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O trabalho com grupos de saúde

Por:   •  13/9/2017  •  Resenha  •  1.597 Palavras (7 Páginas)  •  219 Visualizações

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O TRABALHO COM GRUPOS NA SAÚDE UM DIALOGO TEORICO

Sob a forma de um diálogo entre um profissional que deseja elaborar um projeto com grupos e um consultor ao qual irá recorrer para lhe pedir orientação e expor suas dúvidas a autora traz à tona conceitos e autores através de uma leitura agradável e de fácil assimilação do conteúdo, onde se é possível pensar sobre as contribuições que a teoria sobre grupo trazem para o trabalho no campo da saúde, no contexto teórico e prático, assim ampliando as possibilidades desenvolvimento e atuação nesta área.

Logo abarcamos alguns tópicos retirados do texto para discussão:

Fundamentação Teórica da Oficina sustentada por:

  • Dimensão psicossocial, em que introduzimos as ideias de Lewin e da psicossociologia
  • Dimensão psicodinâmica, em que encontramos em Freud, Bion, Foulkes e Pichón-Rivierè
  • Dimensão educativa, baseada na pedagogia da autonomia, de Paulo Freire.

Durante o início do diálogo com o profissional apresenta muitas dúvidas e coloca em questão a pratica grupal, embora apresente a proposta de um projeto, não se mostra confiante, mas o consultor com um certo humor e confiança sana suas dúvidas e vai retomando conceitos que estudamos ao longo do nosso curso, onde:

  • O grupo age como instrumento de mudanças, ideia enfatizada por Kurt Lewin, muito influente na psicologia social, para Lewin, o grupo é um “campo de forças”, “um espaço vital”, cuja dinâmica resulta da interação de sus membros dentro de um contexto, sendo assim apropriado para mudança de ideias, atitudes e práticas e não se restringe em apenas uma soma de indivíduos, mas sim é um conjunto de relações em movimento constante.
  • Um grupo tem papel multiplicador no contexto social, ou seja, uma ideia bem apresentada no grupo, não ficará somente dentro do grupo.
  • A mudança cultural envolve fatores objetivos e subjetivos.
  • Pequenos grupos são o instrumento ideal para se trabalhar com mistura de culturas, pois existem laços afetivos que acolhem e apoiam os indivíduos em seu processo de busca e transformação.
  • Sempre haverá dificuldades e resistências, atitudes de conformismo lado a lado aos desejos de transformação, havendo campos de forças que tendem a dispersão ou a integração, nenhum grupo terá apenas união, quando isso ocorro há um risco de ser muito autoritário. Não se deve cultivar a ilusão de que um grupo viverá sempre sem conflitos.
  • Sempre onde há forças individuais haverá algum confronto de interesse ou opinião.
  • É importante criar um funcionamento democrático, para o contexto do grupo, para garantir um sentido transformador.
  • O processo do grupo resulta na inter-relação entre a dinâmica externa e a dinâmica interna.
  • Dinâmica externa:  compreende as relações que os grupos mantem com seu contexto (outros grupos, pressões institucionais, etc.…)
  • Dinâmica interna: Diz respeito as relações internas ao grupo, sua forma de organização, comunicação entre os membros e outros aspectos.
  • Todo grupo tem normas que regulam as relações, essas normas podem se explicitas ou implícitas e muitas vezes o grupo não tem consciência delas, é importante ajudar o grupo na compreensão sobre seu processo de formação e de transformação, para favorecer assim as escolhas mais conscientes.
  • A liderança democrática não é aquela que escolhe pelo grupo o que é melhor para ele, mas a que escolhe com o grupo o que ele acha ser melhor e ainda facilita a reflexão sobre essas escolhas, inclusive permitindo um processo de mudança.

De acordo com Lewin a liderança no grupo toma três formas básicas:

  1. Autoritária: atua de forma sedutora, protetora ou ditatorial (escolhe e resolve tudo pelo grupo, sem dar margem a participação. Geralmente toda a comunicação é centrada em torno da figura do líder.
  2. Laissez-faire: Expressão francesa que significa “deixa acontecer”, que por sua tradução já deixa entender uma forma omissa, não quer mandar, para evitar o autoritarismo e nem tomar iniciativas o que resulta num tipo largado, pode se confundir com um grupo democrático, até que surja uma crise mostre a necessidade de uma liderança efetiva. A comunicação geralmente é dispersa, confusa e pode até ser disputada sorrateiramente por subgrupos que desejem o poder.
  3. Democrático: Está sempre em contato estreito como o grupo, ajudando a compreender, formular os objetivos, mobilizando e dinamizando o grupo.

O funcionamento do grupo democrático ira depender da inter-relação de 3 fatores:

  1. A figura do líder
  2. A organização do grupo
  3. As pressões contexto

O funcionamento democrático não pode funcionar somente em torno da figura do líder, mas depende também do amadurecimento do grupo, logo é preciso crescer em todas as direções.

Os processos de decisão nos sempre levantam questões sobre diferentes pontos de vista, crenças e desejos dos participantes. Portanto, é preciso percorrer um caminho, fazer um trabalho e mediação, de sistematização e apreciação das diferenças, de reflexão, de criação de alternativas e de escolhas em um consenso, ainda que provisório.

Grupo Operativo: É diferente de grupo de trabalho, para ser operativo, segundo Rivière, não basta que o grupo se coloque um objetivo ou que funcione como um grupo de trabalho, é preciso que se equilibre tarefas externas e internas, para que a comunicação flua, permitindo assim o pensamento e a criatividade.

Pichon-Rivière se baseou, em parte em Lewin, mas foi além, estudando outros fatores no grupo, como a questão emocional e inconsciente.

A ABORDAGEM DO GRUPO OPERATIVO: COMBINANDO FATORES OBJETIVOS E SUBJETIVOS NO PROCESSO DO GRUPO

Sempre no início de um grupo, tudo pode ser harmonioso, com ótimos propósitos e tudo mais, mas na pratica é diferente é um pouco mais complicado, há pessoas que desistem, que se implica ou que quer ir rápido demais, existem medos de mudanças atrelados a cultura, pois se pensarmos em cultura, por mais que o sujeito reclame de sua cultura e tente mudar ele fara escolhas baseadas em sua cultura, esses medos nem sempre são conscientes, mas geram resistências, dificuldades de comunicação e de aprendizagem.

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