedade valoriza o indivíduo apenas enquanto ele produz, a partir do momento em que pára, é como se ele fosse excluído desse sistema por ser inútil. Contudo, Loureiro (1998) destaca que o status de consumidor de produtos específicos para idosos é mantido àqueles que mesmo depois da aposentadoria continuam possuindo boas condições financeiras.

Segundo Veras (1999) o processo de envelhecimento está associado a uma maior suscetibilidade física e emocional, é certo que a expressão dessas suscetibilidades encontra-se na dependência da complexa interação de fatores físicos, psicológicos, sociais, econômicos e culturais, tornado o envelhecer, por um lado um processo extremamente individualizado e, por outro, marcado pelos padrões socioculturais de uma época, sendo assim, a maneira como o grupo social encara a velhice, como interpreta os adoecimentos e como lida com a perspectiva da morte interfere totalmente na vida de cada indivíduo e em sua auto-imagem, na relação consigo mesmo, na sua capacidade de construir seu próprio caminho, de se adaptar ao meio ou transformá-lo em seu benefício, e na sua relação com os outros, idosos ou não.

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