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O Mal Estar Na Cultura

Por:   •  3/5/2019  •  Resenha  •  856 Palavras (4 Páginas)  •  310 Visualizações

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FACULDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS UNIFIN – RS

Professora: Aluno:

O MAL-ESTAR NA CULTURA

Este texto foi produzido numa época madura da teoria psicanalítica. Já tinha se passado pelos vários estudos de histeria, sonhos, sexualidade, narcisismo, ele já estava com sua teoria formada.

O livro fala sobre tudo aquilo que está oculto na sociedade, na própria cultura, como nós somos enganados, manipulados, do que nos é imposto desde criança desde cedo, até na escola, é ensinado aquilo que interessa ao estado. O homem em si na sociedade é o lobo do próprio homem, um querendo devorar o outro de qualquer maneira, de uma forma egoísta, só pensando nos próprios interesses e objetivos.

Também fala sobre culturas neuróticas, conceitos de projeção, sublimação, regressão e transferência, tudo isso no contexto da sociedade, ou seja, é uma visão da psicanálise que não olha pro indivíduo unicamente, pessoalmente. Ela olha pro indivíduo na vida em sociedade, em como ele se relaciona com outros indivíduos, e como esse relacionamento é potencialmente ruim, frustrante no sentido de não proporcionar a felicidade que o homem busca o tempo inteiro. A nossa busca é constante pela felicidade, e a sociedade, a cultura, a civilização não permitem que alcancemos essa felicidade. Então acabamos desenvolvendo mecanismos.

Freud pega 2 aspectos, o aspecto evolutivo de Darwin e o aspecto filosófico de Nietzsche e vai construir um pensamento em cima disso, de que realmente a sociedade está fadada ao fracasso, então ela vive um constante mal-estar. O mal-estar da época de Freud não é o mesmo mal-estar de hoje. O mal-estar da época de Freud era por conta das privações sexuais, o indivíduo não podia manifestar sua sexualidade, não podia ter prazer no sexo e o sexo era somente para reprodução. Não tinha isso de sexualidade, então tinha que reprimir o seus impulsos sexuais. Hoje em dia isso é verdade? Claro que não, temos que ter cuidado para não ver gente fazendo sexo no meio da rua, não tem mais aquela repressão sexual que existia na época de Freud. Mas nem por isso deixamos de viver num profundo mal-estar por que o que causa o mal-estar mudou mas o mal-estar continua, talvez até mais forte do que naquela época. Freud identificou o motivo básico da insatisfação humana; “Qual o motivo básico da insatisfação humana? A felicidade humana parece não ser a finalidade do universo” ou seja, o universo não está preocupado em fazer você feliz. Freud está querendo dizer que é muito mais fácil você ser infeliz do que feliz. Essas possibilidades estão centralizadas em 3 fontes: Sofrimento físico, corporal, que é você ter uma doença física que vai deixar você infeliz, perigos advindos do mundo exterior, que naquela época eram desastres, catástrofes, acidentes, guerras e distúrbios ocasionados pelas relações com outros seres humanos. Freud diz que “talvez a fonte mais penosa de todas, que é aquela advinda das relações humanas”. Hoje sabemos que somos animais com a diferença de que nosso cérebro tem capacidades cognitivas de pensar, sentir e agir muito além da forma de como outros animais convivem e se desenvolvem, mas percebemos também que nós evoluímos e os animais também. Hoje nós sabemos que nascemos com uma programação que é inviável para vida em sociedade, pois nós nascemos com a programação de buscar o prazer, a felicidade a todo custo, em todas as coisas. Ninguém faz nada para no final daquilo se sentir infeliz, nosso objetivo é buscar a felicidade em tudo o que faz. Mas para Freud a felicidade está relacionada com a questão sexual, pois a felicidade parte de um impulso libidinal, é a libido a energia que faz com que você sinta prazer ou frustação. Na medida que a libido é atendida ela gera prazer, se não é atendida gera desprazer. Freud insinua que todas as vezes que estivermos frustrados, devemos fazer sexo, só que nem sempre isso é possível, pois vivemos numa sociedade com um conjunto de regras, valores éticos e morais, responsabilidade, trabalho, que impedem que a gente faça isso com a constância que os animais que somos gostaríamos de fazer. Então encontramos meios substitutos, prazeres alternativos como esportes, leitura, trabalho, até mesmo drogas, bebidas, etc.

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