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O PAPEL DO PSICÓLOGO JUNTO A FAMÍLIA DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Por:   •  13/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  5.031 Palavras (21 Páginas)  •  211 Visualizações

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O PAPEL DO PSICÓLOGO JUNTO A FAMÍLIA DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

RESUMO 

O objetivo do presente artigo é compreender a atuação do psicólogo junto às famílias de crianças com deficiência intelectual. Com base em uma pesquisa bibliográfica, foi possível verificar as mudanças geradas dentro da dinâmica familiar com a chegada de uma criança que apresenta esta deficiência. Sentimentos como culpa, estresse, impaciência são comuns entre os familiares durante esse processo de superação até chegar à aceitação da criança. E nesse aspecto o psicólogo poderá colaborar, atuando na acolhida e apoio a família.

Palavras-chave: deficiência intelectual, família, psicólogo.

ABSTRACT  ( meu amigo  esta traduzindo) ficou bom???

Keywords: intellectual disability, family psychologist.

 

INTRODUÇÃO

Esse artigo compreende a deficiência intelectual e as questões que a cercam, como parte do desenvolvimento humano e social na perspectiva do acesso aos direitos e à dignidade da pessoa humana. De acordo com Rodrigues (2011), a ênfase se dá na pessoa e não na deficiência.  A dificuldade de compreensão não está relacionada à complexidade da questão, mas sim à ignorância da sociedade em relação a ela, a falta de conhecimento, sensibilidade e aceitação nos casos de um familiar com deficiência, a rejeição e o preconceito em relação a elas são atitudes comuns no cotidiano.

Vale ressaltar que a família constitui o primeiro universo de relações sociais da criança, podendo proporcionar-lhe um ambiente de crescimento e desenvolvimento, especialmente em se tratando das crianças com deficiência intelectual, as quais requerem atenção e cuidados específicos. O impacto sentido pela família com a chegada de uma criança com algum tipo de deficiência é intenso. Segundo Brito e Dessen (1999), esse momento é traumático, podendo causar uma forte desestruturação na estabilidade familiar. O momento inicial é sentido como o mais difícil para a família, que enfrenta muitas mudanças em sua dinâmica, tendo que buscar a sua reorganização interna que, por sua vez, depende de sua estrutura e funcionamento enquanto grupo e, também, de seus membros, individualmente.

A família passa, então, por um longo processo de mudanças e superação até chegar à aceitação da sua criança com deficiência intelectual. Muito importante nesse processo em que ocorre a chegada de uma criança com deficiência, é que exigirá dos membros uma redefinição de seus papéis e o aprendizado de novos valores e padrões de comportamento, a fim de se ajustarem ao novo estilo de vida.        Além disso, os sentimentos dos pais em relação a seu filho com deficiência constituem fatores preponderantes para a adaptação e o bem-estar da família.

Os sentimentos mais frequentes gerados nestas famílias, segundo Silva e Dessen (2001), definem-se como, mágoas, medo, sofrimento em relação à difícil situação de ter um filho deficiente, culpa, estresse, impaciência, entre outros. As famílias restabelecem o seu equilíbrio de maneira variada, dependendo dos recursos psicológicos utilizados para tal fim.

No entanto, nem sempre as famílias possuem estes recursos psicológicos para o retorno a estabilidade familiar, necessitando assim, algumas vezes, do auxilio de um profissional, mais especificamente de um psicólogo. A este, por sua vez, caberá ser um mediador da interação entre: família – deficiente intelectual, analisando as problemáticas enfrentadas por estas famílias.

Com isso, este artigo tem como objetivos específicos: 1) abordar quais são as mudanças e os sentimentos que ocorrem na dinâmica de uma família, quando esta recebe uma criança com deficiência intelectual; 2) compreender como é a atuação do psicólogo com as famílias de crianças com deficiência intelectual.

Para a realização deste artigo, foi feita uma pesquisa bibliográfica, sendo que os autores (BATISTA; FRANÇA, 2007); (SÁ; RABINOVICH, 2006); (SILVA; DESSEN, 2001), que a embasam, tratam sobre as relações familiares quando ocorre a chegada de uma criança portadora de deficiência intelectual, abordam vários aspectos relevantes e focam não só na deficiência em si, mas em todo o contexto familiar e apoio, que tanto a criança especial pode ter, como a família pode receber neste momento.

Trata-se de um artigo que teve como base a pesquisa bibliográfica, a qual, segundo Marconi e Lakatos (2001), é caracterizada como um levantamento de dados com a pesquisa bibliográfica, com dados coletados por outra pessoa. Esta utiliza um método de pensamento reflexivo, em que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. A documentação utilizada pode ser direta ou indireta.  Neste caso, o método de pesquisa foi a pesquisa indireta, ou seja, com base em materiais publicados em que possibilita ao pesquisador ter contato com todo o material reunido sobre um determinado assunto.

  1. Deficiência Intelectual: conceitos e características

No primeiro tópico deste artigo, abordamos questões relativas à conceituação e caracterização da deficiência intelectual, bem como, apresentamos um breve histórico sobre a deficiência.

Durante a Antiguidade, as crianças deficientes eram abandonadas ao relento (CASARIN, 1999). Esta atitude era congruente com os ideais morais da sociedade clássica e classista da época, em que a eugenia[1] e a perfeição do indivíduo eram extremamente valorizadas.

Segundo Pessoti (1984), em Esparta, crianças portadoras de deficiências físicas ou mentais eram consideradas sub-humanas, o que legitimava sua eliminação ou abandono. A deficiência na Idade Média era concebida como um fenômeno metafísico visto pela sociedade como algo “divino” ou “demoníaco”.  Mas, com a influência da doutrina cristã, esse parâmetro mudou, e os deficientes começaram a ser vistos como indivíduos que possuem uma alma e, portanto, eram filhos de Deus.  Assim, não eram abandonados, mas acolhidos por instituições de caridade. Nos séculos XVII e XVIII, ampliaram-se as concepções a respeito da deficiência em todas as áreas do conhecimento, favorecendo diferentes atitudes frente ao problema, da institucionalização, ensino especial e a multiplicação das visões a respeito do deficiente (SILVA; DESSEN, 2001).

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