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O desafio da pesquisa social

Por:   •  17/6/2015  •  Resenha  •  1.176 Palavras (5 Páginas)  •  1.312 Visualizações

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O desafio da pesquisa social[1]

Larissa Araújo de Oliveira[2]

1. Ciência e cientificidade

        O homem, em prol da procura de instrumentos explicativos para sua real existência no mundo, buscou através de mitos e, posteriormente, religiões e filosofias que guiassem sua organização social e espacial, além de suas formas de controle de poder dentro da sociedade. A ciência é caracterizada e encaixada neste contexto.

        Apesar de a ciência ser considerada como um novo mito, sua principal função e pretensão é da formulação de perguntas e busca de soluções, porém, algumas que até hoje não conseguem ser respondidas. Existem duas razões para a hegemonia da ciência sobre as diversas outras formas de conhecimento: de ordem externa e interna.

        As razões de ordem externa é a capacidade de responder à demanda do desenvolvimento industrial (técnica e tecnológica). As razões de ordem interna está na concepção de promover uma linguagem para comunicação que consiste em um controlado e administrado uso de conceitos, métodos e técnicas, buscando entender as coisas, o mundo, as relações destes e os fenômenos.

        O grande questionamento baseia-se na ideia de plausibilidade que permeia as ciências sociais como conhecimento científico. Porém, esta tem imaginado uma ideia mediadora de alta abstração e, diferente das ciências quânticas, por exemplo, não existirem modelos e normas a serem tomados como base. Ou seja, é levado em consideração o que foi construído em determinado tempo ou momento histórico, levando em consideração as variáveis deste.

        A consciência histórica permeia todo o saber/objeto das Ciências Sociais. Em um dado período da história, tem-se suas particularidades e organizações distintas. Porém, não difere tanto ou apresentam similaridades nas civilizações de mesma época histórica. São características de importante peso nas questões sociais: a provisoriedade, o dinamismo e a especificidade. Além destas, apresenta-se a ideia de identidade entre sujeito e objeto, segundo Lévy-Strauss (!975): “Numa ciência, onde o observador é da mesma natureza que o objeto, e o observador é, ele próprio, uma parte da observação”, caracterizando um comprometimento em comum.

        Além deste, existe o fato de as Ciências Sociais se intitularem como intrínsecas e extrinsecamente ideológica e essencialmente qualitativa. O primeiro critério consiste no fato de, na investigação o binômio pesquisador-campo se estabelecerem em consonância – a visão de mundo e a concepção do objeto permeia todo o conhecimento. O segundo critério explora a abordagem e a representação social expressa pela intrínseca relação humana como forma de existência dos seres, englobando suas expressões, significados e símbolos, mesmo que de forma deformada ou incompleta.

2. Conceito de metodologia de pesquisa

        A metodologia engloba: teoria da abordagem (método), os instrumentos de operacionalização do conhecimento (as técnicas) e a criatividade do pesquisador (experiência, capacidade pessoal e sensibilidade). A principal função do método é combater a mediocridade visando um encaminhamento na produção do conhecimento.

        Tem-se como método a pesquisa, as teorias, as proposições e os conceitos.

        A pesquisa consiste no vínculo entre o pensamento e a ação, formulando questionamento a fim de fomentar uma dúvida que pode ser respondida por novos referenciais ou por conhecimentos adquiridos anteriormente.

        As teorias, em sua maioria, são constituídas pelo domínio empírico, visam explicar a realidade como forma de compreensão de um fenômeno e são caracterizadas como o conjunto de proposições. Como exemplo delas, tem-se: positivismo, marxismo e compreensivismo. São funções das teorias: deixar claro o objeto de investigação, identificar e focar no problema, clareza em organização e iluminar análise de dados.

        As proposições seguem características básicas e são caracterizadas como hipóteses comprovadas: serem claras, inteligíveis, debaterem sobre questões reais e relatar  com firmeza as relações abstratas (elementos-fatos).

        Os conceitos são os agentes delimitadores do objeto/tema a ser estudado, seguindo características de valoração (conceito/corrente que foi adotado), pragmatismo (descrever e interpretar a realidade) e comunicação (específicos, porém, abrangentes). São caracterizados em 3 tipos: conceitos teóricos permanecem no nível de abstração; conceitos de observação direta onde o pesquisador trabalha em análises documentais ou em campo e conceito de observação indireta que relacionam o sumo da pesquisa com a observação direta.

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